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29/08/2014 - 09:39

Pneumologista alerta que campanhas contra o tabaco devem ser intensificadas

Câncer de pulmão e doenças cardiovasculares estão entre os principais riscos para quem não larga o vício. O Dia Nacional de Combate ao Fumo, no dia 29 de agosto(sexta-feira), serve como mais um alerta e uma oportunidade para reforçar os males que o cigarro provoca. As campanhas pelo fim do hábito de fumar devem ser intensificadas, visto os dados que apontam que aproximadamente 67,8% dos fumantes relatam dificuldade de passar um dia sem fumar; enquanto 63% afirmam que já tentaram largar o vício, mas não conseguiram, conquista de apenas 3% a 5% deles. Para o pneumologista do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG), Julio Rodrigues, as restrições, cada vez maiores, impostas em ambientes públicos aos tabagistas, são benéficas para a população em geral e para o tabagista em particular, que se sente cada vez mais segregado e estimulado a evitar o hábito.

- Esta aí a relevância destas datas, campanhas e ações que influenciam os fumantes a repensar o ato de fumar. O País já alcançou muitos avanços na luta contra o tabagismo, mas o número de casos novos relacionados ao fumo será sempre preocupante. É preciso intensificar ações de combate ao fumo em prol da saúde dos brasileiros -, destaca o médico do Centro de Medicina Nuclear da Guanabra.

Um reflexo de que campanhas antitabagistas podem, sim, dar certo, é o levantamento divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em dezembro de 2013, que mostrou que houve queda de 20% no número de fumantes no Brasil nos últimos seis anos. A notícia soa como uma esperança para a meta estipulada pelo Governo de chegar aos 9% em 2022 e reforça o sucesso das campanhas e leis anti-fumo. Mas, para o pneumologista Julio Rodrigues, ainda preocupa a quantidade de fumantes que existem no país, que de acordo com a pesquisa, em 2012 eram cerca de 20 milhões, entre adultos e adolescentes, este último grupo representando 533 mil do total.

O médico alerta que cada vez mais cedo, por volta dos 17 anos, se tem acesso regular ao tabaco e, portanto, aos males e complicações advindas do uso dessa substância. “O tabagismo é hoje a principal causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E mesmo com todas as ações contra o fumo, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, ou seja, 1,2 bilhão de pessoas”.

Segundo números da OMS, morrem por ano 5,6 milhões de fumantes, o que significa que a substância mata cerca de 10 pessoas por minuto. Nem mesmo as 2,6 mil pessoas que vivem perto de quem fuma escapam. A pesquisa aponta que o tabagista passivo tem 30% de riscos a mais de desenvolver câncer de pulmão e 24% de sofrer infarto e doenças cardiovasculares. O pneumologista ressalta que esse convívio com a fumaça também provoca efeitos mais imediatos, como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias. E afirma que a utilização precoce do cigarro pode aumentar as chances de dependência e da contração de doenças como enfisema, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), problemas respiratórios, diversos tipos de câncer e outras infecções respiratórias.

- Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabaco mata cerca de 10 mil pessoas por dia e é a principal causa de morte no mundo. Uma pesquisa feita pela OMS revela que o principal fator de risco de doenças coronárias, como o infarto do miocárdio, é pelo uso de cigarro. Estima-se que cerca de 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das mortes por doenças respiratórias crônicas e 10% das mortes por doenças cardiovasculares são atribuíveis ao tabagismo -, evidencia Julio.

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