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02/09/2014 - 07:01

Marina diz que pré-sal não é prioridade. Para nós, é!


Marina Silva anunciou que vai tirar a prioridade “da exploração do petróleo da camada do pré-sal na produção de combustíveis”. É o mesmo que atingir a Petrobras no coração. E também o mesmo que beneficiar as petrolíferas estrangeiras, as mesmas que tiveram seus interesses contrariados com o novo modelo de partilha do pré-sal adotado no governo Lula.

E mais: o que aconteceria com os 75% da renda do petróleo do pré-sal para a educação e os 25% para a saúde, caso ela fosse eleita? O que aconteceria com a nossa indústria naval, engenharia nacional e empregos, que hoje garantem o sustento de milhões de famílias brasileiras? Desapareceriam?

Marina sugere energia eólica e energia solar, em vez de vermos o Brasil se tornar, senão o maior, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, graças às últimas descobertas da Petrobras na camada do pré-sal.

Claro que não somos contra o uso da energia dos ventos e do sol para gerar eletricidade. Não é à toa que o Brasil não para de avançar nessa área. Mas a questão não é essa.

Para se ter ideia, o Parque Eólico de Osório, no Rio Grande do Sul, que é um dos maiores da América Latina, ocupa uma área de 130 quilômetros quadrados para produzir pouco mais de 50 Megawatts de energia elétrica. Isto é menos do que gera uma só das 30 turbinas que já operam na Usina Hidrelétrica de Santo Antonio, em construção no Rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia.

E a maior usina solar do mundo, no deserto de Mojave, nos EUA, com seus 347 mil espelhos voltados para o sol ocupando uma área de 13 quilômetros quadrados (equivalente a mais de 3 mil campos de futebol), produz 340 Megawatts. Ou seja, nem 15% da energia gerada pela hidrelétrica de Santo Antonio. Ou nem 1% do que o Brasil consome de energia.

Em outras palavras: desacelerar a produção do pré-sal, frear a produção nas termoelétricas e parar de investir em novas hidrelétricas é o mesmo que marcar encontro com o próximo apagão no Brasil. O último, em 2001, de triste memória, foi com Fernando Henrique Cardoso.

O Brasil só voltou a investir em produção de energia, de fato, com Lula e, agora, com Dilma.

O que pretende Marina?

O pré-sal é prioridade, sim. O Brasil não pode retroceder.

. Por: Edmilson Valentim - Como deputado federal (PcdoB), foi membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara, e como deputado estadual, presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). | E-mail: [[email protected]].

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