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03/09/2014 - 06:43

IEMI lança Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira

Levantamento foi realizado com o apoio institucional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção(Abit) por meio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira) e da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

O IEMI - Instituto de Estudos e Marketing Industrial, especializado em pesquisas e análises do setor têxtil e de vestuário, acaba de lançar a 14ª edição do “Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira - Brasil Têxtil 2014”, que tem como objetivo fornecer aos empresários do setor têxtil e de confecção, informações estruturais e mercadológicas sobre este segmento, um dos mais importantes da indústria de transformação do País.

No documento, totalmente elaborado, produzido e editado anualmente pelo IEMI, com o apoio institucional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção(Abit) por meio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira) e da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), foram analisadas as atividades dos diversos segmentos que compõe o setor têxtil e confeccionista brasileiro, como os de fiação, tecelagem, malharia, beneficiamento e confecção, sua estrutura produtiva, número de empresas em atividade, pessoal ocupado, volumes e valores da produção, consumo de matérias-primas, e etc.

Além da estrutura e do desempenho da indústria nacional, o relatório também apresenta a conjuntura internacional do setor, bem como a participação do Brasil nesse cenário mundial. O Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores produtores mundiais de artigos de vestuário e a quinta posição entre os maiores produtores de manufaturas têxteis.

“O setor tem enorme relevância no desenvolvimento econômico e social brasileiro, respondendo por 5,7% da receita de toda a indústria de transformação local. Também dá emprego a mais de 16,4% de todos os trabalhadores (cerca de 1,6 milhão), que nele encontra o seu principal meio de sustento. É por isso que o acompanhamento regular de sua evolução, de seus triunfos e dificuldades, é mais do que um simples exercício setorial, é uma necessidade que se insere no núcleo do desenvolvimento nacional”, afirma Marcelo Prado, diretor superintendente do IEMI.

Segundo ele, as considerações do Relatório mostram claramente que o setor está vivendo um momento crucial de transformações profundas, “que exigem de seus mentores todo o empenho e sagacidade, para que usem os obstáculos conjunturais, como já o fizeram antes, como alavanca para o desenvolvimento estrutural e consolidação de toda a cadeia produtiva.”

Já o presidente da Abit, Rafael Cervone, acredita que os números que foram levantados sobre o setor em 2013, devem servir de inspiração para a continuidade da luta deste setor. “Os números desta edição do Brasil Têxtil mostram que ainda somos uma grande e potencial cadeia produtiva. Estamos entre os cinco maiores do mundo, com um parque de máquinas e equipamentos com custo de reposição equivalente a mais de R$ 150 bilhões e cerca de 30 mil empresas em todo território, provando que esse setor é, mais que tudo, uma forte vocação nacional”, enfatiza Cervone.

Principais Números do Relatório.: Importância do setor na economia brasileira -Em 2013, a cadeia têxtil produziu cerca de US$ 58,2 bilhões, o que é equivalente a 5,7% do valor total da produção da indústria brasileira de transformação, aí excluídas as atividades de extração mineral e a construção civil, que complementam o setor secundário da economia.

Os empregos gerados pela cadeia têxtil somaram 1,6 milhão de postos de trabalho em 2013, ou o equivalente a 16,4% do total de trabalhadores alocados na produção industrial nesse ano, bem demonstrando que, além da sua grande relevância econômica, esse é um segmento de forte impacto social.

Número de empresas e empregados -No período analisado, de 2009 a 2013, o número de empresas em atividade na cadeia têxtil cresceu 8,9%, porém, sobre 2012, houve queda de 0,2%. O segmento de confecções para a linha lar foi o que mais cresceu no período de 2009 a 2013, com alta de 11,5%. Por outro lado, o segmento de meias e acessórios recuou 10,9%. Já na confecção de vestuário, o crescimento foi de 11%, enquanto as malharias apresentaram queda de 5,9%, e as tecelagens, de 4,5%.

Quanto ao pessoal ocupado na cadeia têxtil, houve queda de 3,6% no setor têxtil e de 2,7% nos confeccionados, entre 2009 e 2013. Os segmentos de confecções para a linha lar e as malharias tiveram as maiores quedas, -12,4% e -10,6%, respectivamente. Porém, quando se analisa o número médio de empregados por empresa, a tabela mostra que no período de 2009 a 2013 houve um declínio, tanto no setor têxtil quanto no de confeccionados, o que significa, entre outras considerações, um maior nível de automação e modernização do setor.

Pessoal ocupado por segmento:

Principais regiões produtoras de têxteis no País -O Sudeste é a principal região produtora de têxteis no País, pois concentra os maiores mercados consumidores e sedia os principais centros de distribuição de atacado e varejo do Brasil. Porém, entre 2009 e 2013, o Sudeste perdeu parcelas importantes de suas participações para as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul do País.

Evolução da participação das regiões na produção de têxteis (em %):

Distribuição regional da produção (%):

Investimentos -Os investimentos totais realizados na cadeia têxtil em 2013, em modernização e/ou ampliação da capacidade produtiva (máquinas, instalações, treinamento, etc.), estimados pelo IEMI, chegaram a US$ 2,3 bilhões, o que representa uma queda de apenas 3,5% sobre os valores de 2012. Porém, houve crescimento de 79,3% no período de 2009 a 2013, o que representa, em média, uma alta de 15,7% ao ano.

Em 2013, todos os segmentos de manufaturas têxteis apresentaram queda em seus investimentos quando comparados a 2012. Apenas os confeccionados tiveram crescimento de 0,5%.

Investimentos totais (milhões de US$):

Em máquinas e equipamentos, os investimentos de 2013 atingiram mais de US$ 1,1 bilhão, o que representa uma queda de 4,9% em relação aos valores de 2012, porém um crescimento de 33,3% no período de 2009 a 2013. O segmento de malharia foi o que apresentou a maior queda, tanto nos investimentos totais (-23,3%) quanto naqueles aplicados em máquinas e equipamentos (-25,7%).

Investimentos em máquinas (milhões de US$):

Investimentos totais (milhões de US$):

Análise do saldo da balança comercial da cadeia têxtil-Recentemente, o Brasil se tornou um país importador líquido de produtos têxteis e confeccionados. A balança comercial da cadeia têxtil vem, ano a ano, ampliando seu déficit, tendo chegado a US$ 4,5 bilhões em 2013. Em 2009, o déficit era de US$ 1,6 milhão. Em quatro anos houve um crescimento de 181%, ou seja, uma média de 29% ao ano.

É importante ressaltar que, quando considerados apenas as manufaturas têxteis e os produtos confeccionados (vestuário, linha lar e artigos técnico-industriais), a participação no déficit foi de 46% e 54%, respectivamente, ou seja, ambos os segmentos contribuíram com pesos muito próximos para o déficit na balança do setor. No segmento de filamentos, o déficit chegou a US$ 799 milhões em 2013 ante US$ 520 milhões em 2009, com crescimento de 62%. Já no segmento de fibras, houve superávit de US$ 1 bilhão em 2013 ante US$ 642 milhões em 2009, com destaque para as exportações das fibras de algodão.

Análise do saldo da balança comercial de artigos têxteis e confeccionados (US$ 1.000):

Comércio externo brasileiro de produtos têxteis e confeccionados (milhões de US$):

Importações brasileiras de artigos têxteis -As importações brasileiras de 2013, incluindo as fibras e filamentos têxteis, cresceram 5,8% em volume de toneladas e 2,9% em valores em dólares, em relação ao ano de 2012. Entre 2009 e 2013, cresceram 41,6% nos volumes e 97,1% nos valores. Comparando 2013 com 2012, no segmento de fibras e filamentos têxteis o aumento foi de 9,8% em volume e de 3,6% em valores. Os produtos têxteis (fios, tecidos, malhas e nãotecidos) apresentaram queda de 2,3% nos valores e alta de 2,2% no volume.

No segmento de confeccionados houve alta de 9,4% no volume e de 8,6% nos valores apenas do último ano. Já em relação a todo o período analisado, os volumes mais que dobraram (121,7%) e os valores mais que triplicaram (202,9%).

Importações por segmento em volumes (toneladas):

Importações por segmento em valores (US$ 1.000):

Exportações brasileiras de artigos têxteis -As exportações brasileiras em 2013 recuaram 38,5% em volume de toneladas e 29,9% em valores. Entre 2009 e 2013, as exportações aumentaram apenas 0,5% em volume e 24,9% em valores. Com esses resultados, a balança comercial da cadeia têxtil apresentou déficit de US$ 4,7 bilhões em 2013, ante US$ 1,7 bilhão em 2009, um aumento de 177,8% no período, resultando num crescimento médio de 29% ao ano. No segmento de fibras, as exportações de algodão em 2013 recuaram 45,6% em toneladas e 47,4% em valores. Entre 2009 e 2013, os volumes cresceram apenas 9,5%; já os valores, 60,4%.

Exportações por segmento em volume (toneladas):

Exportações por segmento em valores (US$ 1.000):

Perfil do IEMI - Instituto de Estudos e Marketing Industrial foi criado em 1985 para atender a crescente demanda das indústrias e entidades por dados numéricos e comportamentais relativos aos seus mercados, bem como para ajudar a sustentar o planejamento de suas ações. O IEMI tornou-se a principal fonte de informações para importantes setores da economia brasileira, contribuindo para o seu melhor desenvolvimento. Site:[www.iemi.com.br].

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