Pesquisadora do IFF é contemplada com prêmio da Academia Nacional de Medicina

Com temática sobre “A Necropsia Perinatal no Campo dos Defeitos Congênitos e do Aconselhamento Genético”, o estudo encabeçado pela pesquisadora e médica patologista Heloisa Novaes Machado do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) foi o vencedor do prêmio Fernandes Figueira, da Academia Nacional de Medicina. A iniciativa, que leva o nome de um dos grandes pioneiros da pediatria brasileira, Antônio Fernandes Figueira, teve como principal requisito, que o assunto fosse inédito.

O estudo teve como propósito avaliar a contribuição dos achados morfológicos da necropsia de neonatos com defeitos congênitos no aconselhamento genético e contou com 196 necropsias. Destas, 143 foram realizadas em bebês com defeitos congênitos. “Destes 143, 64 necropsias foram realizadas em recém-nascidos natimortos, ou seja, que já nasceram mortos. E 79 em neomortos, que são os que morreram nos primeiros 30 dias de vida”, explicou a médica patologista.

Segundo a pesquisadora, trabalhos científicos baseados em necropsias, particularmente de neomortos, são raridade. “Cerca de 100% das pesquisas de ponta envolvem tecnologias onerosas e dificultam o acesso às publicações internacionais”, completou. Para ela, este trabalho multidisciplinar trouxe significativas contribuições, não somente enfatizando o papel da Anatomia Patológica, como também provendo bases para melhor direcionar o aconselhamento genético.