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04/09/2014 - 06:41

Selic: indústria sente reflexos de juros altos

José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), comenta a taxa básica de juros (Selic), que acaba de ser anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

“Independentemente da manutenção ou das pequenas variações da Selic que têm sido anunciadas ao longo de 2014, o patamar atual é muito elevado. A taxa básica de juros do Brasil é refém do problema fiscal. É premente reduzir as despesas públicas, em todas as instâncias governamentais, pois com o Estado gastando mal e muito, não temos como baixar os juros, e o alto preço do dinheiro é inimigo do aporte de capital em empreendimentos produtivos.

Produzir no Brasil, atualmente, é pelo menos 34% mais caro do que nas economias com as quais concorremos. Por isso, não se pode entender os juros como algo isolado. Trata-se de um processo atrelado a uma estratégia com ações de curto, médio e longo prazo para o crescimento sustentado da economia.

Percebe-se o reflexo desses problemas na indústria de transformação do plástico, constituída por 11.670 empresas. No segundo trimestre deste ano, houve uma redução de 3.000 postos de trabalho, que haviam sido conquistados em fevereiro. O setor, que é o terceiro maior empregador da indústria, começou o ano prevendo um crescimento de 5% a 6% nas atividades, mas agora prevemos ficar próximo de zero ou até mesmo resultado negativo de 1,5% a 2%. Estamos operando com 67% a 70% de nossa capacidade, quando o normal é de 75% a 80%. Isso tudo é reflexo da instabilidade que vive a indústria de transformação, como automotivo, construção civil e alimentos, para os quais fornecemos.”

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