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Com oferta pela Corus, CSN entra na briga por ativos globais, diz jornal

A disputa entre a siderúrgica brasileira CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a indiana Tata pela compra da anglo-holandesa Corus indica “como está aumentando a competição entre os grandes países em desenvolvimento como Índia, Brasil, China e Rússia por matérias primas e companhias necessárias para seu crescimento”, diz reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, publicada dia 12 de dezembro.

Dia 11, poucas horas após a Tata aumentar sua oferta pela compra da Corus em 10%, a CSN fez uma oferta ainda mais alta, de US$ 9,6 bilhões (cerca de R$ 20,5 bilhões).

O jornal observa que as ações da Corus subiram 5,5% na Bolsa de Londres, indicando que os investidores acreditam que a disputa deve levar a ofertas ainda maiores.

“A disputa entre a Tata e a CSN é o último exemplo de companhias de grandes economias em desenvolvimento disputando ativos internacionais”, diz a reportagem.

O Wall Street Journal diz ainda que a competição pelo controle da Corus é também “o último desfecho em uma indústria do aço em crescente consolidação”. “Como os custos de energia têm crescido, muitos dos gigantes da indústria vêm buscando comprar competidores para combinar as operações e dividir matérias primas, principalmente minério de ferro, na busca por eficiência”, observa.

Quinto maior produtor - Uma reportagem de capa do britânico Financial Times afirma que “a Tata Steel, parte do grupo Tata, o maior conglomerado industrial da Índia, disse na noite de ontem que estava ‘considerando sua posição’ após a oferta da CSN e avaliando se deve aumentar novamente sua proposta”.

O jornal observa que tanto a CSN quanto a Tata, hoje fora da lista dos 50 maiores produtores mundiais de aço, passarão ao posto de quinto maior produtor mundial caso vençam a disputa pela compra da Corus.

Segundo o Financial Times, a batalha pela compra da empresa anglo-holandesa ocorre “depois de um grande aumento dos preços do aço nos últimos cinco anos, provocados pela crescente consolidação e o incremento na demanda chinesa pelo produto”.

O New York Times, por sua vez, afirma que qualquer que seja o resultado da disputa, ela trará vantagens para a Corus, já que tanto o Brasil como a Índia são grandes produtores de minério de ferro e também grandes mercados consumidores.

O jornal observa que, com qualquer resultado, o negócio será o segundo maior do ano no setor, após a compra da européia Arcelor pela indiana Mittal, por US$ 38,3 bilhões (cerca de R$ 81,7 bilhões).

'Areia movediça' - A disputa também ganhou destaque na imprensa indiana. Para o jornal The Times of India, a tentativa da Tata de comprar a Corus parecia estar se dirigindo “a uma areia movediça”, com a proposta da CSN se tornando a preferida dos controladores da Corus.

Segundo o jornal, um dos pontos a favor da proposta feita pela companhia brasileira foi a promessa de pagar 138 milhões de libras (cerca de R$ 580 milhões) ao fundo de pensão da companhia, além de aumentar a sua contribuição mensal ao fundo de 10% a 12% até março de 2009. “Fontes dizem que a promessa da CSN pareceu deixar a Tata sem uma única vantagem para defender sua proposta”, diz a reportagem.

O diário financeiro indiano The Economic Times, por sua vez, diz que a disputa pela compra da Corus ficou “séria” após semanas de espera.

Segundo a reportagem do jornal, as duas propostas são muito semelhantes. "Quando a CSN colocou sua proposta na mesa, os acionistas da Corus poderiam ficar facilmente com uma visão dupla – as duas propostas parecem quase idênticas. Substitua Brasil por Índia, CSN por Tata, e, como a mídia britânica descreveu, ‘uma siderúrgica familiar média controlada por um magnata com ambições globais’ poderia ser aplicada a qualquer uma delas."

Outdoors em São Paulo - A nova lei que proíbe outdoors, painéis eletrônicos e luminosos na cidade de São Paulo é tema de reportagem do New York Times nesta terça-feira.

O texto diz que a cidade “inundada com o que as autoridades classificam de poluição visual, planeja apertar a tecla ‘apagar tudo’ para oferecer aos seus moradores uma visão livre de seu entorno”.

Mas o jornal observa que “ao propor a transformação da paisagem, as autoridades desataram um debate e provocaram conflito entre diferentes concepções sobre o que esta cidade, a maior e mais próspera da América do Sul, deveria ser”.

A reportagem observa que enquanto a proibição é elogiada por planejadores urbanos, arquitetos e ambientalistas, que vêem nela um passo na direção de seu ideal urbano, os publicitários e empresas de propaganda dizem que a lei é prejudicial e uma afronta a suas profissões.

O jornal comenta que esta não é a primeira tentativa de se regulamentar a propaganda na cidade, mas que nas tentativas anteriores, parciais, “houve reclamações de fiscais tomando subornos e empresas de publicidade simplesmente ignorando a lei”.

Citado pela reportagem, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, argumenta que “é difícil, numa cidade de 11 milhões de pessoas, encontrar recursos e pessoal suficientes para determinar o que era e o que não era legal”, e que com uma proibição total “a própria sociedade se torna parceira na aplicação da lei, relatando violações”.| Por: BBC Brasil

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