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09/09/2014 - 07:45

Balanço sinaliza ano difícil para a indústria do aço e para o país, diz carta do IABr

Realizado em São Paulo, em 12 e 13 de agosto de 2014, o 25º Congresso Brasileiro do Aço reuniu 550 representantes da indústria do aço, fornecedores e clientes do setor, governo, consultorias, bancos, academia e imprensa.

Participaram da solenidade de abertura do evento o ministro Mauro Borges Lemos, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; o presidente da FIESP, Benjamin Steinbruch e o deputado Leonardo Quintão, representando a Câmara dos Deputados. Efetivou-se também, nessa oportunidade, a posse dos novos presidente e vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Benjamin M. Baptista, da ArcelorMittal, e Julián Eguren, da Usiminas.

A carta do Instituto Aço Brasil (IABr), destaca que, tendo como pano de fundo a recessão econômica no País e a adversa conjuntura internacional, as apresentações e debates ao longo do Congresso evidenciaram a preocupação da indústria do aço e de importantes setores da cadeia de produção com o persistente processo de desindustrialização no País e com o aumento expressivo das importações de aço e de bens intensivos em aço. Destacaram-se, no evento, as seguintes questões: . A queda na atividade de setores intensivos em aço impacta fortemente a demanda interna de produtos siderúrgicos. O setor automotivo apresentou queda de produção de 16,9% no 1º semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior, construção civil caiu 5,2% e máquinas e equipamentos, 4,5%. A indústria brasileira do aço pode registrar, em 2014, o terceiro ano consecutivo de produção decrescente, quase 10% abaixo do nível obtido em 2011.

A carta pontua que: . O consumo aparente de aço no Brasil está estagnado desde 2010, com crescimento médio de 0,41% a.a. O reduzido nível de investimentos em infraestrutura vem sendo um dos principais responsáveis pelo baixo consumo de aço e de bens intensivos em aço no País. Nos últimos 20 anos, países em desenvolvimento têm investido, em média, 5,1% do PIB em infraestrutura, enquanto que no Brasil este índice foi de 2,2%.

. A indústria do aço vem perdendo competitividade nos mercados interno e externo, devido ao câmbio sobrevalorizado, carga tributária elevada e cumulatividade de impostos, deficiências de infraestrutura e logística precárias e onerosas, aumento dos custos de energia e da mão de obra, entre outros.

. O mercado internacional permanece com um excedente de 600 milhões de toneladas de capacidade de produção de aço. Este excedente de capacidade é em grande parte oriundo de empresas estatais, que recebem subsídios e operam com fluxo de caixa negativo, acarretando artificialismo nos preços do aço no mercado internacional e práticas desleais de comércio. Estudos realizados indicam que é preciso reduzir em 300 milhões de toneladas de aço o excedente de capacidade atual para se alcançar algum equilíbrio no mercado mundial e propiciar a recuperação das margens das empresas do setor a níveis mais sustentáveis.

. Diante do cenário internacional, as exportações não se constituem solução de curto e médio prazos. O consumo interno de aço precisa crescer para assegurar a sustentabilidade do parque produtor do País.

. Para solução estrutural desses problemas é necessário a correção efetiva das assimetrias competitivas apontadas, ajuste cambial, o aumento significativo dos investimentos do País, particularmente em projetos de infraestrutura, o que se espera possa ser implementado ao longo dos próximos anos. Há, no entanto, medidas de curto prazo que podem contribuir para a retomada do crescimento do mercado de aço, com impactos positivos em outros segmentos da cadeia como: -programa de renovação da frota de caminhões; redução do viés pro-importação dos regimes especiais e efetiva implementação das normas de conteúdo local; revisão de mecanismos que emperram às concessões e parcerias público-privadas.

Assinam a carta: Aperam South America | Arcelormittal Aços Longos | Arcelormittal Tubarão | Companhia Siderúrgica Nacional – Csn | Gerdau Açominas S.A. | Gerdau Aços Especiais S.A. | Gerdau Aços Longos S.A. | Siderúrgica Norte Brasil S.A. – Sinobras | Thyssenkrupp Csa Siderúrgica Do Atlântico | Usiminas | Vallourec & Sumitomo Tubos Do Brasil – VSB | Vallourec Tubos Do Brasil S.A. | Villares Metals S.A. | Votorantim Siderurgia.

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