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09/09/2014 - 08:38

Dilma garante mais mudanças


A presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista na tarde desta segunda-feira (8) ao Jornal O Estado de S.Paulo, e sinalizou que haverá mudanças em seu segundo mandato, e disse que “um governo novo tem necessariamente obrigação de melhorar a gestão”.

“Vai haver mudanças. Porque eu acho que o País se preparou para esta mudança. Temos condição agora de diminuir alguns incentivos. Vamos continuar focados em emprego e valorização de salário. Não concordo, como alguns acham, que a razão da inflação é a política de valorização do salário mínimo. Estamos recuperando a queda brutal que houve no Brasil no período anterior ao Lula”, afirma.

A presidenta mostrou-se confiante sobre o próximo período em que entrará o País. “Eu acredito que o Brasil vai entrar numa nova fase. Temos todas as condições, ao contrário do que dizem os que disputam comigo. Não estamos mais naquele momento que tinha de segurar o país com as duas mãos porque senão desempregávamos, arrochávamos os salários e de nada adiantava”, disse Dilma.

A presidenta voltou a explicar que seu governo encarou a crise internacional mantendo empregos, salários e investimentos em infraestrutura, em parceria com o setor privado. “Fazemos política industrial sim. A indústria brasileira precisa ter competitividade, apostamos muito na inovação”, disse a presidente, exemplificando com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que inaugurou uma política de formação e qualificação técnica profissionalizante jamais vista no Brasil.

Relação com Lula - Para quem apostava em conflitos com o ex-presidente Lula, Dilma esclareceu que mantém com ele uma relação estrita e que o apoiará em qualquer circunstância. “Construímos juntos, com todo esforço e desafio, para garantir que este país fosse mais inclusivo. Lutei ao lado dele”, falou.

Garantia de governabilidade: “Acredito na democracia”, enfatizou a presidenta Dilma, ao dizer que sempre teve postura clara perante o Congresso Nacional, e que nunca negociou contra os interesses do país ou do povo. Dilma defende a Reforma Política com participação popular. “Tem que haver o povo participando por plebiscito para mudar o país. Reivindicações populares t êm que ser pauta principal. Prefiro uma reforma política profunda, que mexa nas regras e garanta transparência”, disse.

Dilma acha importante para o Brasil convocar plebiscito, inclusive para a reforma política. Segundo ela, 99% da população quer melhoria na sua representatividade, quer maior transparência das instituições e melhorar a forma pelas quais as campanhas são financiadas.

Combate à corrupção -Ao falar com firmeza sobre as notícias envolvendo a Petrobras, publicadas nos últimos dias, a presidenta reforçou que seu governo prioriza a transparência e que foi implacável no combate à corrupção.

No governo Dilma a Polícia Federal foi fortalecida e promoveu 162 operações de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e crime financeiro. A Controladoria Geral da União (CGU) ganhou status de ministério e foi criado o Portal da Transparência. Também foram criadas durante o governo da presidenta Dilma a Lei de Acesso à Informação (LAI), a Lei da Ficha Limpa, e a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.

“Só vamos acabar com a corrupção no Brasil se acabarmos com a impunidade”, afirmou Dilma. “Nós investigamos, fazemos o dever de casa, não deixamos nada escondido”, completou.

Ao falar sobre a necessidade de o Brasil continuar mudando para melhor, Dilma citou que em seu segundo mandato vai priorizar uma nova política de Segurança Pública, com a integração das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e Forças Armadas. A presidenta citou como exemplo o sucesso do sistema de segurança usado durante Copa do Mundo, com a criação dos Centro de Controle.

Crescimento da Petrobras- Dilma disse que estranha quando alguém fala na destruição da Petrobras, que saiu de U$ 15,5 bilhões em valor, em 2002, para U$ 112 bilhões atualmente. “Como qualquer empresa de petróleo do mundo, a Petrobras tem seu valor baseado nas reservas de petróleo. E hoje a Petrobras tem uma reserva grande”, diz a presidenta, referindo-se ao Pré-Sal, que representa hoje, em quantidade, o equivalente ao que foi descoberto no Brasil em 100 anos.

“Diziam que não conseguiríamos explorar o Pré-Sal a sete mil metros de profundidade. Provamos agora que somos capazes e hoje a Petrobras chegou a 540 mil barris de petróleo por dia”, exaltou. A presidenta lembrou que a Petrobras também foi a responsável por grandes avanços na indústria naval. “Voltamos a ser a quarta indústria naval do mundo. Ano que vem chegaremos a 100 mil empregos, fruto da Petrobras, maior empresa desse país”, comemorou.

Investigações- Dilma requisitou informações oficiais aos órgãos competentes e garantiu que tomará todas as providências cabíveis. A presidenta disse que é prudente primeiro conferir a veracidade dos fatos com informações oficiais, e que a competência de repassar informações sobre o assunto é da Polícia Federal, do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal.

Sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, Dilma explicou que o Conselho de Administração da Petrobras, que é formado por integrantes dos setores público e privado, à época, apenas autorizou a compra de metade das ações da empresa, com base em relatório com opiniões fundamentadas do Citibank, que dizia que era um bom negócio.

“Mais tarde descobrimos que estava faltando um anexo de duas cláusulas. O Conselho em todo período só aprovou a compra de 50%. Os outros não foram sequer analisados, tanto que o TCU concorda que o Conselho não teria culpa nenhuma”, afirma a presidenta

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