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09/09/2014 - 09:14

Como evitar ou amenizar crises empresariais?


Há poucas semanas a página de economia do UOL, trouxe um artigo de alerta aos empresários sob o título “Veja como evitar o efeito Eike Batista na sua empresa”. A matéria, conforme parecer de especialistas, sugere que “o fato de Eike prometer e não cumprir gerou incerteza no mercado”, o que, segundo os mesmos especialistas, foi o que deu origem aos demais problemas do conglomerado e principal motivo da sua crise.

Notícia recente, desta primeira semana de setembro, relata que o juiz americano Carl Barbier designado para acompanhar todas as ações do processo referente ao maior vazamento de óleo da história da humanidade, ocorrido no golfo do México em 2010, proferiu sua sentença declarando a BP como culpada por negligência e imprudência, decisão que seguramente aumentará os já bilionários prejuízos da empresa e de seus stakeholders.

Também a Petrobrás tem sido alvo de manchetes constantes por estar atravessando o período de maior turbulência da história da empresa.

O que está, de fato, por trás das crises destas organizações? No meu entendimento, a resposta é: gestão! Resumindo, faltou gestão! E estes não são casos isolados. Acontecimentos recentes da primeira década do século XXI mostraram que organizações gigantes e centenárias são, também, suscetíveis à má administração e podem ruir. Isso já aconteceu com várias. Balançaram e ruíram inúmeras empresas e bancos que por décadas e, até então, eram reconhecidos mundialmente, entre outras competências, por sua solidez financeira e capacidade de gestão. Vimos cair verdadeiros ícones empresariais. O sucesso do passado não os tornou imunes às crises internas nem tampouco impediu sua ruína.

Muitas empresas de pequeno e médio porte, mas também grandes conglomerados como a General Motors, a Chrysler, o Citibank, a AIG, o Lehmann Brothers, a Enron, a Arthur Andersen, enfim, uma imensa lista de grandes organizações tem enfrentado enormes perdas financeiras. Algumas delas até já desapareceram. A própria Toyota, que é reconhecida por seus famosos métodos técnicos e gerenciais, por seu mundialmente reconhecido e copiado Sistema Toyota de Produção, sofreu no ano de 2010 um terrível choque e abalo de sua imagem com impactos nas vendas e consequentes prejuízos financeiros. O motivo? Impensáveis falhas técnicas em seus veículos, que causaram a morte de dezenas de pessoas em acidentes nas estradas americanas e europeias. No Brasil, embora em menor escala, a Toyota também teve problemas originados pelas mesmas causas técnicas. O que esses fatos revelam, ao final, nada mais é que uma série de falhas gerenciais da organização, e as razões podem ter sido várias, como explicaram os analistas de mercados e seus próprios executivos.

O fato que aqui quero enfatizar é que crises podem bater à porta de qualquer empresa, inclusive a sua, quando menos se espera. No modelo SCG, caracterizamos crise nas empresas como a inflexão das curvas de desempenho, que significa a passagem de um período de prosperidade para outro de depressão. Sua empresa poderá se beneficiar das alterações do ambiente, mas também poderá não resistir ao poder das forças e ameaças. Crises motivadas por tais alterações são exógenas, vêm de fora para dentro e, claro, se a empresa estiver saudável e bem administrada, terá melhores chances de reagir. Se, ao contrário, estiver fragilizada e mal gerenciada, terá maiores dificuldades de reação e poderá incorrer num aprofundamento da crise.

Um estado de crise pode também decorrer do agravamento de problemas não resolvidos que se acumulam e se tornam crônicos. São crises endógenas, isto é, originadas internamente à empresa. Administrar é cuidar permanentemente. Nenhuma empresa está livre de ataques e de alterações bruscas no seu ambiente de negócios e, nenhuma está isenta do compromisso de trabalhar pelo seu próprio fortalecimento. Se não estiverem solidamente estruturadas, a crise, vinda de fora ou originada internamente, será inevitável. A ordem, portanto, é aprimorar a gestão continuamente. Diante desta realidade, aos gestores e empresários, vai minha recomendação: desde já e para sempre, foco ininterrupto na gestão!

. Por: Airton Cicchetto, engenheiro, mestre em administração de empresas e idealizador do modelo SCG - Simples Complexo Gerencial - Simplificando a Gestão. [www.scg.com.br].

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