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13/09/2014 - 09:02

Dilma adverte sobre paralisia no Brasil com autonomia do banco central e reafirma combate à corrupção

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, participou no dia 12 de setembro (sexta-feira), de sabatina do jornal O Globo. Dilma voltou a criticar a proposta de autonomia do Banco Central e da maior presença de bancos privados na economia em lugar dos bancos públicos, chamando atenção para as consequências de uma paralisia nos investimentos de políticas sociais e de infraestrutura. A presidenta também voltou a enfatizar as realizações de seu governo no combate à corrupção.

As propostas de autonomia do Banco Central e da diminuição do papel dos bancos públicos na economia apresentadas pela candidata Marina Silva (PSB) foram analisadas pela presidenta Dilma, que relacionou esta intenção a consequências negativas para economia. “Diminuir o papel dos bancos públicos vai acabar com o financiamento do investimento, da Agricultura, de todas as obras de infraestrutura. Quando cheguei no governo, o financiamento de longo prazo no Brasil era de 05 a 07 anos. A taxa de juros era de duas casas. Não existe obra de infraestrutura se não tem financiamento de 30 anos, que não tenha taxa de juros compatível com longo prazo”.

Dilma reforçou que a ampliação da presença dos bancos públicos na economia ao longo dos governos Lula e Dilma foi fator decisivo para o estabelecimento de parcerias com o setor privado para as obras de infraestrutura que já estão concluídas e as que estão em curso em todo país. “Estou falando de obra de energia elétrica, de metrô, rodovia, ferrovia, portos e aeroportos. Sem essas condições de financiamento, não terá investimento nesse país. Está dito no programa (de governo de marina Silva), e isso é uma irresponsabilidade”.

Além da infraestrutura, Dilma advertiu que a proposta de Marina Silva tira as condições essenciais para a existência de programas como o Minha Casa Minha Vida. Com base em uma família que ganha R$ 1,6 mil reais, Dilma explicou que, nas condições do mercado praticadas pelos bancos privados, a prestação de um apartamento no valor de R$ 60 mil sairia a R$ 940. Hoje, com o financiamento da Caixa, a prestação do Minha Casa Minha Vida não passa de R$ 80, limitado a 5% da renda do beneficiário.

Petrobras - Dilma afirmou que não teme que o depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afete negativamente a campanha. “Não temo, de nenhuma forma, porque acho que isso não afeta nem a mim, nem as pessoas por quem tenho elevada consideração e apreço. Agora, todos os que foram afetados terão de ser punidos”, afirmou.

A presidenta lembrou ainda que o resultado da investigação é uma consequência da liberdade que seu governo dá à Polícia Federal e ao Ministério Público para cumprimento dos seus papéis. “Aumentamos a investigação, não a corrupção. Não empurramos pra debaixo do tapete, não engavetamos, nós investigamos porque damos autonomia à Polícia Federal para fazer isso”.

Outro aspecto criticado por Dilma foi o uso político das CPIs, que não apresentam o mesmo ímpeto quando envolve denunciados de outros partidos “Acho que a CPI tem sido mais uma arma política do que de investigação. Todo ano eleitoral tem uma CPI. Nos nossos governos, pelo menos, contra a Petrobras. Outras CPIs necessárias não andam. Tem hoje uma CPI sobre os metrôs, a história da Alstom e da corrupção de funcionários do governo de São Paulo. Não há procedimento, por exemplo, ao chamado Mensalão Mineiro”.

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