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16/09/2014 - 06:10

Brasil pode ser maior produtor de petróleo do mundo com o pré-sal

Conferência do primeiro dia da Rio Oil & Gas discute mudanças na geopolítica mundial.

O vice-presidente executivo da Shell, Mark Shuster, afirmou que a descoberta do pré-sal pode elevar o Brasil à posição de maior produtor de petróleo do mundo e redesenhar a geopolítica mundial. O executivo participou, no dia 15 de setembro(segunda-feira), da conferência que fechou o primeiro dia da Rio Oil & Gas. Na ocasião, foram discutidas as principais transformações no setor energético e suas consequências no planeta. Mediada pelo presidente do World Petroleum Council (WPC), József Tóth, a plenária contou ainda com a presença de Antoine Halff, da Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo Shuster, os 40 bilhões de barris previstos nas reservas do pré-sal têm potencial para lançar o Brasil ao topo da lista de produtores mundiais de petróleo. É necessário, contudo, que o governo e a indústria descubram o que deve ser feito para que o país usufrua dessa oportunidade de maneira mais eficiente. “A descoberta do pré-sal é, sem dúvida, um fator determinante e que mudou a regra do jogo [...] O governo e a indústria precisam, agora, estar alinhados para garantir um aproveitamento mais eficaz dessa riqueza”, afirmou.

Esse aproveitamento mais eficaz, acredita Shuster, só será possível se o Brasil se tornar mais competitivo. Para isso, diz, é preciso, por exemplo, mudanças na regra de conteúdo local. “O país tem que avaliar a capacidade total que será necessária para desenvolver 40 bilhões de barris de petróleo em 2030. É necessário pensar como essa política será gerida de modo a desenvolver a produção de maneira responsável e competitiva”, disse. “Mudança nunca é fácil, mas o ideal é que se busque uma solução adequada”, completou.

De acordo com Shuster, a abertura de mercado no México e a revolução de gás de xisto nos Estados Unidos são outros fatores determinantes e também afetam a geopolítica mundial. “Nossa indústria é global e envolve muitos atores. Vivemos em um ambiente de mercado livre, onde a competitividade é constante. Se não tomar as decisões corretas, o Brasil vai ser atropelado. Por isso, é fundamental que indústria e governo trabalhem juntos nesse momento”.

Chefe da Divisão da Indústria de Petróleo e Mercados da AIE, Antoine Halff falou sobre o aumento da oferta de energia nos Estados Unidos - devido à revolução do gás de xisto - e a crescente demanda de energia na Ásia, principalmente na China. Segundo Halff, este cenário configura um dos principais desafios enfrentados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) desde a sua criação nos anos 60, pois pressiona o preço do petróleo num curto prazo. “Todas essas transformações indicam uma necessidade de adaptação das indústrias em todo o mundo. A ideia que todo o mapa do petróleo está mudando indica uma nova fase. É um redesenho da geopolítica do petróleo no planeta”, afirmou.

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