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17/09/2014 - 07:02

Dilma: “conquistamos o sonho da redução da desigualdade”

“Hoje estou muito feliz. O Brasil deve ficar feliz”. A presidenta Dilma Rousseff comemorou a divulgação do Mapa da Fome, estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que afirma que o Brasil reduziu em 75% a pobreza extrema, entre 2001 e 2012. “Esta é a maior demonstração que o sonho de uma geração, de um país sem fome e sem miséria, está sendo realizado”, exaltou a presidenta Dilma, durante entrevista à imprensa, na tarde do dia 16 de setembro (terça-feira).

“Considero esse momento especial, porque minha geração sonhou em tirar o Brasil do Mapa da Fome. A minha e as passadas. Isso é muito importante porque uma característica principal da minha política econômica, diante da crise internacional, foi a defesa do emprego, do salário e da renda no Brasil”, disse a presidenta.

O relatório mede o estado de insegurança alimentar no mundo e aponta as nações que têm a população subalimentada. Ou seja, mapeia países com percentuais acima de 5% de pessoas subalimentadas. “Viemos progressivamente caindo, e hoje saímos do Mapa da Fome. Saímos de um total de 19 milhões de pessoas subalimentadas para 3,4 milhões. Uma redução percentual de 10,7%”, disse a presidenta. Segundo o relatório, apenas 1,7% da população nacional ainda permanece em situação de insegurança alimentar.

Dilma ressaltou que existe uma correlação forte entre o Bolsa Família e a redução da fome e da miséria no País. “O Bolsa Família foi criticado e sempre perguntavam qual seria a porta de saída. Ele não é de porta de saída, é de entrada no mundo do trabalho e do empreendedorismo”, afirmou.

O governo federal deu início à busca ativa, num esforço para cadastrar em torno de 300 mil famílias que ainda não estão inseridas no Cadastro Único para recebimento de benefícios. “Tem uma população que, de tão pobre, não sabe que tem direito ao acesso a programas sociais. Criamos a busca ativa para encontrar essas pessoas”, disse.

Mais benefícios - O relatório da ONU elenca a criação de emprego como fator fundamental para a redução das desigualdades. “Naquele momento (2002), tínhamos no Brasil uma alta taxa de desemprego, e hoje não temos, criamos 22 milhões de empregos”, exaltou a presidenta, que lembrou que em seu governo salário mínimo foi valorizado, com aumento real de 71%.

Outro fator que colaborou com os resultados apontados pela FAO foi a agricultura familiar. “O Brasil é sempre visto como fornecedor de alimentos para o mundo. Mas, também aumentamos a produção para a própria população e a ONU reconhece o fortalecimento da agricultura familiar como outro fator”, explicou Dilma.

A presidenta cita ainda o aumento do crédito para o setor de R$ 2,5 bilhões para os R$ 24 bilhões atuais, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação para Educação (PNAE) como práticas de sucesso de seu governo. “Alimentamos 42 milhões de crianças, o equivalente à população da Argentina, duas vezes por dia”, afirmou a presidenta.

Para ela, o aumento de pessoas que conseguiram abrir um negócio próprio, pelo Microempreendedor Individual (MEI), também foi importante. “Desde que foi criado, em 2009, aumentou de 780 mil para 4,3 milhões o número de beneficiados. Cada MEI representa uma família, então é um fator de inclusão muito forte”, afirmou.

“Precisamos muito respeitar a família no Brasil”, disse Dilma. Para ela, a família é essencial para a disseminação de bons valores, para a diminuição da violência e para a construção de uma sociedade mais democrática.

“O Minha Casa Minha Vida foi feito para família. Para garantir um lugar seguro para criar os filhos e criar relações afetivas. Ter uma casa representa, um lugar de refúgio, proteção”, disse Dilma.

“O Brasil conseguiu a redução da fome e da miséria. O País que era considerado um dos mais pobres do mundo, agora está entre os 37 países fora do Mapa da Fome”, concluiu.

Relatório da FAO-O Mapa da Fome 2013, que analisa a questão da insegurança alimentar no mundo todo, foi apresentado pelas Organizações Unidas (ONU) hoje (16), em Roma, na Itália. A FAO classifica como em situação de pobreza extrema as pessoas que vivem com menos de US$ 1 ao dia. Segundo o relatório, o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema em 75%, entre 2001 e 2012, e a pobreza em 65%.

Segundo o relatório, 11,3% da população mundial, o que equivale a 805 milhões de pessoas, ainda sofrem com a fome. Apenas 63 países cumpriram a meta dos Objetivos do Milênio, que era re duzir para a metade a pobreza extrema até 2015.

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