Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

20/09/2014 - 07:28

Para minimizar os efeitos da instabilidade, empresas aderem ao ‘roll-up’

As notícias que diariamente estampam os jornais nacionais mostram que os ventos contrários enfrentados pela economia brasileira ainda seguem fortes, respingando com a previsão de crescimento quase inexistente do PIB e uma iminente recessão, atualmente técnica, no horizonte. Para as empresas, a redução das receitas e as margens cada vez menores já são uma preocupante realidade, especialmente para a grande maioria das empresas brasileiras, que são familiares. Nessas condições, o que os proprietários podem fazer?

Enquanto tentar encontrar formas de melhorar o fluxo de caixa pode parecer a resposta mais óbvia, uma outra estratégia deve ser considerada. Trata-se do ‘roll-up’, um processo de consolidação de várias pequenas empresas pertencentes ao mesmo setor para, juntas, se tornarem uma única grande companhia.

Tal estratégia é amplamente recomendada para setores bastante fragmentados e compostos por diversas empresas familiares sendo que, normalmente, o esforço é liderado por uma empresa do setor, a qual agirá como adquirente. Outras empresas são conectadas a essa para, assim, gerar economias de escala em comprar, logística, produção e despesas gerais e administrativas.

Em última instância, espera-se de que a nova grande companhia seja mais rentável e eficiente que a soma de suas partes e, dessa forma, possa crescer de forma mais eficaz e equilibrada.

Outros dois importantes benefícios são obtidos com a implementação do ‘roll-up’ no Brasil: crédito e saída da empresa.

O primeiro está relacionado à obtenção de crédito, pois diversas instituições financeiras têm reestruturado a forma de atendimento às contas corporativas de médio porte, elevando os níveis mínimos de faturamento para R$ 300 milhões.

É desnecessário afirmar que tal valor exclui grande parte das empresas brasileiras dos mercados de crédito. Essas, por sua vez, são forçadas a procurar linhas de crédito alternativas, sujeitas à taxas de juro e percentuais de garantia demasiadamente elevadas.

Com uma estratégia de ‘roll-up’ bem sucedida, empresas que separadamente não atingiriam o perfil das instituições financeiras conseguem, unidas, melhores suas linhas de crédito, evitando taxas e outras exigências desnecessárias.

O segundo benefício se dá pelo fato de o ‘roll-up’ poder ser considerado uma estratégia de saída para empresas familiares que não possuem um plano de sucessão definido, o que comumente ocorre no Brasil.

Na ausência clara de sucessor, ao incorporar uma empresa em outra – ‘roll-up’ – também se unifica a condução da empresa, possibilitando que, mesmo sem a presença do fundador ou proprietário, os negócios sigam adiante.

. Por: Benjamin Yung, especialista no segmento de reestruturação financeira e fundador da consultoria Estratégias Empresariais – [email protected]

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira