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10/01/2008 - 11:04

Abrace pede medidas rápidas para evitar racionamento de energia

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) já solicitou reuniões com autoridades do governo a fim de estudar medidas que evitem uma crise de desabastecimento de energia similar à registrada em 2001. Os encontros foram pedidos ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A diretora-executiva da Abrace, Patrícia Arce, disse que a preocupação é com a possibilidade de racionamento já neste ano, em função do baixo nível dos reservatórios e porque as chuvas ainda não ocorreram com abundância. Ela ponderou que é preciso esperar até março, mas alertou: "Se continuar o atual nível de chuvas, teremos problemas já neste ano."

O que a Abrace deseja, explicou, é uma definição do governo sobre o que seria um eventual racionamento e as medidas a serem tomadas para reduzir o consumo e aumentar a oferta. A Associação pretende cobrar também da Petrobras uma maior oferta de gás para as usinas térmicas, mas sem prejuízo do fornecimento para a indústria. "Sem gás, a gente pára a produção", disse, ao destacar que a falta de energia elétrica é tão prejudicial quanto a de gás.

Estimativa da Abrace aponta que o atual déficit de gás para o país, incluindo o setor industrial, é de cerca de 25 milhões de metros cúbicos. "E o fornecimento hoje estaria em torno de 14 milhões de metros cúbicos", avaliou.

A diretora-executiva lembrou acordo assinado pela Petrobras com a Aneel, de redução do fonecimento de gás para as térmicas: "A Petrobras tem cerca de 6 mil megawatts de geração e reduziu o compromisso para entregar este ano só 4 mil megawatts no primeiro semestre. Com isso, a gente já perdeu 2 mil megawatts. E dos 4 mil prometidos, a Petrobras está entregando apenas 2,7 mil, por falta de gás também."

Ela disse ainda que faltou planejamento à Petrobras: "Não é só rezar para chover. É a gente ter se planejado para ter gás e não chegar a essa situação de dependência total das chuvas. Deveria estar previsto também o quadro de escassez e as medidas deveriam ter sido tomadas já em meados de 2007, incluindo maior economia de água."

E acrescentou que, em caso de racionamento, espera a adoção, pela Petrobras, de uma política que compense as indústrias, como a venda de óleo combustível pelo mesmo preço do gás natural, que é mais barato. "O prejudicado, em caso de falta de chuva ou de falta de gás, é sempre o consumidor, não apenas os grandes, mas todos os consumidores", disse.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Petrobras informou que negocia com as distribuidoras de energia elétrica a assinatura de contratos semelhantes aos firmados em dezembro com a Comgás, de São Paulo, e a Bahiagás, da Bahia. O contrato envolve uma parte fixa de fornecimento de gás e uma outra, flexível, que prevê a substituição do gás por outros combustíveis, sem custo adicional para a distribuidora, em casos de desabastecimento de energia.| Por: Alana Gandra/ABr

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