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26/09/2014 - 06:33

Os entraves da indústria brasileira

O Brasil está perdendo posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial. Em 2012 ocupávamos a 48ª posição e, no ano passado, ficamos na 56ª. Na prévia deste ano continuamos caindo. No momento, estamos na 57ª posição, atrás de países como Chile, Panamá, Costa Rica, Barbados, entre outros.

Existe uma grande lista de problemas que atrapalham a competitividade brasileira. Infraestrutura deficiente, baixa produtividade, elevada carga de impostos, mão de obra despreparada, atraso tecnológico, juros altíssimos e baixo investimento em pesquisa são alguns deles. Esta situação fica evidenciada pela escalada do déficit comercial da indústria de transformação (Importação x Exportação) que no ano passado foi de quase US$ 60 bilhões.

Outro sinal evidente de descompasso é o nível de investimentos do setor de Bens de Capital que este ano voltou a valores de final dos anos 90, em torno de R$ 5 bilhões.

O estado de Santa Catarina, por exemplo, que tem um parque fabril dos mais importantes no Brasil, tem apresentado uma perda de faturamento real de 0,5% quando comparado o período de janeiro a julho de 2014 com o mesmo período do ano passado. Em termos regionais, os setores que apresentaram maior queda foram Metalurgia, -9,5%, Veículo e Automotores, -8,4% e Material Plástico, -7,3%. A perda no faturamento não foi maior porque alguns segmentos apresentaram desempenho positivo, caso dos setores de Bebidas, +7,3%, Alimentos, +5,8% e Materiais Elétricos, +4,6.

A recuperação da indústria brasileira só será possível através de um esforço conjunto do Governo e das empresas, trabalhando num plano com três grandes frentes: construção de um ambiente positivo, desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento humano.

A construção do ambiente positivo vem a ser basicamente a integração comercial com polos econômicos mundiais, a simplificação da tributação e infraestrutura mais acessível e barata. Desenvolvimento tecnológico significa investir em novos modelos de gestão e não somente em máquinas. E quando falamos em desenvolvimento humano, queremos o foco na formação de profissionais qualificados, desde o ensino médio até as faculdades.

Colocar nossas indústrias no trilho novamente é possível, mas depende de um esforço conjunto da sociedade e do próximo governo, independentemente de quem seja ele.

. Por: Osvaldo Guedes, diretor do Kaizen Institute Consulting Group Brasil, parceiro no país da JMAC TPM Company.

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