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30/09/2014 - 07:48

Depressão: uma doença inflamatória?

Estudos mostram que pacientes com o transtorno apresentam aumento de marcadores inflamatórios no sangue, mesmo quando não há uma doença física identificável.

As pesquisas mais recentes no campo da saúde mental vêm reforçando a relação entre a depressão e desajustes no sistema imunológico. De acordo com essa linha de estudos, a depressão poderia ser desencadeada pelos mesmos mecanismos que permitem ao organismo responder a infecções. Vários grupos de especialistas ao redor do mundo têm direcionado esforços para entender como um processo inflamatório poderia contribuir para o surgimento e a manutenção de um quadro depressivo.

Na depressão ocorre a ativação das respostas imunoinflamatórias, ou seja, os pacientes podem apresentar, por exemplo, leucocitose (aumento no número de glóbulos brancos por volume de sangue circulante), elevação de PCR (proteína C- reativa produzida no fígado, que indica inflamação no corpo), redução do número de linfócitos e da atividade de células NK (Natural Killer), além de um aumento nos níveis sanguíneos de citocinas pró-inflamatórias e seus receptores, tais como a interleucina IL-6 e o TNF-alfa (fator de necrose tumoral). Esses sintomas são semelhantes aos manifestados por pessoas com patologias físicas crônicas, como doenças cardíacas e diabete.

“Pacientes com depressão apresentam um aumento da concentração sanguínea de marcadores inflamatórios, mesmo estando ausente uma doença física identificável”, explica o médico Kalil Duailibi, presidente do Departamento de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM) e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Santo Amaro (UNISA).

O aumento dos níveis de IL-6 no sistema nervoso central estimula a produção e secreção de CRH (hormônio liberador de corticotrofina) no organismo, promovendo alterações comportamentais. O CRH, por sua vez, está envolvido na liberação de citocinas pró-inflamatórias. Em deprimidos, haveria um aumento de concentrações dessas citocinas, levando a uma redução na disponibilidade de serotonina, fortemente associada ao controle do humor.

Se está claro para a ciência que o sistema imunológico pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento da depressão, o desafio é estabelecer se o estado depressivo é causa ou resultado do processo inflamatório. “Tanto os doentes crônicos ficam mais deprimidos como os indivíduos deprimidos tendem a ser mais propensos a doenças infecciosas”, conclui Duailibi.

Um exemplo de como a depressão pode ser entendida como uma manifestação neuropsiquiátrica de uma síndrome inflamatória crônica é o comportamento de pacientes que apresentam doenças infecciosas como a gripe. Não raro, nessas situações, os indivíduos demonstram sinais de letargia e humor depressivo.

A eliminação das citocinas pró-inflamatórias deve ser considerada, portanto, no manejo e na recuperação de um quadro depressivo. Neste sentido, alguns antidepressivos são capazes de aumentar a produção de citocina anti-inflamatórias e inibir a de pró-inflamatórias, sugerindo um efeito imunorregulatório dos antidepressivos na função dos leucócitos.

Um exemplo de terapia para a depressão é Pristiq (desvenlafaxina), que age como inibidor de recaptação de noradrenalina (NE) e serotonina (5HT), substâncias do sistema nervoso que são diretamente relacionadas ao mecanismo da depressão. A psicoterapia aliada a medicamentos antidepressivos são armas necessárias para recuperar a funcionalidade do paciente, restaurando sua capacidade plena de atuação, como retornar ao trabalho, reassumir hobbies ou resgatar relacionamentos pessoais. Isto refletirá em significativa melhoria da qualidade de vida.

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