Dilma ressalta importância do BNDES para o Brasil

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, avaliou na noite do dia 29 de setembro(segunda-feira), durante agenda em São Paulo, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem sendo tratado de forma inadequada pelas candidaturas de oposição e apresentou números que mostram a dimensão do papel do banco para o desenvolvimento das empresas e na economia brasileira, e lembrou que entre as mil maiores empresas do país, 783 têm financiamento do BNDES, respondendo por 84% do investimento na indústria.

“Fica muito evidente que o BNDES tem grande poder de desenvolver projetos junto às empresas em várias áreas”, comentou a presidenta.

Dilma também situou o BNDES no cenário mundial, ocupando a terceira posição entre os maiores bancos de desenvolvimento do mundo, com US$ 368 bilhões em ativos, atrás apenas do Banco da Alemanha, em segundo lugar com US$ 657 bilhões, e o Banco da China, em primeiro lugar, com US$ 1,2 trilhão.

“O BNDES não é um banco qualquer, é de grande porte e é uma leviandade tratá-lo como vem sendo tratado nessa campanha. Aliás, a gente pode perguntar se isso pode levar a uma enorme inadimplência. Não! Ele tem a menor taxa entre os três bancos, com 0,06%”.

O papel dos bancos público -Sobre o lucro do BNDES, a presidenta lembrou que no primeiro semestre de 2014 o banco bateu um recorde histórico de R$ 5,5 bilhões. Dilma ainda listou seus principais segmentos de atuação: “Enquanto o Banco do Brasil tem especialização no crédito agrícola e a Caixa no crédito imobiliário, o BNDES é para a infraestrutura e para a indústria. Então, se a gente considera o conjunto dos recursos usados no financiamento em 2013, vai ver que cerca de 33% foi para a infraestrutura e 36% para indústria”, explicou Dilma.

Dilma disse que considera uma temeridade a discussão a respeito da redução do papel dos bancos públicos, colocada por candidaturas da oposição. “É um pleito absurdo tirar o maior instrumento de financiamento de longo prazo do país e comprometê-lo. Um fala em reduzir o tamanho, outro em reduzir o papel dos bancos públicos”, alertou a presidenta.

Ao estabelecer o foco dos investimentos do BNDES, Dilma relacionou a participação fundamental do banco como financiador de obras de geração e transmissão de energia elétrica, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, e seu o impacto na geração de empregos em seu governo. “Tanto pra gerar novos empregos quanto para manter, o BNDES responde por 5,9 milhões de empregos nesse período”.