A produção de aço laminado regional caiu 1% de janeiro a julho de 2014 na América Latina

E o déficit comercial aumentou 13%, diz Alacero.

Alacero- Santiago, Chile - Em janeiro/julho de 2014 o mercado do aço na América Latina e Caribe continua a mostrar pouco dinamismo. A produção de aços laminados diminuiu 1%, enquanto o consumo cresceu 1%. Enquanto isso, as importações de aço laminado ainda estão ganhando mercado. A balança comercial da região continuou a deteriorar-se e o déficit em toneladas aumentou 13% em relação ao mesmo período de 2013.

Consumo de aço laminado - O consumo do aço laminado na região atingiu 40,5 milhões de toneladas no período janeiro-julho de 2014, registrando um crescimento ano-a-ano de 1%. Os maiores aumentos no consumo, em termos de volume e porcentagem, foram registrados no México (14%), Colômbia (14%) e Argentina (8%). Por outro lado, Venezuela, Equador e Chile mostraram quedas acentuadas em termos percentuais. Embora, a contração do consumo no Brasil não foi tão significativa em termos percentuais (-3%), significa uma queda de volume importante para a região (446 mil toneladas).

Balança comercial - As importações de produtos laminados continuam a ganhar participação de mercado, respondendo pelos 32% do consumo no final de julho.

O comércio regional nos primeiros sete meses de 2014 registou um déficit de -8,5 milhões de toneladas, 13% superior ao mesmo período de 2013 quando -7,5 milhões de toneladas foram registrados.

Todos os países da América Latina e do Caribe apresentaram déficits em seu comércio de aço laminado em janeiro-julho 2014 A maior desequilíbrio ocorreu no México (-2,8 milhões de toneladas). Seguido foi Colômbia (-1,3 milhões de toneladas), Peru (-913.650 toneladas) e Chile (-882.863 toneladas).

Produção - Entre janeiro e julho de 2014, a América Latina e o Caribe produziu 38 milhões de toneladas de aço bruto, em linha com o mesmo período de 2013. O maior produtor foi Brasil (19,7 milhões de toneladas) representando 52% do total da região, mas teve uma ligeira queda de 1%.

Os países com as maiores taxas de crescimento na produção de aço bruto em janeiro/julho 2014 foram Argentina (+11%), Equador (+10%), México (+7%) e Peru (+4%). Venezuela e Chile, no entanto, registaram quedas de -43% e -19%, respectivamente.

No mesmo período, a América Latina produziu 32,6 milhões de toneladas de aço laminado, 1% a menos que nos mesmos meses de 2013. O Brasil foi o maior produtor (14,5 milhões de toneladas), 45% do total da América Latina. O México foi segundo (10,2 milhões de toneladas) e representou 31% da produção regional.

Com taxas de crescimento de 14% e 12%, respectivamente, Colômbia e México foram os países que apresentaram maior aumento na produção de laminados em comparação aos primeiros sete meses de 2013. Enquanto isso, a produção da Venezuela e Chile caíram 41% e -23 %, respectivamente.

Informação adiantada de agosto 2014 indica que a produção de aço bruto alcançou 5,7 milhões de toneladas no mês, 2% a menos que em agosto 2013. A produção de laminados fechou em 4,7 milhões de toneladas, 6% menos que no ano passado. Entre janeiro-agosto de 2014, a produção de aço bruto acumulou 43,8 milhões de toneladas, semelhante aos mesmos meses de 2013, enquanto a produção de laminados atingiu 37,3 milhões de toneladas, inferior em 1% versus janeiro-agosto 2013.

Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) – É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. Fundada em 1959, é formada por 49 empresas de 25 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais- representando 95% do aço fabricado na América Latina. Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da secretaria geral.[www.alacero.org.br].