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02/10/2014 - 07:48

Início do período úmido, com aumento das afluências no Sul e Sudeste do País, promove queda do PLD

CCEE apresentou análise sobre formação do preço no evento InfoPLD Ao Vivo.

São Paulo - A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou aos agentes, durante esta semana uma análise consolidada sobre a formação do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD no mês de setembro e no início de outubro (InfoPLD Ao Vivo www.ccee.org.br/aovivo).

Na análise, observa-se um aumento de cerca de 2,7% no valor do PLD médio de setembro (R$ 728,95/MWh) frente a agosto, quando a média havia ficado em R$ 709,53/MWh. Para a primeira semana de outubro, porém, o PLD apresentou retração de 10%, atingindo o preço médio de R$ 671,68/MWh.

“Tivemos aumento da precipitação e das afluências na região Sul e no Sudeste com a entrada de algumas frentes frias e vinda de umidade da região amazônica. De fato estamos observando o início do período úmido no Sudeste, com bastante elevação das Energias Naturais Afluentes – ENAs esperadas para Sul e Sudeste do país”, explicou Rodrigo Sacchi, gerente de Preços da CCEE, ao avaliar os principais fatores por trás da baixa no PLD.

A retração nos preços não foi maior, segundo Sacchi, em função do atual nível dos reservatórios das hidrelétricas em todo o sistema, principalmente nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, que fecharam setembro com 25,8% e 22,9% de armazenamento, respectivamente. O mês registrou redução no armazenamento em todos submercados.

Tendência hidrológica -A previsão de Energia Natural Afluente (ENA) - que é o resultado da conversão de vazão afluente em energia gerada pelas usinas hidrelétricas – para outubro ficou mais positiva para Sudeste e Sul, nos quais são esperadas afluências equivalentes a 89% e 129% da Média de Longo Termo (MLT). Para Norte e Nordeste são estimadas ENAs de 83% e 47% da MLT, respectivamente.

Em setembro, as ENAs realizadas foram de 77% da MLT para o Sudeste e 52% para o Nordeste, contra previsões anteriores de 80% e 58%. No Sul e no Norte as ENAs superaram as expectativas, com 92% e 78%, contra estimativas anteriores de 84% e 73%. Em um histórico de 84 anos, as ENAs realizadas para o mês ficariam na 65ª posição do ranking para o submercado Sudeste/Centro-Oeste, 66ª para o Norte e 82ª para o Nordeste. O Sul, com a melhor hidrologia registrada em setembro, ficaria em 35º.

Entenda o PLD -O PLD é o preço de referência do mercado de curto prazo, utilizado para precificar o que foi gerado e o que foi consumido de energia elétrica por todos os participantes do mercado (que operam no âmbito da CCEE).

A CCEE apura mensalmente o total de energia consumido pelos consumidores que compram no Ambiente de Comercialização Livre (ACL) e pelos cativos do Ambiente de Contratação Regulado (ACR). Os contratos negociados no mercado livre, fechados entre o comprador e o vendedor (pelos geradores, comercializadores e consumidores livres e especiais) e pagos bilateralmente, também são registrados na CCEE. Por sua vez, no mercado cativo os contratos são fechados em leilões regulados pelo governo, informações também registradas pela CCEE.

Caso haja mais consumo ou geração do que os montantes contratuais registrados, essas diferenças são liquidadas mensalmente no mercado spot (à vista ou de curto prazo, como também é conhecido). Todos os devedores (subcontratados) pagam em igual proporção para os credores (sobrecontratados).

O valor utilizado para este acerto é o Preço da Liquidação das Diferenças (PLD). O PLD é calculado semanalmente pela CCEE e tem um valor teto e piso, definido pela Aneel. Este ano o teto está em R$ 822,23/MWh e o piso em 15,62/MWh.

CCEE - A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE (www.ccee.org.br) é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no país, garantindo a segurança e o equilíbrio financeiro deste mercado. A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos, mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no ambiente livre e no mercado de curto prazo - por meio de regras e mecanismos que promovam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor (geração, distribuição, comercialização e consumo). A CCEE atua em conjunto com outras instituições e órgãos governamentais que compõem a governança do setor para assegurar um modelo sustentável de energia no país, capaz de estimular o crescimento da economia do Brasil e, ao mesmo tempo, garantir um preço acessível ao consumidor.

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