Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

11/01/2008 - 11:06

Estudo da Ecom Energia indica o pior cenário do setor hidrelétrico dos últimos sete anos no Sistema Interligado Nacional

O levantamento tem como base nas últimas previsões de vazões.

Com a revisão das previsões de vazões feitas para a segunda semana operativa de janeiro de 2008, houve um aumento de mais de 90% para todos os submercados em todos os patamares, o que resultou num valor médio semanal de cerca de R$ 473/MWh

Um estudo realizado pela Ecom Energia, comercializadora de energia sediada em São Paulo, posiciona o mês de janeiro de 2008 como o pior período do cenário hidrológico desde o final do racionamento de energia em 2001. A previsão se baseia nos valores de previsão de vazões divulgados pelo ONS (Operador Nacional de Sistema Elétrico) na primeira revisão semanal do PMO (Programa Mensal de Operação) de janeiro. Esses valores influem diretamente no cálculo do PLD, preço pelo qual é valorada a energia comercializada no Mercado de Curto Prazo, divulgado na primeira semana operativa de janeiro de 2008 pela CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O valor médio foi de R$ 473/MWh.

Observando o histórico dos preços spot, o valor de R$ 247,01/MWh já era o maior valor desde o racionamento para os submercados Sudeste, Sul e Norte. No Nordeste, apenas em janeiro de 2004, com o acionamento do mecanismo de Aversão ao Risco na região, o preço foi mais alto atingindo o montante médio mensal de R$ 294,09/MWh devido ao despacho de usinas termelétricas mais caras.

“A principal razão para esta escalada está no fato de, apenas para o Sudeste, a revisão das previsões indica um cenário de Energia Natural Afluente para região mais baixo em 10.791 MW médios”, afirma Paulo Toledo, diretor da Ecom Energia. “Comparando os valores das previsões com a Média de Longo Termo (MLT) do referido submercado, o cenário previsto passou de 92% para apenas 71% da MLT”, acrescenta o executivo.

Para os demais submercados, a revisão das previsões indicou: Sul – aumento de 543 MW médios; Nordeste – diminuição de 3.457 MW médios e Norte – aumento de 1.044 MW médios. Com isso, o total de perda na expectativa de vazões ficou em cerca de 12.600 MW médios. “Na comparação com dos valores mencionados com os dados realizados no mês de janeiro dos últimos sete anos, estamos diante do pior cenário, inferior inclusive ao ano 2001, no qual houve o racionamento de energia”, informa Toledo.

Entretanto, ainda é cedo para afirmar que teremos outro racionamento em 2008, pois ainda faltam alguns meses para o final do período chuvoso. Mesmo assim, de acordo com os resultados obtidos pelo ONS na revisão do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana em curso, o nível de armazenamento previsto para o Sudeste no final do mês é de 50%, 3% abaixo do valor da Curva de Aversão ao Risco 2008/2009 aprovada pela ANEEL em dezembro último.

Caso a situação se agrave nas próximas semanas, o mecanismo de Aversão ao Risco deverá ser acionado, com o despacho dos recursos termelétricos disponíveis em sua plenitude, independente do combustível e Custo Variável Unitário (CVU) da planta. A questão que fica é o quão efetivo será tal despacho, considerando que, segundo o Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO) do dia 7 de janeiro, a quantidade de usinas termelétricas despachadas, independente da fonte, foi em torno de 6.200 MW médios. No caso de um despacho pleno das térmicas no Sudeste, apenas teríamos disponíveis cerca de 40 MW médios de geração, com base nos dados de geração térmica do modelo DECOMP.

“O desenrolar do período chuvoso será determinante para que haja ou não uma recuperação das condições de atendimento energético do SIN. Ainda não podemos afirmar que haverá racionamento de energia. Mesmo assim, a situação requer cuidados que já estão sendo tomados pelo ONS na operação do sistema, além de que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) têm tomado medidas em favor da segurança de suprimento energético do sistema”, conclui Toledo.

Perfil da Ecom Energia - Autorizada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), agente do CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e associada ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica), a Ecom Energia investe constantemente em avanços comerciais e intelectuais na captação das fontes de energia e na transformação destas nas melhores soluções de abastecimento em “Contratos Bilaterais”. Objetivando suprir, dessa forma, as necessidades do mercado, utilizando seu conhecimento técnico-jurídico e o alto desenvolvimento logístico para encontrar a melhor fonte e assegurar as melhores condições comerciais para seus clientes. A empresa é pioneira na comercialização de energia proveniente de fontes incentivadas a clientes livres, destacando aquelas oriundas de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH´s e Biomassa.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira