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07/10/2014 - 07:27

Agrotóxicos: controversos e necessários

A agricultura brasileira vem se tornando cada vez mais profissional o que garante ao país um dos primeiros lugares no ranking de exportadores de alimentos no mundo, com isso os valores da balança comercial devem se tornar cada vez mais interessante para a economia, além de levar à mesa do brasileiro alimento de qualidade. Para se produzir em larga escala com qualidade é necessário que os agricultores protejam suas lavouras contra doenças e pestes, e para que isso aconteça é necessário o uso de agrotóxicos. “O uso destes produtos é cercado de grandes paradigmas, eles são necessários, mas devem ser utilizados da maneira devida e adequada e para que isso aconteça é necessária a prescrição e acompanhamento por parte de um engenheiro agronômico, assim a lavoura e a população poderão se manter saudáveis” comentou o presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos (SMEA), Emílio.

Emilio Elias Mouchrek-Segundo a Embrapa, são consumidas mundialmente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos, aproximadamente. Em 2013 o volume de agrotóxicos comercializados no Brasil foi de 359.372 toneladas de ingredientes ativos e 884.138 toneladas de produto comercial, totalizando US$ 11,4 bilhões, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de produtos para Defesa Vegetal – Sindveg.

A aplicação de agrotóxicos é prática usual em toda a cadeia de produção, qual seja, de alimentos, energia, fibras e outros, representando de 15 a 30% do custo de produção. “O uso inapropriado dos agrotóxicos pode gerar consequências técnicas e de produção, socioeconômicas, ambientais bem como de responsabilidade civil e legal sobre o bem-estar e a segurança alimentar da sociedade” explicou Mouchek.

Regiões - Nota-se que as maiores concentrações de utilização de agrotóxicos coincidem com as regiões de maior intensidade de monoculturas de soja, milho, cana, cítricos, algodão e arroz. Mato Grosso e o maior consumidor de agrotóxicos, representando18,9%, seguido de Soa Paulo (14,5%), Paraná (14,3%), Rio Grande do Sul (10,8%), Goiás (8,8%), Minas Gerais (9,0%), Bahia (6,5%), Mato Grosso do Sul (4,7%), Santa Catarina (2,1%). Os demais estados consumiram 10,4% do total do Brasil, segundo o IBGE

De acordo com as projeções do MAPA para 2020/2021, a produção de commodities para exportação deve aumentar em proporções de 55% para a soja, 56,46% para o milho, 45,8% para o açúcar, entre outros. Como são monocultivos químico-dependentes, as tendências atuais de contaminação devem ser aprofundadas e ampliadas.

Resíduos - Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos, segundo análise de amostras coletadas em todas as 26 Unidades Federadas do Brasil, realizada pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa. O nível médio de contaminação das amostras dos 26 estados brasileiros esta distribuído pelas culturas agrícolas da seguinte maneira: pimentão(91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%), alface (54,2%), cenoura (49,6%), abacaxi (32,8%), beterraba (32,6%) e mamão (30,4%), além de outras culturas analisadas e registradas com resíduos de agrotóxicos

Debate - Entre os dias 13 e 15 de outubro a Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos (SMEA) junto a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) e ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA) realiza o Seminário Nacional de Receituário Agronômico e Responsabilidade Técnica e o curso: Prescrição de Uso de Agrotóxicos - Nova Abordagem. “O principal objetivo deste evento é fazer com que o receituário, a prática de receitar volte para as mãos do responsável técnico, o engenheiro agrônomo, uma vez que quando o mesmo não é prescrito da forma correta sua utilização pode provocar danos à saúde humana além de problemas ambientais” comentou o presidente da SMEA, Emílio Mouchrek .

Cerca de 400 profissionais de todo o país estarão presentes no evento e discutirão temas quem têm por objetivo conscientizar o engenheiro agronômico da responsabilidade que está implícita no receituário, como: Situação atual do uso do receituário agronômico no Brasil - entraves e perspectivas no exercício profissional; Formação superior e habilitação profissional para emissão do receituário agronômico; Novas Tecnologias para emissão de receita agronômica e o desafio de fiscalizar o exercício profissional; Harmonização de fiscalização do receituário agronômico pelos CREAs; Ética na emissão de receita gastronômica, Responsabilidade civil do Responsável Técnico na prescrição de agrotóxicos: consequências socioeconômicas ambientais e na saúde além do destaque do evento, o curso de Prescrição de uso de agrotóxicos - nova abordagem.

Seminário Nacional de Receituário Agronômico e Responsabilidade Técnica e Curso: Prescrição de Uso de Agrotóxicos - Nova Abordagem, dias 13,14 e 15 de outubro, no CREA-MG. Informações: (31) 3337-8139. www.smea.org.br.

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