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09/10/2014 - 08:31

“É obrigação do meu governo governar para todos”, diz Dilma Rousseff no Piauí

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, deu início à campanha no segundo turno das eleições no dia 08 de outubro(quarta-feira), em Teresina, no Piauí, onde participou de ato de mobilização com as presenças do governador eleito Wellington Dias e de lideranças políticas do estado.

O Piauí foi o estado que registrou o mais alto percentual de votos à Dilma no primeiro turno, 70,61%, equivalente a 1,2 milhão de eleitores. “Tive uma votação consagradora aqui e atribuo isso ao reconhecimento do meu trabalho, porque nós teremos a oportunidade, se eu for eleita, de fazer mais uma vez uma parceria forte com o governador eleito, no sentido de ampliar o desenvolvimento do Piauí”, afirmou Dilma.

A presidenta explicou que escolheu começar a campanha pelo Nordeste, pois os governantes têm uma dívida de responsabilidade histórica com essa região. “Desde o governo Lula olhamos com atenção especial para essa região, que foi tradicionalmente prejudicada por uma visão elitista do Brasil. Tenho orgulho de dizer que iniciamos uma grande transformação aqui no Nordeste. Aqui foi onde o Brasil mais cresceu. Aqui, tenho orgulho de dizer, tivemos aumento de empregos e aqui reduzimos a desigualdade, reduzimos a pobreza”, exaltou.

Dilma criticou a visão errônea de que no Nordeste vivem pessoas com menos compreensão, com menos Educação e que não sabem votar. “Os que dizem isso não acompanharam tudo o que vem acontecendo aqui nessa região do Brasil. Nunca estiveram aqui e nunca conheceram a qualidade desse povo. Temos que superar essa visão elitista de quem, quando governou o País, tirou os pobres do orçamento. Só colocou no orçamento políticas para um terço da população. Nós achamos que 202 milhões de brasileiros são muito valiosos para perdermos um que seja. É obrigação do meu governo, governar para todos”, afirmou a presidenta.

Mais Nordeste - O governador eleito Wellington Dias afirmou que o Brasil e o Nordeste precisam de Dilma como presidenta. “Agradeço o que foi feito desde o presidente Lula. Sabemos da importância do trabalho de Dilma e temos orgulho de sua história e seu trabalho. Esses dias vimos o preconceito, a injúria e a difamação contra o povo Nordestino. Vamos repercutir iss o nos votos no segundo turno”, afirmou.

O Senador Ciro Nogueira também repudiou as manifestações dos últimos dias sobre o povo nordestino. “O Nordeste tem sido muito desrespeitado nos últimos dias, com declarações preconceituosas. Essas pessoas não aceitam os filhos dos pobres na faculdade, os pobres com moradia digna e nos aeroportos pessoas voando pela primeira vez. Essas pessoas não aceitam as mudanças iniciadas por Lula e continuadas pela presidenta Dilma”, afirmou Nogueira.

O Senador João Vicente Galdino acredita que o grande percentual de votos em Dilma no estado do Piauí reflete uma campanha na defesa do estado e o intuito em projetá-lo a saltos maiores de desenvolvimento. “Queremos fazer do Brasil uma nação mais humana e igualitária”, disse.

Mais Emprego-“Nós temos, há 12 anos, trabalhado com afinco, não só para reduzir as desigualdades sociais, mas também as desigualdades regionais”, afirmou Dilma. Nesse período, o Nordeste viveu uma grande mudança social e econômica, com a ampliação do emprego que refletiu aumento no mercado de consumo.

“As pessoas não estavam acostumadas, antes de 2003, a ter geladeira, fogão, micro-ondas, telefone celular, televisão e computador. O que aconteceu no Brasil foi uma verdadeira revolução, ampliando o mercado de consumo. O salário mínimo cresceu, nesses 12 anos, mais de 70% acima da inflação”, disse, ressaltando que em seu governo foram criados 5,6 milhões de novos postos de trabalho com carteira assinada.

Além disso, no governo Dilma foram ampliados o crédito e as oportunidades para microempreendedores individuais e as micro e pequenas empresas. “Para ter uma ideia, os microempreendedores individuais, ainda em 2010, eram menos de 700. Hoje são mais de 4,4 milhões que se formalizaram”, contou Dilma. A infraestrutura também foi beneficiada pelo governo Dilma. “Aumentamos o investimento em rodovias, ferrovias, portos, a Transnordestina, a integração do São Francisco e todos os projetos de segurança hídrica. O Nordeste está vivendo um momento especial e estou feliz de estar aqui no Piauí”, disse.

Mais futuro - Em seu discurso, a presidenta lembrou suas realizações e questionou a capacidade da candidatura adversária de continuar os projetos sociais que tiveram êxito nos governos Lula e Dilma.

“Criamos o Bolsa Família para atender uma realidade que era terrível no Brasil. Primeiro havia fome, depois uma enorme dificuldade das mães criarem seus filhos. Aí vem o candidato adversário e fala que vão fazer melhor. Por que não fizeram antes? Estão falando que vão melhorar o Minha Casa Minha Vida. Como vão melhorar se nunca fizeram? Por que não fizeram antes?”, perguntou a presidenta.

Hoje, com o programa, uma família que ganha até R$ 1.600 paga apenas 5% de sua renda na prestação, o equivalente a R$ 80. “Se essa família for comprar sua casa no mercado, vai pagar R$ 960 ao mês. Hoje paga só R$ 80 porque o Governo Federal subsidia para aqueles que mais precisam”, explicou Dilma.

A presidenta afirmou ter consciência de que ainda tem muito a ser feito para melhorar o Brasil, “afinal, foram décadas e décadas sem olhar para o povo brasileiro”. Por isso, ressaltou que seu maior compromisso será com a Educação e a igualdade de oportunidades.

“Nascemos diferentes. Mas as oportunidades que cada um tem na vida têm que ser iguais, começando na creche, na pré-escola. Esse fundamento é a base do meu governo e do presidente Lula, e não dos governos tucanos”, afirmou Dilma.

A ampliação do Pronatec, com a abertura de mais 12 milhões de vagas, é uma das ações nesse sentido para o próximo governo. Dilma quer minimizar, ainda, os efeitos do governo anterior, do PSDB, quando não foram construídas escolas técnicas federais no Brasil. “Eu e Lula construímos 422. Isso significa um acréscimo de 1.700%. Para dar igualdade de oportunidades temos que oferecer formação e qualificação técnica gratuitos”, defendeu.

Outro setor considerado prioritário para Dilma é o da Segurança Pública. Ela defende uma mudança constitucional, para que o Governo Federal divida a responsabilidade com os governos estaduais.

“O crime age de forma organizada no Brasil. Temos que integrar todos os Estados no combate ao crime organizado e também as polícias federais e estaduais, com apoio das Forças Armadas”, defendeu a presidenta. Para isso, Dilma quer implementar a Segurança Integrada, modelo usado com sucesso durante a Copa do Mundo, com Centros de Controle e Comando.

“Outro fundamento moral do meu governo é o combate sem trégua à corrupção. Porque no meu governo a tolerância com a corrupção é zero”, afirmou Dilma. A presidenta defendeu, ainda, a Reforma Política, que será outra importante arma contra a corrupção.

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