Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

10/10/2014 - 08:16

Qual é a sua história?


Um dia ainda vou entender porque nós, humanos, temos a tendência de complicar as coisas e, não raro, demoramos tanto tempo para entender o óbvio. Por décadas, o mantra nas empresas foi baseado na objetividade e frieza dos números. Planilhas, gráficos, slides sonolentos de PowerPoint cheios de informações tediosas e um repertório pouco inspirador com enfoque em planejamento e resultado.

Nada contra a lógica racional tão necessária ao mundo dos negócios. Mas finalmente o universo corporativo começa a perceber que, muito além de números e estatísticas, empresas são feitas de pessoas; e que pessoas, por sua vez, são feitas de histórias. E assim, o Storytelling chega às empresas prometendo revolucionar a forma como produtos são vendidos, campanhas de marketing são criadas, culturas são integradas e equipes são desenvolvidas.

Entretanto, acreditar que simplesmente “contar histórias” passa a ser, por si só, o bálsamo que curará todos os males é ingenuidade. Não é assim que funciona. Em primeiro lugar, há que se ter consciência que boas histórias são baseadas em bons protagonistas. Ou você consegue imaginar-se seduzido por uma história sem bons personagens? Nesse contexto, o papel da liderança continua sendo determinante. Os líderes, nas empresas, são os principais protagonistas das histórias criadas e contadas. Sem liderança, não há protagonismo. E sem protagonismo, não há história.

Também é importante identificar qual o propósito da história a ser contada. É como contar histórias para crianças. Qual o objetivo? Entreter? Acalmar? Transmitir valores? Ensinar? Na empresa é a mesma coisa. Qual a função de determinada história? Lançar um novo produto? Colocar no mercado uma nova empresa ou unidade de negócio? Facilitar um processo de fusão entre duas empresas? Contornar uma crise? Promover alinhamento estratégico? Dessa definição dependerá a possibilidade de criar e desenvolver histórias mais ou menos envolventes.

E finalmente, por mais natural que o ato de “contar histórias” possa parecer, quando falamos de Storytelling corporativo é necessário ter em mente que apenas imaginação e criatividade não bastam. É preciso mais que isso. Afinal, assim como em qualquer forma de arte, o que diferencia o excepcional do ordinário, são a técnica e o método do artista colocado a serviço da criação.

. Por: Allan Marcelo Costa: Co-founder da B! Storytelling. Formado pelo Programa de Gestão Avançada da Harvard Business School. É mestre em Gestão Empresarial pela FGV, e Management and Organizational Change pela Universidade de Lancaster (Inglaterra). Cursou o Programa de Desenvolvimento de Dirigentes Empresariais do INSEAD (França). Atuou como Diretor Geral e Secretário de Estado da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral do Estado do Paraná. É Cônsul Honorário da Grã-Bretanha em Curitiba. Como palestrante, dividiu o palco com personalidades renomadas como Fernando Henrique Cardoso, Chieko Aoki, Ricardo Amorim, Walter Longo e Mario Gazin. É investidor-anjo, mentor profissional e membro do Harvard Business School Startup Club, capítulo Brasil.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira