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14/10/2014 - 08:39

Síndrome dos Ovários Policísticos: não se descuide!

Ouvir falar na Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é bastante comum, já que a doença afeta pelo menos 10% das mulheres em idade reprodutiva. Na prática, porém, nem todo mundo conhece muito bem o problema, que merece atenção, pois exige tratamento contínuo para evitar consequências mais sérias. Quem explica é o ginecologista Dr. Marcelo Steiner.

De acordo com o médico, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a síndrome dos ovários policísticos é uma doença endocrinológica, caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos na mulher. Ela apresenta sintomas como aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo, que é o crescimento de pelos no rosto e outros locais em que a mulher normalmente não tem pelos, queda de cabelo, resistência insulínica (RI) e problemas com a fertilidade.

De acordo com o médico, resistência insulínica indica que a células do corpo estão respondendo cada vez menos à presença da insulina no organismo, hormônio que faz a absorção da glicose na corrente sanguínea. A resistência insulínica é um quadro que pode evoluir para o diabetes, quando o corpo já não consegue produzir insulina suficiente que o organismo necessita, por isso é importante controlá-la o quanto antes.

Para o ginecologista Marcelo Steiner, é preciso que a mulher fique atenta aos sintomas da SOP e consulte regularmente o médico. Como a doença não tem cura, o tratamento visa tratar os sintomas, de modo contínuo. Um dos primeiros sinais de alerta é a alteração menstrual. “Ciclos muito irregulares ou ausência de menstruação merecem ser investigados, por isso é fundamental que a mulher mantenha visitas anuais de rotina com seu ginecologista”, alerta Dr. Marcelo.

“O problema de fazer o diagnóstico da síndrome tardiamente é ficar mais tempo convivendo com efeitos negativos da doença, causados pela alteração metabólica e hormonal. Há risco maior para câncer de endométrio, desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas, além das questões de autoestima com as alterações estéticas que esta síndrome pode provocar”, comenta o médico, responsável pela clínica Stöckli, de São Paulo/SP.

Obesidade entre fatores de risco -Dentre os possíveis efeitos da SOP está o aumento de peso da paciente. A relação da obesidade com a doença, porém, vai além – e as confusões também. Como se trata de uma doença metabólica complexa, sua causa ainda não está totalmente definida. “Ambas as doenças (SOP e Obesidade) apresentam uma alteração metabólica comum chamada de resistência insulínica e, com isso, muitas mulheres obesas manifestam sintomas comuns a SOP. Com a perda de peso, os sintomas costumam passar e é algo que não ocorre em mulheres com SOP. Para acerto no diagnóstico e consequentemente eficácia no tratamento, a avaliação médica é fundamental”, aconselha o ginecologista.

Por suas alterações metabólicas, a SOP também aumenta o risco de doenças cardiovasculares, problema que também ocorre em indivíduos obesos. Assim, mulheres com SOP e obesas, bem como mulheres em estado menopausal, que apresentam hipoestregismo, que é a baixa no nível do hormônio estrogênio, precisam ficar atentas e manter uma rotina de cuidados com a saúde.

SOP e gravidez -Por provocar aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação e ausência de ovulação, a síndrome dos ovários policísticos pode representar uma dificuldade a mais no momento em que a mulher desejar engravidar. Mas, de acordo com o ginecologista Dr. Marcelo Steiner, com tratamento adequado, a gravidez é possível e bastante frequente entre pacientes. “A SOP pode dificultar a gravidez por inibir a ovulação, sendo a ausência da menstruação um reflexo disso. Há tratamentos específicos para que a paciente volte a ovular e consiga engravidar. Normalmente, frente a um tratamento adequado, as mulheres com SOP conseguem manter a gravidez sem problemas”, explica o especialista.[www.marcelosteiner.com.br].

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