Dilma reafirma governo para todos os brasileiros

A candidata esteve com seu vice Michel Temer em grande ato em Santa Catarina.

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e o vice-presidente, Michel Temer, participaram no dia 17 de outubro(sexta-feira), de ato de mobilização com lideranças políticas em Florianópolis (SC). O evento reuniu cerca de 5 mil pessoas no Centro de Convenções da capital catarinense. Dilma falou sobre a necessidade de unir o Brasil e reafirmou que seu governo é voltado para todos os brasileiros.

“Quando fui eleita disse que ia honrar as mulheres, olhando para o País com a mulher olha para sua casa. Honro a tradição de ser um País que detesta a divisão e que quer a união. Não defendo só uma parte do País. Sou e continuarei sendo a presidenta de todos os brasileiros”, afirmou Dilma.

Dilma se dirigiu aos prefeitos lembrando que iniciou sua vida política justamente em uma administração municipal, como secretária de Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre (RS), e garantiu que dará continuidade à parceria com o governo de Santa Catarina por meio do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam).

“Sei das dificuldades, dos problemas que encontramos. Tenho especial atenção para as prefeituras menores, porque é muito difícil exercer suas funções. Manterei a parceria do Fundam. O Brasil tem que olhar as condições em que as prefeituras sobrevivem”, disse a presidenta.

Projetos distintos em disputa -Neste segundo turno, segundo Dilma, estão em jogo dois projetos distintos, um que já governou o País e o que governa hoje. “Estamos comparando administrações, sonhos e o que de concreto ocorreu no Brasil. O projeto do adversário é aquele que já escolheu um ministro da Fazenda que entregou o Brasil com as maiores taxas de juros da história, que em maio de 1999 chegou a 45% e fechou o ano em 25%, em termos médios. Ninguém conseguia comprar a prazo com esses juros estratosféricos”, lembrou Dilma.

A presidenta também comparou a gestão financeira do País ao longo dos governos, e lembrou nos últimos 12 anos a dívida líquida caiu de 60% do PIB para 35% do PIB o Brasil deixou de ser devedor do Fundo Monetário Internacional e passou a ser credor. “A dívida hoje também é menor, não somos mais devedores, somos credores, contra o resto do mundo”, continuou.

Diferença na visão sobre emprego e renda -Além disso, em 2002, o Brasil tinha 11,4 milhões de desempregados, o segundo maior percentual do mundo, maior apenas que a Índia. “Hoje o índice de desemprego está em 2,7% em Santa Catarina e, no Brasil, está 5%”, informou a presidenta, que acredita que o povo brasileiro tem que estar no centro de tudo e que por isso é tão importante valorizar o salário e o emprego.

A visão do governo do PSDB é a de que é necessário um ajuste que significa aumento de juros e redução de empregos e salários. “Hoje o Brasil é forte porque distribuiu renda e construiu uma das maiores e mais importantes iniciativas, que é um País predominantemente de Classe Média, com 118 milhões de pessoas na Classe C”, disse Dilma, explicando que essa conquista torna o País mais equilibrado e abre horizonte para os brasileiros crescerem.

Dilma garante os avanços-Michel Temer afirmou que a base da eleição não é eleger apenas pessoas, mas dar continuidade a planos de governo que deram certo, e garantiu que continuarão o trabalho para o povo brasileiro com entusiasmo.

“Alguém diz que o Bolsa Família, o Pronatec, o Minha Casa Minha Vida e o Fies não valem nada? Não. Então, todas as palavras do nosso adversário dizem que vão continuar os programas de Dilma. Se a reeleição é a continuação do plano de trabalho, porque não reeleger a presidenta Dilma?”, questionou.

O governador Raimundo Colombo reforçou o apoio à candidatura de Dilma e disse que chegou a hora da voz do povo ser ouvida. “A esperança precisa ser compreendida por todos nós. Que as pessoas que tenham um mesmo sonho, um mesmo ideal, que deem as mãos e caminhem juntos no mesmo objetivo. O Brasil precisa de esperança”, afirmou.

Educação, Saúde e combate à corrupção- Para a presidenta, o principal valor em torno do qual o Brasil vai crescer é a Educação, da creche à pós-graduação. “Considero que a maior contribuição que estamos dando hoje pra população brasileira se chama oportunidade. Isso vale para o trabalhador e para o empreendedor. Aliás, poucas vezes um governo deu tanta importância ao microempreendedor individual e para as micro e pequenas empresas. Queremos que nosso País seja rico e próspero e não queremos que seja um Brasil onde só poucos ganham e o resto não. Queremos oportunidades para todos”, afirmou Dilma.

Dilma defende igualdade também na Saúde. “Resolvemos o problema da Saúde Básica de forma emergencial. É necessário fazer isso, senão você condena o País ao racionamento de água, como acontece hoje em São Paulo, ou de luz elétrica, como aconteceu no Brasil em 2002”, disse Dilma. Para o próximo governo, ela defende o programa Mais Especialidades, que vai criar igualdade de atendimento também com médicos especialistas e na realização de exames.

“Outro valor do meu governo é o combate à corrupção. Não podemos aceitar nem conviver com a corrupção. Isso significa um empenho imenso do governo federal”, afirmou Dilma, citando que hoje o governo federal tem instrumentos para coibir a corrupção, com a autonomia da Polícia Federal, sem partidários nomeados e sem engavetadores. “Deixamos a investigação ocorrer sem selecionar vazamentos e de forma que todos os responsáveis sejam punidos”, exaltou.

Mais desenvolvimento - Em Santa Catarina, Dilma destacou a instalação da BMW. “Foi um dos grandes momentos do meu governo aqui. Mostra outro aspecto da importância de se fazer política industrial. O adversário é contra, acha que tem de deixar aberto para qualquer forma de concorrência destrutiva. Nós desoneramos impostos e atraímos empresas. É importantíssimo fazer política industrial e de conteúdo local, dar preferência aos empresários do País na compra governamental, prática adotada em todo o mundo. Porque faríamos deferente, deixando os nossos abandonados e sem incentivo?”, defendeu.

Ainda sobre os investimentos no estado, Dilma afirmou que quer ver a inauguração das obras da Ponte da Laguna, no Morro do Cavalo, e da BR-101, que, segundo ela são obras de grande importância e que ela persegue há cerca de oito anos.