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15/01/2008 - 08:58

Mercado brasileiro de TI crescerá mais em relação ao mundial

Jovens cada vez menos interessam pelo setor de tecnologia.

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) estima o crescimento da área de tecnologia da informação (TI) no país em 10% ao ano na próxima década, contra 3% no resto do mundo. Apesar de todo o potencial de expansão, cada vez menos jovens se interessam pelo setor. Aí, surge uma grande questão do mercado, “a carência de profissionais”, que já carece de mão-de-obra qualificada. Durante o seminário Pensa TICs 2007, o professor do Departamento de Ciências da Computação e Estatística da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, José Carlos Maldonado, presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), ressalta que a formação de recursos humanos está entre as principais preocupações da SBC. “O MCT estima que o setor, a médio prazo, terá um déficit de 3 milhões de profissionais.”

O Brasil tem hoje 51 programas e 66 cursos de pós-graduação na área de ciência da computação, segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. De acordo com Maldonado, a cifra indica um crescimento de 200% nos últimos dez anos.

“O problema é que o decréscimo na demanda pelos cursos de graduação se reflete também na pós. Alguns cursos de mestrado estão prestes a fechar as portas por falta de demanda”, disse o professor, que também é um dos coordenadores da área de computação na Fapesp. Embora a pós-graduação tenha crescido expressivamente, o país forma apenas cerca de cem doutores por ano na área de TI. A SBC identificou a necessidade de uma ação política e educacional ampla, capaz de restituir o interesse no setor.

A área é considerada estratégica dentro do plano de ação do Ministério da Ciência e Tecnologia para o período 2007-2010, conhecido como PAC da C&T.

Durante o seminário, foi feita uma comparação entre as diferentes estratégias nacionais praticadas no Japão, na Coréia do Sul e no Chile, a fim de avaliar a possibilidade de identificar comportamentos gerais que possam inspirar uma estratégia nacional brasileira. O Japão e a Coréia do Sul aparecem como paradigmas de políticas de TI bem-sucedidas. Ambos têm sistemas de inovação sofisticados e articulação instituicional muito sólida, além de histórico de interação entre governo, setor privado e sociedade. Mesmo com objetivos muito distintos.

Na América do Sul, o Chile, está em processo de desenvolvimento, com ações especialmente voltadas à aumentar a competitividade das empresas pelo uso de TI, tornando o país atraente para offshoring (deslocamento de processos de negócios de um país a outro). | Por: Fapesp.

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