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22/10/2014 - 09:10

Família sob o olhar da Doutrina Social da Igreja


A família, como constituição natural da pessoa humana, traz dentro de sua realidade um lugar de fraternidade, formando alianças que ao longo do tempo, entre as dificuldades e apoios, idas e vindas, alegrias e tristezas reforçam os laços entre gerações.

É de fundamental importância o diálogo entre seus membros, crescer em família para que a pessoa, ao se tornar cidadão, leve em sua bagagem o respeito e a fraternidade que lhe foi ensinada no seio de sua família. O Compêndio da DSI cita que: “A Igreja considera a família como a primeira sociedade natural, titular de direitos próprios e originários, e a põe no centro da vida social, afirmando assim, que a família é um espaço privilegiado de formadora de comunidade” (nº211).

Nesse compasso podemos afirmar, também, que a família é uma escola de humanidade e tem uma função social importantíssima nessa construção, por meio da experiência de vida de todos, cada um colabora com a continuidade da família e, por conseguinte, com a evolução da sociedade. Na encíclica Evangelium Vitae nº 93, São João Paulo II destaca que as famílias devem se empenhar para que as leis e as instituições do Estado não lesem de modo algum o direito à vida, desde a sua concepção até a morte natural, mas o defendam e promovam. O direito à vida inclui a defesa: da justiça social; do direito ao trabalho justamente remunerado; do direito à habitação digna; do acesso aos serviços de saúde; do direito das pessoas portadoras de deficiência serem inseridas na vida familiar, social e profissional; do direito dos idosos serem integrados na comunidade familiar e na sociedade, bem como do direito de decidir, responsavelmente, sobre o número de filhos.

Com o encerramento do Sínodo dos Bispos sobre o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, a redação final do documento apontou os grandes desafios pelos quais a família passa dentre os quais destacou: a fidelidade no amor conjugal, do enfraquecimento da fé e dos valores, do individualismo, do empobrecimento das relações, do stress, das crises matrimoniais enfrentadas, frequentemente, sem a coragem da paciência, da verificação, do perdão recíproco, da reconciliação e também do sacrifício. Dos sistemas perversos que humilha a dignidade das pessoas; o desemprego que deixa os pais impotentes diante das necessidades primárias de suas famílias, e aos jovens que se encontram diante de dias vazios e sem expectativas, e que podem tornar-se presas dos desvios na droga e na criminalidade. Às famílias refugiadas que sem esperança migram nos desertos, àquelas atingidas pela brutalidade das guerras e das opressões, as mulheres que sofrem violência e são submetidas à exploração, ao tráfico de pessoas, às crianças e jovens vítimas de abusos.

Diante dessas tristes realidades podemos afirmar que o pensamento da DSI que defende e avança para águas mais profundas, procura valorizar a célula basilar da humanidade que é a família, e que, portanto, apela aos governos e às organizações internacionais para que promovam os direitos da família ao bem comum.

I Congresso Internacional Doutrina Social da Igreja, de 29 a 31 de outubro de 2014, na UNISAL Santa Teresinha Rua Augusto Tolle, 575 – Santa Teresinha. Informações e inscrições: www.unisal.br/dsi.

. Regina S. J. R. Lunardi - Advogada e sócia do escritório AL & Associados especializada em Direito de Família e Contratos – Advogada da Mitra Diocesana de Osasco - Teóloga graduada pela Pontifícia Faculdade de Teologia N.S. da Assunção – (PUC/SP) – 2011 e Pós-Graduada em Doutrina Social da Igreja pela Faculdade Dehoniana em Taubaté – 2012. Professora de Teologia e Formação Pastoral na Diocese de Osasco e Professora dos Cursos de Extensão de Teologia no COGEAE/PUC-SP, Campus Barueri. | www.unisal.br.

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