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23/10/2014 - 09:06

Vendas de medicamentos genéricos crescem 10% em volume no 3T14


E superam crescimento médio do setor farmacêutico. Vendas das indústrias do segmento somaram R$1,9 bilhão, apresentando alta de 18,8%.

Se dependesse exclusivamente dos genéricos, a indústria farmacêutica em operação no Brasil teria crescido acima dos dois dígitos no terceiro trimestre de 2014. Estudo da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, com base nos dados do IMS Health, demonstra que a categoria de medicamentos apresentou crescimento 10,1% nas vendas em unidades entre julho e setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializadas 229,8 milhões de unidade, contra 208,6 milhões no terceiro trimestre de 2013.

No acumulado do ano, que engloba os 9 primeiros meses, os fabricantes de genéricos comercializaram 645,9 milhões de unidades de medicamentos, frente aos 581,8 milhões de produtos vendidos em igual período de 2013, o que dá ao setor um crescimento ainda superior ao aferido no terceiro trimestre, 11%. O market share do segmento atingiu a marca de 28%, superando os 27,3% registrados no mesmo período do ano passado.

Em receita, as indústrias que comercializam genéricos no varejo brasileiro atingiram a marca de R$ 1,9 bilhão frente a R$1,6 bilhão registrado entre julho e setembro de 2013, apresentando uma evolução de 18,8%. No comparativo entre a receita acumulada de janeiro a setembro de 2014, frente ao mesmo período de 2013, o crescimento foi de 9,72%, tendo em vista que em 2014 as vendas somaram R$11,9 bilhões contra R$10 10,9 bilhões aferidos no ano passado, crescimento de 9,10%

“Com a economia absolutamente estagnada, sentimos os efeitos no poder de compra do consumidor que acaba, muitas vezes por insegurança, comprando menos do que o necessário. Mesmo assim, não podemos negar que o setor farmacêutico, devido à essencialidade de seus produtos na vida das pessoas, sofre menos impacto do que outros setores”, analisa Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos.

Para a executiva, se não houvesse os genéricos, a indústria farmacêutica teria sido mais impactada pelo atual momento da economia. “Em períodos de recessão técnica e insegurança do cidadão em relação ao futuro, os genéricos avançam na preferência dos consumidores. Se por lei são obrigados a custarem 35% menos que os produtos de referência, na prática, devido à forte concorrência entre os fabricantes, chegam a custar 50% menos”, explica.

Sem os genéricos, o crescimento do setor cai -O argumento da executiva pode ser constatado quando analisamos o desempenho do mercado farmacêutico brasileiro, excluindo a participação dos genéricos. Foram comercializadas 591,6 milhões de unidades de medicamentos no 3º trimestre de 2014, frente a 556,6 milhões no mesmo período do ano passado, o que corresponde a um crescimento de 6%.

Em valores, ao excluirmos os genéricos, o crescimento do mercado farmacêutico total também fica bem abaixo do registrado pelo segmento de genéricos. Se no 3º trimestre de 2014 as empresas registram receita de R$13,044 bilhões, no mesmo período do ano passado as vendas somaram R$11, 8 bilhões, apresentando crescimento de 10,89%. O crescimento das vendas de genéricos foi de 18,8%, conforme mencionado acima.

Economia para o consumidor -A PróGenéricos monitora trimestralmente a economia que o segmento de genéricos vem proporcionando aos consumidores, desde que chegaram ao mercado brasileiro, em 2001. A conta é simples. Acrescentamos os 35% de desconto proporcionado pelos genéricos ao valor acumulado de medicamentos genéricos consumidos nestes 13 anos para entendermos o quanto o consumidor economizou com a compra de um produto genéricos. De janeiro de 2001 até setembro de 2014, esse valor atingiu a cifra de R$52,2 bilhões.

“Esse é um dinheiro precioso, que ficou na mão do consumidor e certamente foi aproveitado para outros de tipos de consumo que também ajudam a melhorar a qualidade de vida das famílias brasileiras”, conclui a executiva.

Bom negócio para indústria -Se os genéricos seguem puxando o crescimento do mercado farmacêutico brasileiro, estudo da PróGenéricos demonstra ainda que a categoria se tornou essencial para as maiores empresas farmacêuticas em operação no país. Entre as dez maiores indústrias, apenas a Bayer não fabrica e nem comercializa genéricos.

Os medicamentos genéricos representam 24,5% da produção total de nove entre as 10 maiores indústrias farmacêuticas no país. A categoria de medicamentos representa, ainda, 21,55% do faturamento destas companhias. As nove maiores empresas farmacêuticas em operação no Brasil faturaram US$ 5,924 bilhões com as vendas de genéricos entre Agosto de 2013 e julho de 2014, o que representa um crescimento de 12,30%, em relação aos US$ 5,274 bilhões contabilizados entre Agosto de 2012 e julho de 2013. Juntas, estas empresas representam 90% do faturamento total do segmento, que foi de US$ 6,6 bilhões.

Em volume, estas empresas foram responsáveis pela produção de 740,4 milhões de unidades de medicamentos genéricos no período, superando em 10,7 % a produção registrada entre agosto de 2012 e julho de 2013, que foi de 668,8 milhões. A produção de genéricos destas companhias corresponde a 88,2% da produção total do segmento, que foi de 838,8 milhões.

“Os genéricos se tornaram peça fundamental do portfólio destas companhias. A maioria delas, sobretudo as nacionais, antes dos genéricos estavam longe do ranking que classifica as 10 maiores indústrias farmacêuticas do país. O segmento foi crucial para o fortalecimento destas indústrias e, consequentemente, de todo mercado farmacêutico brasileiro”, afirma Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos.

Perfil do Pró Genéricos: fundada em janeiro de 2001, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) é uma entidade que congrega os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização medicamentos genéricos no país.

Sem fins lucrativos, a entidade tem como principal missão contribuir para a melhoria das condições de acesso a medicamentos no Brasil por meio da consolidação e ampliação do mercado de genéricos.

Juntas, as 14 associadas da Pró Genéricos concentram mais de 90% das vendas do segmento de genéricos no país. Articulando-se com diversos setores da sociedade, instituições de ordem pública e privada, a Pró Genéricos canaliza as ações de suas associadas, dando densidade ao debate público em torno de questões relevantes para o setor da saúde e para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no país. [www.progenericos.org.br].

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