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30/10/2014 - 06:09

Usiminas apresentou prejuízo líquido de R$24,4 milhões no 3T14

Já a MRS Logística, que tem a participação da Usiminas transportou 43,1 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2014, um aumento de 4,2% em relação ao do segundo trimestre de 2014, o que representou recorde de volume trimestral.

A Usiminas divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2014 no dia 29 de outubro(quarta-feira), onde demonstra que o volume total de vendas de aço de 1,4 milhão de toneladas, a receita líquida consolidada de R$2,9 bilhões, 6,4% inferior à do 2T14, principalmente devido ao menor volume de vendas de aço e minério de ferro e ao menor preço de minério no mercado. O mercado interno representou 82,3% da receita líquida total consolidada. A Companhia apresentou prejuízo líquido de R$24,4 milhões no 3T14, contra lucro líquido de R$128,6 milhões no 2T14, principalmente decorrente dos efeitos cambiais que somaram R$164,0 milhões no 3T14, em função da desvalorização do Real frente ao Dólar, e da menor contribuição das Unidades de Siderurgia e Mineração. O Ebitda ajustado do 3T14 atingiu R$356,5 milhões, 35,1% inferior ao do 2T14, que foi de R$549,4 milhões, principalmente devido ao menor desempenho das Unidades de Mineração e Siderurgia. A margem de Ebitda ajustado no 3T14 foi de 12,3%, uma redução de 5,4 pontos percentuais em relação à do 2T14. O resultado financeiro apresentou resultado financeiro negativo de R$232,5 milhões, contra R$58,6 milhões no 2T14, um aumento de 296,9%. Este resultado pode ser atribuído, principalmente, ao crescimento dos efeitos cambiais e das despesas financeiras em R$205,8 milhões e R$64,0 milhões, respectivamente, em decorrência da desvalorização de 11,3% do real frente ao dólar no período. O caixa em 30 de setembro de 2014 terminou com R$3,1 bilhões, investimentos de R$268,3 milhões e indicador dívida líquida/Ebitda de 1,8x.

Na análise da companhia, a economia mundial está crescendo em um ritmo mais lento do que o esperado para 2014. Segundo o Fundo Monetário Internacional, FMI, a expectativa é de que o crescimento mundial alcance 3,3% em 2014, o mesmo crescimento de 2013. O crescimento mais fraco é consequência do pior desempenho dos principais países da Zona do Euro, Japão e alguns países emergentes, como o Brasil.

“O potencial de crescimento médio dos países em desenvolvimento para 2014 é de 4,4%, destacando a China com 7,4% e o Brasil com 0,3%, segundo previsões do FMI”, observou.

“A atividade econômica no Brasil apresenta um fraco crescimento desde o começo de 2014, devido a fatores estruturais, como uma infraestrutura ineficiente, altos juros e baixa competitividade da indústria, que contribui para menores investimentos. A Indústria seguiu em dificuldades diante do enfraquecimento do consumo, baixo investimento, acúmulo de estoques e baixa confiança dos empresários e consumidores. Segundo o Relatório Focus do Banco Central, a previsão é que o PIB Industrial recue 1,3% neste ano”, frisou a Usiminas.

Segundo o World Steel Association, WSA, a produção mundial de aço bruto atingiu 1.231 milhões de toneladas até setembro, volume 2,0% superior ao verificado em igual período do ano anterior, com a produção da China, que representa 50% do total mundial, avançando 1,9%. De acordo com a entidade, a taxa de utilização da capacidade encontra-se em 76,1%, correspondendo a 2,6 pontos percentuais menor que em setembro de 2013. Assim, a condição de excesso de capacidade persiste afetando negativamente as condições de rentabilidade da siderurgia mundial.

No Brasil, a produção de aço bruto atingiu 25,5 milhões de toneladas até setembro, com retração de 1,3% na comparação com 2013. Segundo o Instituto Aço Brasil, IABr, a produção de laminados planos recuou 5,1% neste período.

O mercado brasileiro de aços planos consumiu 3,3 milhões de toneladas no 3T14, sendo 18,8% supridos por importações. Na comparação do 3T14 com o 2T14, o consumo recuou 5,0%, com retração em todas as linhas de produtos.

Dentre os setores industriais, aqueles intensivos no consumo de aço apresentaram quedas ainda mais expressivas. No acumulado do ano, até o mês de agosto, a produção de bens de capital recuou 8,8% e a de bens duráveis, 10,3%. Dentre esses, a produção de veículos é um dos destaques negativos. De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, o recuo da produção alcançou 16,8% até setembro, na comparação com igual período do ano passado. A queda das exportações, principalmente de veículos e autopeças, alcançou 15,1% no mesmo período. Assim, segundo o IABr e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MDIC, o balanço do comércio indireto de aço registrou até setembro um déficit de 1,9 milhão de toneladas, o maior da série histórica.

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, INDA, estima que as vendas de aços planos na rede de distribuição tenham avançado 3,4% no 3T14 na comparação com o 2T14 e recuado 11,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Os estoques mantiveram-se estáveis em cerca de 1,1 milhão de toneladas e o giro de estoques recuou para 2,9 meses.

Mineração -A redução da demanda chinesa e a abundante oferta de minério de ferro pressionaram fortemente seus preços, que alcançaram, na média, US$90,2/t no 3T14, contra US$102,6/t no 2T14 (62% Fe, CFR China). O preço do minério de ferro atingiu patamares ainda mais baixos, cotado em US$77,8/t em 30/09/14.

Participação na MRS Logística -A Mineração Usiminas detém participação na MRS Logística através de sua subsidiária UPL - Usiminas Participações e Logística S.A.

A MRS Logística é uma concessionária que controla, opera e monitora a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A Empresa atua no mercado de transporte ferroviário, interligando os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e seu foco de atividades consiste em logística integrada no transporte de cargas gerais, como minério, produtos siderúrgicos acabados, cimento, bauxita, produtos agrícolas, coque verde de petróleo e contêineres.

“A MRS transportou 43,1 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2014, um aumento de 4,2% em relação ao do segundo trimestre de 2014, o que representou recorde de volume trimestral”, frisou a Usiminas.

Investimentos - “Os investimentos no terceiro trimestre de 2014 somaram R$268,3 milhões, 2,9% maior quando comparados aos do 2T14. Do total dos investimentos neste período, foram aplicados aproximadamente 90% na Unidade de Siderurgia, 6% na Mineração, 3% na Transformação do Aço e 1% em Bens de Capital”, concluiu a companhia.

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