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15/01/2008 - 10:30

Pessoas de resultado tornam pequenos negócios em excelentes empresas

Em seu último livro, Small Giants – Companies that Choose To Be Great Instead of Big (Pequenas Gigantes – Empresas que escolheram ser excelentes em vez de grandes), o americano Bo Burghiman, editor da .Inc, uma das maiores revistas de negócio do mundo, aborda casos de empresas dos EUA bem sucedidas que optaram por tal caminho para o sucesso: no geral, elas escolheram as coisas certas para as quais dizer “não” ao invés de dizer “sim” a uma proposta ainda que, a princípio, parecesse ser a melhor coisa a ser feita. Isso pode parecer loucura, mas é uma alternativa capaz de levar uma empresa a excelência porque seus líderes sabem onde querem chegar.

Ao longo de um trabalho com o acúmulo de mais de 16 mil horas de manejo comportamental, empreendedorismo e negócios - tempo que permite identificar as predisposições em cada indivíduo na orientação para o resultado em suas empresas – posso dizer que concordo com a linha de pensamento de Burghiman e com as decisões das companhias. Na verdade, tenho focado metodologias de ensino para embutir esse conhecimento na mente dos empresários brasileiros e em seus comportamentos durante os Grupos Dirigidos (GD) de Psicodinâmica em negócios, onde trabalho com empresários que buscam potencializar resultados.

O Brasil continua a ser um dos países menos interessantes para o investimento privado. O resultado é o tamanho da informalidade em nossa economia. O governo não cria um ambiente regulador que anime o investidor e o país afunda em impostos e faz drenagem do setor privado para sustentar o poder público. Se nada for feito para as reformas trabalhistas, tributária e legislativa, continuaremos a viver a “estável mediocridade”, já que o Estado não cabe no PIB.

Desde o brado "Exportar ou Morrer" do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o empresariado - que já passava por um processo de conscientização de que não bastaria apenas importar produtos de outros países para adequar tecnologicamente o parque industrial brasileiro - acabou comprando a idéia de que era necessário também buscar a penetração de produtos brasileiros no mercado internacional e agregar cada vez mais valor a esses produtos, buscando inclusive desenvolver a Marca Brasil, começando então, no País, uma onda em prol das exportações brasileiras.

O legado deixado por Fernando Henrique Cardoso foi de suma relevância para o momento, que vive agora o comércio exterior brasileiro, não apenas em termos de superávits, mas especialmente por sua participação no cenário internacional, pelas relações diplomáticas e por uma visão mais globalizada de mundo.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva vem dando continuidade à política de comércio internacional, deixada por FHC, fortalecendo cada vez mais o ideal de aumentar expressivamente as exportações brasileiras, mas também de não conter de forma castradora as importações, como ocorreu no governo anterior. Acredita-se que o equilíbrio real do comércio internacional dê ao País o desenvolvimento tão sonhado.

Com relação à participação dos empresários brasileiros no mercado internacional, o estudo da Associação de Comercio Exterior do Brasil (AEB) mostrou que em 2005 as exportações totais de US$ 118,308 bilhões foram realizadas por 17.657 empresas, entre pequenas, médias e grandes. Do universo das empresas exportadoras, apenas 1.113 empresas, representando 6,30%, foram responsáveis por exportações no montante de US$ 105,494bi, que corresponderam a 89,17% em volume financeiro.

Em contrapartida, as demais 16.544 empresas, que equivalem a 93,70% do total das empresas exportadoras, realizaram exportações no montante de US$ 12,814 bilhões, que significam apenas a 10,83% das vendas ao exterior em 2005.

Este cenário mostra elevada concentração das exportações em reduzido número de empresas de grande porte, enquanto a maioria esmagadora, teoricamente de pequeno e médio porte, possuem tímida participação, independente da origem de seu capital e do tipo de produtos exportados. Pior ainda é saber que, apesar desses dados positivos, no universo de empresas instaladas no Brasil a maioria é composta por empresas de capital nacional, fazendo com que essa maior participação de empresas nacionais na exportação, proporcionalmente, seja menor do que as empresas estrangeiras.

Desse modo, apesar do brasileiro ter uma forte iniciativa para o empreendedorismo, a economia do país não estimula e as pessoas que têm ou querem ter seu próprio negócio precisam ir além: se tornarem pessoas de resultados para fazer com que a sua pequena empresa seja excelente, e ainda contribua para o incremento econômico do país. Para isso, é necessário desenvolver e aplicar um novo “modelo mental” em seus líderes, com o objetivo de diagnosticar, analisar, interferir e direcionar soluções aliadas a padrões comportamentais que conduzem para o resultado. Tal modelo que proponho se apóia nos conhecimentos da psicologia, em estudos científicos na área de negócios e em processos de excelência administrativa, conclusão de um trabalho intenso que fiz para a ONU e para o Sebrae.

Na verdade, quando a pessoa adota a “postura empreendedora” e passa a planejar no papel as futuras metas de sua empresa que deverão se transformar em práticas, inicia uma fase de crescimento, pois está, na verdade, unindo a Psicodinâmica aos Negócios. A mudança é fundamental para o empresário não apenas focar e obter resultados em sua atuação no mercado nacional, mas principalmente para demonstrar um comportamento adequado para ser um “player” no mercado internacional e permitir que suas empresas sejam “pequenas gigantes”, ou seja, ótimas ao invés de grandes.

Luiz Fernando Garcia – é consultor especialista em manejo comportamental, empreendedorismo e negócios. É metodologista, empresário e palestrante. Desenvolveu mais de 50 metodologias de foco comportamental, acumulando cerca de 17 mil horas de aplicação nessa modalidade. Uma delas destinada à formação e capacitação de empresários e profissionais que trabalham com negócios, conhecida como GD – Grupo Dirigido de Psicodinâmica em Negócios.

É um dos quatro consultores certificados pelo ONU (Organização das Nações Unidas) para coordenar os seminários e capacitar os coordenadores, facilitadores e trainees do Empretec/Sebrae.

Coordenou a equipe responsável pelo desenvolvimento do T.O.T (Training of Trainers) da metodologia Empretec no Brasil, América Latina e África (ano 2002 / 2003).

É pioneiro no Brasil, na abordagem de Orientação para Resultados e equipes e empresas e pelo desenvolvimento da metodologia de Manejo Comportamental como no Projeto APL – Arranjos Produtivos Locais para a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Autor dos livros “Pessoas de resultado” e “Gente que faz”, da Editora Gente.

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