Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

11/11/2014 - 07:51

Crescimento da indústria depende de avanço do setor energético

Atualmente o gás é a principal fonte de energia térmica para a indústria de Santa Catarina, especialmente para os setores termo-intensivos, como a indústria de vidros, porcelanas, laminação de aço, fundição, siderurgia e de revestimentos cerâmicos. A oferta do gás natural, disponibilizada no estado a partir do ano 2000, evitou a evasão de grandes empresas atuantes para outras regiões do País. O insumo é determinante para a competitividade das indústrias, que poderiam ser geradoras de energia elétrica por meio de processos como a cogeração, e para a construção de termelétricas movidas a gás, que representam um baixo impacto ambiental, podem ser construídas próximo aos centros de consumo, são mais seguras do que as termelétricas convencionais e economicamente mais vantajosas.

Segundo Otmar Josef Müller, Diretor Industrial da Eliane Revestimentos Cerâmicos e presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o principal obstáculo é em virtude da limitação de oferta de gás e da falta de uma política de preços que viabilize investimentos. “O cenário atual não é bom, pois a oferta de mais volume de gás está esgotada por causa da limitação da capacidade do gasoduto de transporte que abastece toda a região Sul do Brasil, e isso limita a possibilidade de crescimento da atividade industrial nas regiões”. Ele aponta que uma das soluções é a instalação de um terminal de GNL no estado. “É uma alternativa, mesmo que não satisfaça o preceito da modicidade tarifária e da competitividade, devido ao GNL ainda ser muito caro para o segmento industrial”, afirma.

Outro aspecto limitante na avaliação do Diretor é o gargalo do gasoduto. “Há perspectivas de produção crescente no Pré-Sal e também existem as possibilidades de ampliar a importação da Bolívia. Mas sem o gasoduto não tem como trazê-lo de forma econômica até os pontos de consumo”, define. De acordo com Müller, para investir na ampliação da capacidade de transporte, é preciso que esta demanda seja reconhecida pela Empresa de Planejamento Energético (EPE) do Ministério das Minas e Energia, inserido no projeto no Plano de Expansão da Malha de Transporte (PEMAT).

Falta de Planejamento -Para Eduardo Sitônio, Assessor da Presidência da SCGÁS e ex-Diretor Técnico da Celesc, existe uma falta de planejamento do gás como solução definitiva, apenas sendo procurado às pressas durante as crises do setor hídrico, elevando preços e prejudicando o Mercado. “O ideal é que o governo criasse uma política específica para o gás natural que não estivesse atrelada à Petrobras, uma vez que a sua falta cria obstáculos aos investimentos das empresas e operadoras”. De acordo com o assessor, o empresariado está esperando esta expansão do segmento para investir, já que o gás, além de oferecer benefícios econômicos, dispõe de vantagens ambientais que fazem a diferença. “Hoje, a maioria das empresas precisa apresentar “selos verdes” para conseguir recursos e ter competitividade. O gás, que é um energético de baixo custo e não poluente, se consolida como o energético adequado”. [www.scgas.com.br ].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira