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11/11/2014 - 08:01

Processos de Negócios Tolerantes a Falhas

No filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins, a autora P.L Travers é retratada como pouco tolerante a falhas – ao menos quando se tratava de falhas dos outros – mas cega aos seus próprios defeitos. A fim de entender suas fraquezas, o telespectador deveria entender seu desdém por peras. A produção do filme Mary Poppins ficou pendurada por um fio e isso pode acontecer com o processo de gestão de negócios também.

Devemos ser capazes de responder às falhas de outros, assim como nossas próprias, e reconhecer peras como peras. Em outras palavras, sistemas de gestão de processos de negócio devem se adequar ao reconhecimento de erros e recuperação de padrões sem que seja necessário recorrer a um exército de programadores. Plataformas de integração geralmente utilizam a Linguagem BPEL (Business Process Execution Language) ou outra linguagem de Business Process Orchestration para a criação de composição de vários Web Services independentes.

Como tais serviços são autônomos e de baixo acoplamento, processos compostos são vulneráveis a diversas falhas. Mesmo a linguagem BPEL “fornece apenas construções limitadas para lidar com falhas, o que torna tal tarefa muito lenta e sujeita a erros.” (An Liu, et. al.) Uma abordagem mais eficaz de se fornecer uma orquestração de processos de negócios tolerantes a falhas envolve uma plataforma integrada, a qual fornece métodos de resolução de erros por meio de processos alternativos e gestão de processos de longa duração. Plataformas de integração podem contornar certos eventos, tais como erros ou processos atrasados, por meio de fluxos de processos condicionais, a fim de recuperar ações. Uma plataforma fornece um conjunto consistente de padrões para lidar com processos de recuperação, ao mesmo tempo em que permite aos analistas flexibilizar processos de negócios e de recuperação. O resultado é uma gestão de processos de negócios tolerante a falhas.

Processos de negócios e fluxos de trabalho devem conectar pessoas, softwares e sistemas através de ambientes móveis, on-premise e em nuvem.

A existência de processos de negócios de longa duração em um fluxo de trabalho que abrange infraestruturas requer uma maior resiliência em processos transacionais, devido à disponibilidade dinâmica de recursos que executam os fluxos de trabalho e processos de negócios.

Com processos tolerantes a falhas, eles são executados com uma relaxada noção de isolamento. O teste ACID (atomicidade, consistência, isolamento e durabilidade) deve ser aplicado. As questões são complexas, pois processos de recuperação precisam ser avaliados sob a ótica do impacto que podem possivelmente ter em outros processos.

Dependendo da arquitetura, uma abordagem descentralizada para a orquestração pode ser tomada (por exemplo, um serviço de ônibus). Com este tipo de abordagem, interações diretas entre repartições independentes são possíveis.

A demanda pela otimização de processos de negócios e de processos de six sigma tem levado a um interesse significativo em sistemas de gerenciamento tolerantes a falhas que empregam integração fracamente acoplada e serviços compostos. A plataforma de integração de processos deve ser capaz de descobrir as condições de erro que resultam de uma falha. Além disso, esta deve possuir mecanismos internos para orquestrar processos de recuperação baseados em mecanismos de exceção de algorítmicos.

Uma tolerância a falhas adequada irá incluir padrões de restauração que permitem que os processos de negócios retomem e executem, restaurem para trás e recuperem para frente. As plataformas de integração que fornecem a complexidade para apoiar esses padrões de recuperação de erros de processos de negócios podem ser poucas e distantes entre si, mas encontrar um sistema de gestão de processos de negócios assíncrono adequado é possível. Afinal, a autora PL Travers finalmente permitiu que Walt Disney fizesse o filme Mary Poppins, mas só depois que ela descobriu suas próprias falhas – com a ajuda da magia do próprio Walt Disney – e se recuperou deles.

. Por: Glenn Johnson (*), Vice-Presidente Sênior da Magic Software Americas.

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