Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

16/01/2008 - 12:21

Aracruz Celulose objetiva produzir 3,32 milhões de toneladas em 2008 e 7 milhões até 2015


Para chegar a meta que desafia suprir 25% da demanda mundial de celulose de fibra curta de mercado, os destaques de 2007 já fazem parte do novo ciclo de crescimento em curso, através dos projetos de expansão da unidade Guaíba e da Veracel, com o início da produção previsto para 2010 e 2012, respectivamente. Ainda em 2007 a Aracruz foi novamente classificada no Índice de Sustentabilidade da Bovespa e no Indice Global Dow Jones de Sustentabilidade, e mais uma vez é a única representante mundial do setor de produtos florestais nesse seleto grupo. E o Lucro antes do Imposto de R$ 1.326 milhões, ficou 6% acima de 2006. O lucro líquido de R$ 1.045 milhões (R$ 1.147 milhões em 2006) foi impactado pelo imposto de renda diferido. Recorde de volume de vendas2 (3,1 milhões t), 3% acima do ano anterior. A produção total da Veracel (50% Aracruz) atingiu 1,051 milhões de toneladas, superando em 17% a capacidade nominal. A demanda por celulose de mercado de eucalípto cresceu 17% até novembro, o que representa 1,4 milhão de toneladas de acordo com estimativas do World -19. O volume médio diário de ações negociadas foi de US$ 41 milhões (NYSE+Bovespa), 62% acima de 2006. Destaques do quarto trimestre de 2007. Recorde de volume de vendas2, 843.000 t , 5% e 12% acima do 4T06 e 3T07, respectivamente. Forte demanda e baixo nível de estoques mundiais permitiram um novo aumento de preços em dezembro (o quarto em 2007). E a Aracruz e comunidades indígenas também assinaram acordo que encerra disputa de terras.

O CFO Isac Zagury comenta os resultados: "Gostaria de iniciar fazendo uma retrospectiva de 2007. Durante o ano, investimos US$ 338 milhões no aumento das capacidades instaladas em nossas unidades, com destaque para a otimização da fábrica de Barra do Riacho, que passará a produzir 2,3 milhões de toneladas anuais, e para o projeto de expansão da Unidade Guaíba, cuja meta é alcançar uma capacidade instalada de 1,8 milhão de toneladas anuais em 2010. A Aracruz foca, ainda, na expansão da Veracel (joint-venture com a Stora Enso), projeto que deverá ser analisado pelo Conselho de Administração da Aracruz até 2009 e deverá adicionar 700 mil toneladas anuais, parcela correspondente à participação da empresa na joint-venture (50%).

Foram realizados investimentos também na ampliação de Portocel, da ordem de US$ 50 milhões, com o objetivo de reforçar a estrutura logística, em suporte ao aumento projetado da produção e da estratégia comercial, que privilegia relacionamentos de longo prazo com os clientes.

O planejamento adequado do crescimento da Aracruz é fundamental face aos desafios a serem enfrentados pela Empresa nos próximos anos, tendo em vista concretizar seu objetivo de suprir 25% da demanda mundial de celulose de fibra curta de mercado – cerca de 7 milhões de toneladas – em 2015.

Numa comparação ano a ano, a receita líquida manteve-se estável em 2007, devido principalmente à valorização de 10% (câmbio médio) do real frente ao dólar, o que anulou o efeito do aumento no preço líquido de vendas (8%), quando medido em dólares. Vale notar que desde 2002, os preços da celulose têm subido de forma consistente, apesar de inúmeras previsões pessimistas de mercado. Em 2007 os preços da celulose (cotados em dólar) se beneficiaram de uma firme demanda e de restrições na oferta em diversas regiões do mundo, o que, apesar da entrada de novas capacidades, resultou em baixos níveis de estoque. Nosso volume de vendas de celulose registrou um novo recorde de 3,1 milhões de toneladas, com toda a produção vendida, como consistentemente vem ocorrendo. Levando-se em consideração nossa estrutura logística e a meta de volume de produção de 3,32 milhões de toneladas para 2008, o nível de estoque registrado ao final do ano, representando 46 dias do volume de produção, é bastante baixo.

Como empresa exportadora, os impactos negativos da valorização do real diante do dólar, no resultado da companhia, foram minimizados pelos ganhos de proteção da exposição do fluxo de caixa ao descasamento de moedas, cujos resultados foram reportados como receita financeira. O custo de venda por tonelada da celulose, foi 2% maior que em 2006, devido, principalmente, a reajustes em matérias-primas.

No lado das despesas operacionais, destacam-se dois aspectos: i) as despesas administrativas apresentaram uma redução de 9%, refletindo menores gastos com publicidade; e ii) a companhia conseguiu recuperar parte dos créditos de ICMS através de vendas para terceiros, revertendo, assim, a parcela correspondente da provisão para perda já constituída. Considerando o histórico e a perspectiva de vendas adicionais de créditos, foi também efetuada reversão do valor de parte dos créditos que a companhia espera recuperar no curto prazo, ambos os efeitos beneficiando a linha de Outras Despesas Operacionais. No final de 2007 o saldo da provisão para possíveis perdas com créditos de ICMS era de R$ 195 milhões.

De acordo com os itens acima, o lucro operacional foi 3% inferior ao registrado em 2006 e o EBITDA ajustado atingiu R$ 1.669 milhões (46% de margem), 5% abaixo do exercício anterior. O resultado financeiro líquido, uma vez mais, beneficiou-se da nossa estratégia de proteção da exposição do fluxo de caixa contra a valorização do real. Em 2007, essa proteção contribuiu com R$ 192 milhões (R$ 193 milhões em 2006 e R$ 76 milhões em 2005). As despesas financeiras em 2007 foram 32% menores que em 2006, principalmente em função das despesas com a liquidaçãoantecipada do programa de securitização em 2006. Durante o período, nosso rating concedido pela agência de classificação de risco Moody's foi elevado em mais um ponto, para Baa2, o que equivale às avaliações apontadas por Standard & Poors e Fitch.

Analisando-se a provisão para imposto de renda em 2007, a provisão total de R$ 279 milhões (R$ 100 milhões em 2006) compreende R$ 72 milhões em imposto corrente (R$ 64 milhões em 2006) e R$ 207 milhões em imposto diferido (R$ 36 milhões em 2006). O motivo para o aumento do imposto diferido em comparação a 2006 é o impacto da valorização do real em face do dólar na base de cálculo do imposto.

Devido ao acima exposto, em 2007 o lucro líquido alcançou R$ 1.045 milhões, 9% abaixo do apurado em 2006, e o lucro antes do imposto foi de R$ 1.324 milhões, 6% acima de 2006. Em 2007, a companhia declarou juros sobre capital próprio, em antecipação aos dividendos para o exercício de 2007, no valor de R$ 299 milhões (R$ 318 milhões em 2006), e a diretoria está propondo à Assembléia Geral Ordinária a ser realizada até 30 abril de 2008 a distribuição de mais R$ 200 milhões em dividendos (R$ 167 milhões em 2006). Isto elevaria o total distribuído, com base no exercício de 2007, para R$ 499 milhões (R$ 485 milhões no ano fiscal de 2006).

Pelo terceiro ano consecutivo a Aracruz foi incluída no Índice Dow Jones de Sustentabilidade Global, e novamente é a única companhia do setor de produtos florestais no mundo nesse seleto grupo, dentre as 13 que foram pré-selecionadas para este ano. O índice enfatiza as melhores práticas de sustentabilidade em todo o mundo, baseado na análise de critérios econômicos, ambientais e sociais. A companhia também foi selecionada mais uma vez pelo índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE). É muito importante termos nosso comprometimento com o futuro reconhecido, pois isto nos encoraja a seguir com o processo mais amplo de sustentabilidade na companhia.

Quanto ao último trimestre de 2007, a companhia registrou uma receita líquida 10% superior ao 3T07 devido principalmente ao volume de vendas recorde, de 843.000 toneladas (3T07: 753.000 t), ao mais alto preço médio líquido trimestral, em dólar, dos últimos 7 anos, parcialmente compensado pela valorização adicional do real diante do dólar. Ainda em comparação com o 3T07, o custo caixa de produção, (incluindo Veracel) subiu 5%, devido principalmente ao maior custo com madeira (basicamente em função de transporte), reajustes no contrato de fornecimento de matérias-primas e ajustes na produção, após a partida do projeto de otimização de Barra do Riacho.

Em termos de despesas operacionais, as despesas administrativas foram maiores, devido principalmente à maior provisão de bônus de longo prazo e contingências trabalhistas na comparação com o 3T07. As outras despesas operacionais foram R$ 54,6 milhões menores que no 3T07, devido à reversão parcial da provisão para perdas de créditos de ICMS, os quais a companhia espera recuperar no curto prazo.

Os resultados financeiros líquidos mostraram um crédito R$ 177,7 milhões menor que no 3T07. Isto se deu em decorrência da reconstituição, no 4T07, de parcela da provisão para contingências de PIS/Cofins e seu respectivo juros, que havia sido revertida no 3T07. Apesar da convicção da companhia de que não haveria razões que justificassem a manutenção da provisão, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a inconstitucionalidade da cobrança do tributo, firmando jurisprudência que se encontra pacificada neste mesmo sentido, a Aracruz, diante de recente pronunciamento do IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), adotando postura conservadora, reconstituiu a provisão em sua totalidade, até que ocorra decisão específica no processo judicial proposto pela companhia ou que uma nova interpretação seja dada às regras contábeis por órgão competente. Contribuiu também para esta diferença o menor resultado das operações de derivativos. No 4T07, a provisão de Imposto de renda e contribuição social ficou 65% abaixo do 3T07, devido à menor variação cambial e ao menor resultado financeiro.

Como resultado dos fatores acima descritos, nosso lucro líquido no 4T07 totalizou R$ 187 milhões, ou R$ 0,18/ação e o EBITDA ajustado foi de R$ 429 milhões, com 45% de margem”, conclui o CFO.

Mercado de celulose.: A economia mundial continuou a se expandir durante o 4T07 e espera-se que tenha fechado 2007 com um crescimento anual de cerca de 4%, apesar da incerteza que a turbulência financeira lançou sobre o desempenho futuro, mantendo deste modo um ambiente positivo para a indústria de papel e celulose.

Os quatro meses de agosto a novembro são o período em que o consumo e a produção de papéis de imprimir e escrever são mais fortes. Com uma melhor performance da economia européia em relação ao ano anterior, este fim de ano pode ter sido um dos melhores no setor de papéis de imprimir e escrever. Este cenário positivo deve se refletir também nos segmentos de papéis sanitários e papéis especiais. O segmento de papéis especiais, em particular, que não são considerados commodities, está presente em todos os estágios do desenvolvimento econômico.

Na América do Norte, a redução da demanda por papéis não-revestidos foi compensada por paradas e fechamentos de capacidades e pelo crescimento nas exportações. Já no segmento de papeis sanitários, a produção seguiu a tendência sazonal e aumentos de preços foram anunciados para quase todos os tipos de papéis sanitários. A redução na demanda por alguns tipos de papéis na América do Norte tem sido compensada pela crescente demanda da Ásia. Segundo projeções, a Ásia terá sido responsável por 37% da demanda global de papéis e papelão em 2007. De acordo com a RISI, o índice de preços de papel na Ásia tem subido constantemente, e fechou novembro em seu nível mais alto em sete anos. Na China, o fechamento de fábricas médias e pequenas, especialmente de papéis não-revestidos, tem impulsionado a demanda das grandes fábricas, que usam principalmente fibra virgem. De acordo com as informações disponíveis, o total de fechamentos pode alcançar 6,5 milhões de toneladas.

No segmento de celulose de mercado, os fundamentos entre a oferta e a demanda continuam positivos. O aumento de volume na América Latina tem sido consumido pela crescente demanda e para equilibrar perdas de produção em outros países. Refletindo este equilíbrio entre oferta e demanda, os preços de celulose subiram ao longo do ano, chegando ao patamar de $780/t CIF Europa em dezembro. Até o final de novembro, a demanda total de celulose química já havia superado em 3,3% o nível de 2006, ou 1,2 milhão de toneladas, de acordo com os dados do "World-19" (PPPC). Quando considerados os diferentes tipos de fibra, a fibra longa teve um aumento de 1,1% (0,2 milhão de toneladas) e a fibra curta 6,6% (1,0 milhão de toneladas). O eucalipto continua a ser a fibra que melhor se adequou às exigências dos consumidores de celulose. De acordo com o "World-19", a demanda por celulose de eucalipto teve um aumento de 17%, ou 1,4 milhão de toneladas. Devido a suas características, o eucalipto é a fibra preferida para a produção de diversos tipos de papéis sanitários, de imprimir e escrever e especiais, o que explica a razão pela qual a sua utilização tem se expandido mais rapidamente do que o crescimento médio do mercado nos últimos anos.

A disponibilidade de celulose de mercado continua restrita em toda a cadeia de distribuição. O total de estoque em poder dos produtores fechou novembro em 29 dias de oferta, sendo a fibra longa em 27 dias e a fibra curta em 32 dias. Os estoques em poder dos consumidores europeus fecharam em 25 dias, mantendo-se em níveis historicamente bastante baixos.

Restrições de oferta persistiram durante o quarto trimestre, principalmente como resultado de: (1) quantidade limitada de madeira de fibra curta na Indonésia; (2) impostos sobre exportações de madeira na Rússia; e (3) problemas de produção em algumas fábricas de celulose no mundo. Como a celulose é uma commodity negociada em todo o mundo, a logística tem sempre um peso importante na cadeia de suprimentos até chegar ao consumidor final. Nos últimos anos este impacto tem-se evidenciado, e o 4T07 foi um bom exemplo. Durante o trimestre, fornecedores de celulose defrontaram-se com a falta de navios para transportar seus produtos, e em alguns casos, também tiveram de transferir as suas vendas, devido ao alto custo de frete, para outras regiões do mundo. Outro fator que tem impactado o setor de celulose é a taxa de câmbio. Nos últimos cinco anos a desvalorização do dólar americano diante de outras moedas, como o dólar canadense, o euro e o real, por exemplo, elevou a estrutura de custo dos produtores, o que aumentou a pressão em relação a competitividade dos produtores de celulose dessas regiões. Apesar do aumento dos preços de celulose, a reentrada em operação de fábricas de celulose no Canadá não é esperada na atual relação entre o dólar americano e o canadense.

Mesmo levando em consideração os projetos de crescimento já esperados para a América Latina e a normalização da disponibilidade de madeira na Indonésia, não vemos sinais de mudança no equilíbrio entre a oferta e a demanda nos próximos trimestres, devido ao crescimento da demanda por fibra de eucalipto, escassez de outros tipos de fibra curta e a continuidade do processo de substituição de fibra longa por fibra curta.

A China continua a desempenhar um papel importante no mercado global de papel e celulose. O consumo total de papel e papelão já ultrapassou 70 milhões de toneladas. Como a economia interna da China continua crescendo e impulsionando a demanda local pelo produto, a expectativa é que este número ultrapasse 100 milhões de toneladas em poucos anos. Vários tipos de papéis produzidos na China são consumidos em outras regiões do mundo, o que tem muitas vezes neutralizado a redução na produção em alguns desses locais.

Na China, com a escassez de terras adequadas ao plantio de florestas para a indústria de celulose e a competição por terra para outras finalidades, o país continuará importando celulose, nos próximos anos, visando atender a necessidade gerada pela demanda por papel.

Produção e Vendas.: A produção de celulose da Aracruz no 4T07, excluindo a participação na Veracel, atingiu 651 mil toneladas, comparada a 627 mil toneladas no terceiro trimestre de 2007 e 667 mil toneladas no mesmo período do ano anterior. No 4T07, ocorreram ajustes decorrentes da partida do projeto PO 2.330 em Barra do Riacho, o que contribuiu para o menor volume de produção na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Produção e vendas - No quarto trimestre, a Veracel (50% controlada pela Aracruz) produziu 285 mil toneladas de celulose, das quais 151 mil toneladas foram vendidas para a Aracruz.

Na Unidade Guaíba (RS), a produção de papel alcançou 15 mil toneladas no trimestre, o que representou o consumo de 12 mil toneladas da celulose ali produzida. Os estoques de papel atingiram 300 toneladas no final de dezembro e as vendas do produto, 15 mil toneladas. As vendas de celulose da Aracruz no 4T07 somaram 843 mil toneladas, das quais 704 mil foram produzidas internamente, nas Unidades Barra do Riacho e Guaíba; 139 mil toneladas produzidas pela Veracel e revendidas pela Aracruz no mercado.

Resultados do 4º Trimestre de 2007.: Os estoques foram de 381 mil toneladas ao final de dezembro, comparados com 433 mil toneladas ao final de setembro, representando 44 dias de produção. O nível de estoques na Veracel representou um adicional de 2 dias de produção para a Aracruz ao final de dezembro de 2007. Este nível, de 46 dias, ficou abaixo do considerado ideal pela companhia.

A receita operacional líquida foi de R$ 961,8 milhões, R$ 22,7 milhões inferior à do mesmo período de 2006 e R$ 88,8 milhões superior a do terceiro trimestre de 2007. Resultados - 4°trimestre de 2007

A receita operacional líquida de papel foi de R$ 30,0 milhões, comparada a R$ 26,2 milhões no mesmo período do ano anterior e a R$ 29,5 milhões no terceiro trimestre de 2007.

A receita operacional líquida de celulose foi de R$ 924,4 milhões, comparada a R$ 958,3 milhões no mesmo período do ano anterior. A redução é resultante, principalmente, do efeito da valorização do real de 17% (taxa média), apesar do maior preço do produto em dólares em 11% e do maior volume de vendas em 5%. Quando comparada aos R$ 837,5 milhões do terceiro trimestre de 2007, ficou R$ 86,9 milhões acima, em razão principalmente do aumento de 12% no volume vendido, parcialmente compensado pelo efeito da valorização do real em 7% (taxa média).

O custo dos produtos vendidos alcançou R$ 650,0 milhões, comparado a R$ 592,7 milhões no mesmo período do ano anterior, principalmente devido ao maior volume vendido em 5% e ao impacto do maior custo de produção no CPV. Em relação ao terceiro trimestre de 2007 (R$ 572,5milhões), o aumento deveu-se principalmente ao maior volume de vendas (12%).

O custo de produção de celulose da Aracruz foi de R$ 641/t no trimestre, comparado a R$ 573/t no mesmo período do ano anterior e R$ 599/t no terceiro trimestre de 2007. O custo caixa de produção da Aracruz, consideradas em conjunto as Unidades Barra do Riacho e Guaíba (sem depreciação e exaustão), foi de R$ 464/t no 4T07, comparado a R$ 410/t no mesmo período de 2006 e R$ 436/t no 3º trimestre de 2007. Quando considerada a Veracel, o custo caixa de produção no 4T07 ficou em R$ 442/t (no 4T06 foi de R$ 401/t e no 3T07 R$ 421/t). * A informação fornecida no parágrafo acima não inclui o resultado do ganho com as operações de hedge contra a valorização do real.

As explicações das variações do custo caixa de produção serão feitas com base em todas as operações da Aracruz, incluindo 50% do custo caixa da Veracel.

Ao longo do 4º trimestre, começaram a se estabilizar os processos modificados nas fábricas A e C durante a parada geral de setembro em função do projeto de otimização da Unidade Barra do Riacho. Este período foi marcado por um maior consumo de químicos, principalmente clorato e soda, em função da necessidade de ajustes operacionais oriundos das modificações implementadas. Também foram necessárias pequenas paradas de manutenção para a realização de ajustes em equipamentos, fatores estes que impactaram o custo do trimestre.

Análise do EBTDA ajustado.: Análise do EBITDA ajustado 4T07 x 4T06 (não inclui resultados da proteção do fluxo de caixa).

O EBITDA ajustado do trimestre, que incluiu 50% do EBITDA da Veracel e desconsidera os efeitos contábeis que não afetam a geração de caixa, foi de R$ 428,8 milhões (45% de margem), comparado a R$ 468,7 milhões (48% de margem) no mesmo período de 2006, devido principalmente ao menor preço médio líquido de vendas em reais e impacto do maior custo caixa de produção.

Análise do EBITDA ajustado 4T07 x 3T07 (não inclui resultados da proteção do fluxo de caixa). O EBITDA ajustado no quarto trimestre, que incluiu 50% do EBITDA da Veracel, foi R$ 34,4 milhões superior ao do 3º trimestre de 2007, devido principalmente ao maior volume vendido (12%).

O EBITDA ajustado no ano de 2007, incluindo os resultados da proteção do fluxo de caixa, seria de R$ 1.860,6 milhões, ou 51% de margem, caso o ganho fosse alocado proporcionalmente ao volume produzido (R$ 62/t).

Dividendos/Juros sobre Capital Próprio.: Em 2007 foi distribuído um total de R$ 299 milhões na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), como antecipação aos dividendos anuais obrigatórios para o exercício de 2007, sendo R$ 78,9 milhões declarados no dia 21 de dezembro, R$ 76 milhões declarados no dia 18 de setembro, R$ 77 milhões no dia 19 de junho e R$ 67 milhões no dia 21 de março, em conformidade ao artigo 9º da lei 9.249/95.

Dividendos/Juros sobre Capital Próprio - Adicionalmente às diversas declarações de juros sobre capital próprio baseadas no exercício de 2007, a Administração propôs o pagamento de dividendos de R$ 200 milhões a ser submetido à aprovação em Assembléia Geral Ordinária a ser realizada até 30 abril de 2008. Se confirmada, a distribuição total relativa ao exercício de 2007 somará R$ 499 milhões, ou R$ 0,50 por ação PNB.

Resultados de acordo com os critérios contábeis americanos.: Os resultados da Aracruz também são publicados em dólares, pelos critérios contábeis norte-americanos (US GAAP), visando atender às demandas por informação dos investidores externos. Por este critério, o lucro líquido consolidado apurado no quarto trimestre foi de US$ 94,7 milhões. A Aracruz considera que os resultados em US GAAP são os que refletem de forma mais apropriada seu desempenho operacional e financeiro, sendo portanto utilizados internamente para todas as decisões gerenciais e estratégicas.

Veracel.: A produção de celulose da Veracel totalizou 285.000 toneladas no quarto trimestre. No final de dezembro, os estoques de celulose eram de 48.000 toneladas.

Em 2007, a produção total da Veracel atingiu 1.051.000 toneladas, 8% acima de 2006. Esta é uma excelente performance, considerando que a fábrica foi originalmente projetada para uma capacidade nominal de 900.000 mil toneladas por ano, o que representa um aumento de 17%.

As vendas de celulose da Veracel totalizaram 281.000 toneladas no quarto trimestre, sendo 151.000 t para a Aracruz, 129.000 t para a Stora Enso e 1.000 toneladas em vendas diretas para clientes finais.

A Veracel é um empreendimento localizado no sul da Bahia, de controle compartilhado, pertencente em igual proporção à Aracruz Celulose, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, e à Stora Enso, maior produtora mundial de papel.

Projetos de crescimento.: Novos projetos de crescimento, além das expansões de Guaíba e Veracel, já estão sendo analisados a fim de alcançar as metas da Aracruz de fornecer 25% da demanda mundial de celulose de fibra curta - totalizando cerca de 7 milhões de toneladas - até 2015.

Projeto de Expansão Guaíba.: A Aracruz espera apresentar o projeto final para aprovação dos acionistas na reunião do Conselho de Administração, que será realizada no dia 13 de março deste ano. A fase inicial, envolvendo a aquisição de terras e a formação de florestas, já atingiu 70% do total de terras e florestas necessárias ao projeto.

A distância média da floresta até a fábrica é estimada em cerca de 110 km. A empresa estima que até 40% da madeira para abastecimento da fábrica será entregue utilizando modal de transporte marítimo, através de barcaças, o que contribuirá para um custo competitivo para a madeira, considerando a distância média esperada.

O investimento total na expansão da Unidade Guaíba será divulgado após a aprovação final do Conselho de Administração, mas até o momento, aproximadamente $227 milhões já foram investidos em terras e florestas. Com a nova fábrica, a capacidade da unidade será ampliada, a partir do segundo semestre de 2010, em 1.300.000 toneladas por ano, elevando a capacidade total de produção de celulose para 1.800.000 toneladas por ano. A curva de aprendizado do projeto será: 400.000 toneladas em 2010 e 1.300.000 toneladas a partir de 2011. Dentre os benefícios da nova fábrica, podemos citar: não haver necessidade adicional de overhead, excesso de energia estimado em 30MWH, diluição dos custos fixos e menor consumo de químicos.

O ganho no EBITDA consolidado por tonelada, decorrente da redução da média ponderada do custo caixa de produção da Aracruz e da diluição do overhead por tonelada, é estimado em cerca de $ 20-25 /t, considerando um suprimento de madeira por terceiros de até 30%.

A Aracruz investirá em um novo terminal portuário no Sul, que será responsável pela logística do transporte de celulose de Guaíba para nossos consumidores. O terminal terá capacidade de carga de 1,9 milhões de toneladas de celulose por ano. O investimento estimado é cerca de US$100 milhões e o início da operação está previsto para ocorrer entre 2009/2010.

Projeto de Expansão da Veracel.: A Aracruz também está concentrando esforços para a construção de uma segunda linha de produção com capacidade anual de 1.400.000 toneladas na Veracel (joint venture com a Stora-Enso 50%-50%).

Algumas ações importantes já foram tomadas para atingir o objetivo de iniciar a produção em 2012. Uma equipe de gestão foi mobilizada e está, neste momento, desenvolvendo um estudo de viabilidade que deverá ser apresentado no decorrer deste ano, tendo em vista a aprovação formal pelo Conselho de Administração até 2009.

A fase inicial, envolvendo a aquisição de terras e a criação de florestas já foi iniciada. Até o final de 2007, a Veracel investiu aproximadamente US$ 65 milhões em terras (35.000 ha) e florestas. Considerados também os ganhos de produtividade da primeira linha da Veracel, podemos estimar que a empresa já possui 40% do total de terras e florestas a serem adquiridos para apoiar o projeto de expansão. A distância média da floresta até a fábrica é estimada em cerca de 75 km.

Com um custo caixa de produção estimado para a expansão alinhado com o do projeto original de implantação da Veracel, a Companhia busca retornos sobre o projeto de cerca de 3% acima do WACC.

Expansão do Portocel.: Após 12 meses de construção, 70% da expansão do terminal portuário já foi concluída. Portocel terá sua capacidade ampliada de 4,2 milhões de toneladas/ano para 7,5 milhões de toneladas/ano. A expansão irá atender às necessidades da Aracruz relacionadas, mantendo-a auto-suficiente mesmo após a expansão da Veracel, prevista para 2012. Este aumento na capacidade de embarque de celulose irá ampliar a receita do terminal proveniente de serviços prestados a outros produtores de celulose. Outra vantagem é o calado mais profundo, que permitirá a atracação de navios maiores, trazendo oportunidade de redução dos custos de frete no futuro próximo.

Informações Adicionais.: Moody's eleva 'rating' da Aracruz para Baa2 em escala global - Em abril a Moody's Investor Service elevou os ratings do emissor Aracruz Celulose S.A. ("Aracruz"), de Baa3 para Baa2, em escala global e moeda local, e de Aa1.br para Aaa.br, em escala nacional, assegurando à Aracruz um dos melhores rating/outlook entre as empresas de papel e produtos florestais no mundo.

De acordo com o comunicado enviado pela agência de rating, "a elevação do rating de emissor na escala global em moeda local foi ocasionada pela melhora dos indicadores de alavancagem da Aracruz, como dívida bruta total ajustada sobre EBITDA abaixo de 2 vezes desde o início de 2006. Esta melhora reflete a geração de caixa adicional da Veracel e não necessariamente uma redução da dívida consolidada da Aracruz. A Veracel é uma parceria de 50%-50% com a Stora Enso para a produção anual de 900.000 toneladas de celulose branqueada de eucalipto. Além disso, o rating na escala global em moeda local da Aracruz se beneficia do moderado potencial da Aracruz em monetizar parte de seus ativos florestais para redução de dívida".

Em seu comunicado, a Moody's informa também que "os ratings da Aracruz refletem o perfil favorável de produção e as elevadas margens da companhia, que são suportados pela sua escala, auto-suficiência em eletricidade e fibra de madeira, bem como sua logística eficiente."

Para a Moddy’s, as companhias sul-americanas continuam a desbancar concorrentes que possuem alto custo de produção na América do Norte e na Europa, principalmente por conta dos investimentos significativos realizados nos últimos anos para incrementar a produção.

Aracruz Celulose pela 3ª vez consecutiva no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa.: A Aracruz Celulose compõe, pela terceira vez consecutiva, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), vigente de 1º de dezembro de 2007 a 30 de novembro de 2008. O ISE foi divulgado este ano em, 27/11, pela Bovespa, em São Paulo, e engloba 32 companhias selecionadas que apresentam alto grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social. "Nossa presença no ISE desde que foi criado, há três anos, demonstra o consistente compromisso da Aracruz com a geração de valor para o acionista e demais partes interessadas em bases sustentáveis", diz Isac Zagury, diretor Financeiro da Aracruz.

O ISE, lançado em dezembro de 2005, foi formulado com base no conceito do "triple bottom line", que avalia, de forma integrada, elementos ambientais, sociais e econômico-financeiros no desempenho das empresas. Neste ano, a esses princípios foram adicionados outros três indicadores: governança corporativa, características gerais e natureza do produto.

A nova carteira reúne empresas que totalizam R$ 927 bilhões em valor de mercado, correspondendo a quase 40% da capitalização total da Bovespa, que atualmente é de aproximadamente R$ 2,3 trilhões. As empresas participantes da nova carteira do ISE foram selecionadas dentre as 62 empresas que responderam a questionário desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas e enviado às 137 companhias emissoras das 150 ações mais líquidas da bolsa.

Em setembro a Aracruz ingressou, também pelo terceiro ano consecutivo, na seleta lista de empresas do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World) 2007, da Bolsa de Valores de Nova York, que destaca as melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo.| Site: www.aracruz.com.br

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira