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13/11/2014 - 06:53

Aves migratórias atraem turistas e estudiosos ao Rio Grande do Sul

Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, recebe 270 espécies de aves em busca de abrigo e alimentos. Festival atrai turistas, estudantes, cientistas e educadores ambientais.

Entre julho e outubro, flamingos, cisnes, garças, maçaricos e outras 270 espécies de aves pousaram na Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, após viajar, em alguns casos, até oito mil quilômetros. Vindas do Canadá, dos Estados Unidos, do Chile e da Argentina, elas chegaram em busca de abrigo e alimentos.

Na cidade gaúcha de Mostardas acontece o Festival Brasileiro de Aves Migratórias, evento que atrai turistas, cientistas e educadores ambientais, de 13 a 16 de novembro(quinta a domingo). Todos eles interessados em observar o hábito e a beleza de visitantes tão ilustres. A ambiente natural misto, com a água salgada do oceano e a água doce da lagoa, é um local perfeito para as aves.

A Lagoa do Peixe é a maior do país e faz parte de um parque nacional de mesmo nome. O Ministério do Turismo estimula o desenvolvimento de parques nacionais. O objetivo é aumentar o número de turistas e dar mais visibilidade a um dos principais atrativos do país. Entre 2006 e 2013, o número de visitantes passou de 1,9 milhão para 6 milhões, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A demanda deve crescer ainda mais com os investimentos dos ministérios do Turismo e Meio Ambiente em infraestrutura e acesso. “Uma das nossas prioridades é dotar estes parques de infraestrutura para receber turistas que apreciam o contato com a natureza e toda a biodiversidade do país”, diz o Ministro do Turismo, Vinicius Lages.

A Unidade de Conservação do parque Lagoa do Peixe é hoje administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Entre os passeios preferidos dos visitantes está a caminhada pela orla do mar ou da lagoa, nas proximidades do parque, onde podem ser encontrados vestígios de diversos naufrágios e faróis. Destacam-se o Farol de Mostardas e o Farol da Solidão na orla do Atlântico, e o Farol Cristóvão Pereira e o Farol Capão da

Minicursos, seminário técnico-científico, palestras, exposições e oficinas são oferecidos durante o evento. A programação cultural inclui feira de artesanato, apresentações artísticas e culturais, além de shows. “Conseguimos agregar turismo, ciência e educação. Voltado para a divulgação e conservação das aves migratórias, temos congregado um público diversificado que vai do turismo rural ao especializado em observação de aves, passando por profissionais e acadêmicos da área de Ciências”, explicou Hellen José Florez Rocha, chefe da UC.

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe foi criado em 1986 para proteger espécies de aves migratórias e as amostras dos ecossistemas litorâneos do Rio Grande do Sul. Em 1993, a Unidade de Conservação foi reconhecida como Sítio Ramsar, e em 1999, como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

A observação de aves é um tipo de turismo comum na América do Norte e Europa. No Brasil, a modalidade ainda está se desenvolvendo, apesar da grande quantidade de fauna disponível em território nacional. Não existem estatísticas oficiais sobre o país, mas o WikiAves – site de conteúdo interativo direcionado à comunidade brasileira de observadores de aves – tem 17.452 usuários cadastrados, dos quais muitos são praticantes dessa atividade. A maioria deles está concentrada em seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. | Cláudia Sanz .

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