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13/11/2014 - 08:24

Abrindo os olhos para o videomonitoramento

Passei os últimos 25 anos trabalhando numa empresa de TI. Este ano, assumi a Direção de Vendas de uma empresa focada em videomonitoramento, e não por acaso. Esse mesmo movimento está começando a ser feito por empresas de TI com atuação nos mais diversos segmentos do mercado, tirando vantagem de possibilidades envolvendo o vídeo em rede – um elemento que, agregado a uma solução de networking, pode ter um impacto tão disruptivo quanto a abertura de uma janela numa sala hermética.

A IHS Research calcula que, em dois anos, o vídeo em rede representará 60% do segmento de vigilância por vídeo em todo o mundo. Essa mudança irreversível do analógico para o digital traz consigo a tendência de integração da rede a outras tecnologias, que é justamente o que estamos vivenciando agora que o vídeo IP está mais consolidado.

Os clientes não querem apenas um sistema melhor para saber se o funcionário de uma loja roubou produtos ou para identificar um suspeito de assalto a banco. Eles querem uma solução para aumentar vendas, agilizar o atendimento, reduzir perdas, antecipar-se a ações criminosas, identificar padrões de comportamento, aprimorar a gestão de um espaço e aumentar o nível de satisfação de seus clientes. São demandas mais abrangentes e que podem ser atendidas por uma solução em que a câmera é apenas mais um elemento na rede. Por isso, para alguns clientes, já não faz sentido investir num sistema de vídeo que venha servir apenas para segurança, nem num projeto de rede que sirva apenas para conectividade.

É preciso superar a ideia de que redes e videomonitoramento são áreas distintas e complementares. Esse é um raciocínio analógico. Cada vez mais o cliente buscará seu parceiro tecnológico em busca de uma solução criativa e inovadora para o seu negócio. E as melhores soluções tecnológicas são aquelas que combinam recursos de mundos diferentes.

Na América do Sul, já temos alguns exemplos de integradores criando projetos com recurso de contagem de pessoas para saber quantos passageiros entraram nas estações de ônibus ou quantos clientes entraram em livrarias e shoppings. Temos no Brasil projetos de aeroporto para reconhecimento facial de passageiros, monitoramento urbano identificando se veículos estão estacionados em áreas proibidas e prefeituras investindo no conceito de smart city com compartilhamento total de imagens e disponibilização de banda larga para a população.

Do ponto de vista tecnológico, essa tendência de mercado é favorecida pelo fato de que a própria câmera faz o processamento dos aplicativos, como mapa de calor, contagem de pessoas e reconhecimento facial.

Qual a consequência disso? Desoneração dos servidores, redução da largura de banda necessária e possibilidade de conectar mais câmeras a um único servidor. Resultado: projetos mais baratos e mais simples. É por isso que a câmera precisa ser encarada como uma aplicação a mais no sistema do cliente. O vídeo é só o ponto de partida para captar informações úteis ao negócio. O que fazer com essa informação em forma de imagem depende da capacidade do integrador e fabricantes de software de construir pontes entre tecnologias que antes não se comunicavam. Tanto o integrador de TI quanto o de segurança eletrônica que quiserem se destacar precisam ter um olhar diferente sobre o que as empresas menores enxergam como comum.

. Por: Paulo Chinellato, Diretor de Vendas da Axis Communications na América do Sul.

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