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16/01/2008 - 12:51

Novos conceitos na arquitetura e construção

No Brasil, o mercado imobiliário tem crescido, gerando mais empregos e operações de crédito, além de dar atenção a duas tendências: a das construções inteligentes, que buscam a sustentabilidade e preservam o meio ambiente, e a da segurança na arquitetura.

São Paulo - Após um período de pouca expressão, o mercado imobiliário no Brasil decola e capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre impressionam pela quantidade de obras em andamento. Especificamente em São Paulo o “boom” chega a surpreender. Só em janeiro de 2007, o número de construções residenciais, de acordo com as estatísticas, dispara e um novo edifício é lançado por dia, um crescimento duas vezes maior do que o mesmo período no ano passado. Com o aquecimento do setor, novas tendências são observadas: a era das construções inteligentes e seguras.

Mais dinheiro em circulação - No período entre janeiro e abril desse ano, o volume de operações de crédito imobiliário contratadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SPBE) bateu o recorde de R$ 4 bilhões a mais que o ano passado. Por um lado, mais famílias brasileiras demonstram condições de encarar as prestações de financiamento imobiliários, por outro, construtoras se sentem estimuladas a realizar novos projetos. Como resultados, as estimativas são de que o mercado gere meio ponto percentual no PIB deste ano.

Mais empregos - A alta demanda tem gerado novos empregos. Só no início desse ano, o setor já havia contratado mais de um milhão de pessoas entre operários, arquitetos, engenheiros. Além disso, ele impulsiona outros “players” como os fornecedores de revestimentos cerâmicos, porcelanatos, esquadrias, madeireiras, tubos, conexões e etc.

Eficiência Ambiental - Em busca de novidades, as empresas do ramo apostam em quesitos como a preservação ambiental e a segurança como valor agregado a seus imóveis. Fato que aguça o interesse dos empresários do setor pelas possibilidades de forte associação das marcas com ao conceito de sustentabilidade e pela confiança nas perspectivas para os próximos anos, já que até o momento apenas 20% do mercado potencial do país foi atendido.

A tendência é ampliar o número de projetos que queiram ter a certificação do “green building”, ou seja, apliquem medidas que buscam o aumento da eficiência no uso de recursos com foco na redução dos impactos sócio-ambientais.

Nesse sentido, passam a ser priorizados aspectos como a eficiência no uso da energia, consumo de água potável e geração de esgoto, aplicação e utilização de materiais, aumento das áreas verdes, entre outras ações.

Construções com o selo “green building”, são aprovadas pela ONG U.S Green Building Council, já presente no Brasil, e garantem 30% de economia de energia, 35% de redução das emissões de carbono, 5 a 30% de redução no consumo de água potável e 50 a 90% mais eficiência com relação ao descarte de resíduos.

Para Marcos Ellert, gerente de marketing da OSRAM do Brasil, empresa especializada em iluminação, a economia de energia é obtidas com o uso de produtos que unem tecnologia, inovação e eficiência energética.

Aplicações com sistema DALI, que permitem a dimmerização e a criação de cenários, juntamente com a mais a extensa variedade de lâmpadas do tipo energy saving que vão além das tradicionais fluorescentes tubulares e compactas e que economizam até 80% de energia, são o carro-chefe para uma iluminação de alta performance e garantia dessas tendências , além do uso de LEDs.

Segundo o especialista essa nova forma de construir tem ganhado espaço no país. Até o momento já são certificados diversas construções que vão dos colégios, passando por laboratórios médicos até diversas construções empresariais. O próximo passo é fazer com que a certificação acelere rumo às construções residenciais.

Segurança na arquitetura e construção - Outro aspecto que ganha proporção no mercado imobiliário é a segurança. Esta nova tendência das construtoras está sendo aplicada como diferencial para garantir o interesse de famílias em busca de sossego e conforto, os quesitos de segurança passam a ser encarados de forma mais profissional no mercado.

Na opinião de David Fernandes, CPP, consultor e diretor da Previne Security, empresa especializada em segurança eletrônica, o “boom” do setor imobiliário inaugura o trabalho conjunto entre o consultor de segurança e o arquiteto desde a fase do anti-projeto, ou seja, os primeiros desenhos feitos antes da aprovação da obra na prefeitura.

Para uma obra ser considerada segura, o importante não é a utilização dos equipamentos eletrônicos de última geração que podem ser encontrados facilmente pelos consumidores, mas os procedimentos que garantem a sua melhor performance, alerta Fernandes. “As construtoras devem alinhar a segurança, inclusive com técnicas de prevenção de crimes no projeto arquitetônico e não se limitar aos aspectos da tecnologia, ou deixar que os equipamentos sejam comprados pelos moradores e utilizados sem um procedimento correto. Caso contrário, é mais fácil permitir que o morador seja rendido e entre com o ‘inimigo’ para dentro de casa”, aconselha.

Além disso, aspectos da arquitetura podem, ao mesmo tempo, colaborar com a beleza e dificultar a segurança. Por isso, merecem atenção especial.

Paisagismo – árvores muito altas como coqueiros dão beleza a um projeto, mas quando plantados próximos a muros podem servir de escada.

Iluminação externa – o jogo de luz e sombra, principalmente o que imita a luz prateada da lua têm a preferência dos especialistas em iluminação, mas quando excede na sombra pode facilitar uma invasão.

Dry Wall – vedetes da arquitetura, o gesso apresenta-se como uma excelente solução na forma de paredes para separar os ambientes. Porém, quando mal localizados podem ser facilmente rompidos e servir de passagem.

“É preciso cuidado com soluções que dão chance à marginalidade. Atitudes simples como, delegar a responsabilidade da segurança da guarita de um condomínio a um guarda, por exemplo, faz com que ele se mantenha alerta e os riscos diminuam porque o perfeito andamento é de sua competência”, explica. “Afinal, se os detalhes fazem a diferença em um projeto arquitetônico, na segurança fazem mais ainda”, finaliza.

Futuro promissor - Com vistas para um cenário repleto de bons negócios em um futuro próximo, os principais bancos do país apostam que os financiamentos da casa própria virão de créditos e não da renda dos trabalhadores. Isso porque, no passado, tudo dependia das ações do governo. Hoje, a expansão é acelerada pelo setor privado, pois não é mais necessário esperar o brasileiro ganhar mais para que compre a casa própria. Basta a economia se manter estável para que mais pessoas possam fazer financiamentos a longo prazo.

Fato que estimula a movimentação das diversas áreas e que pode levar a um extraordinário crescimento da economia do país como um todo, alavancada pelo setor imobiliário.

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