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19/11/2014 - 09:17

Mercado farmacêutico cresce, mas ainda não é competitivo no exterior

Embora o mercado interno tenha alcançado US$ 20 bilhões e deva ocupar o quarto no ranking mundial até 2016, as exportações ainda representam apenas US$ 1,5 bilhão e nos colocam em 27º lugar no ranking do comércio exterior

O crescimento do mercado farmacêutico interno, que deve alcançar o 4º lugar no ranking mundial até 2016, pode gerar uma falsa impressão sobre a representatividade do setor. Isso porque as exportações ainda estão muito baixas, em torno de apenas US$ 1,5 bilhão. A Alemanha, que lidera as exportações, supera a marca de US$ 70 bilhões, valor 3,5 vezes maior que as vendas do mercado interno brasileiro.

“Precisamos encontrar formas para aumentar o nosso potencial de exportações porque são essas vendas ao mercado externo que vão realmente fazer o setor farmacêutico continuar crescendo”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa). Para discutir estratégias de promoção das exportações, a entidade realiza em parceria com a Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos) um evento em dezembro, o “Brasil como plataforma de exportação da Indústria Farmacêutica”, que reunirá representantes do governo, associações e empresas do setor.

“Mesmo com o momento difícil para a economia, conseguimos crescer cerca de 13% neste ano. Isso porque os cuidados com a saúde são naturalmente uma prioridade e também tivemos um aumento da classe média”, avalia Britto. De 2003 a 2011, o mercado farmacêutico brasileiro passou de 10º para 6º lugar no ranking mundial; com projeção de alcançar o 4º lugar em 2016.

Na disputa pelo mercado externo, o Brasil ainda precisa conquistar muito espaço. Entre 2003 e 2013, o valor exportado passou de US$ 280 milhões para US$ 1,52 bilhão. Contudo, os líderes de vendas dessa categoria alcançam marcas dezenas de vezes maior. A Alemanha exporta mais de US$ 70 bilhões. Suíça exporta US$ 58 bilhões, Bélgica US$ 50 bilhões e EUA US$ 43 bilhões.

“Apesar das nossas exportações estarem crescendo, ainda estamos muito distantes dos principais representantes internacionais deste setor. E os valores superam com folga o nosso mercado interno, o que comprova a necessidade de aprimorarmos as estratégias para o mercado externo”, afirma o presidente da Interfarma.

Trinta países são responsáveis por 97,43% das exportações mundiais de produtos farmacêuticos, segundo dados de 2013. O Brasil ocupa a 27ª posição no ranking geral, responsável por 0,31% das exportações globais. Entre os países que compõem o BRIC, China e Rússia exportaram mais que o Brasil. Na América Latina, México e Panamá também exportaram mais.

Interfarma - Fundada em 1990, a Interfarma possui atualmente 55 empresas associadas. Hoje, esses laboratórios são responsáveis pela venda, no canal farmácia, de 80% dos medicamentos de referência do mercado e também por 33% dos genéricos produzidos por empresas que passaram a ser controladas pelos laboratórios associados. Além disso, as empresas associadas respondem por 46% da produção dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) do mercado brasileiro e por 52% dos medicamentos tarjados (50% do total do mercado de varejo).

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