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26/11/2014 - 08:09

Congelamento preserva fertilidade em pacientes com câncer


Pacientes com câncer que precisam ser submetidos a sessões de radioterapia e quimioterapia podem perder a capacidade reprodutiva. De acordo com a presidente da Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida Maria do Carmo Borges de Souza, que também é Diretora Médica do Fertipraxis- Centro de Reprodução Humana, mais de 90% dos pacientes do sexo masculino apresentam um quadro de azoospermia (ausência de espermatozóides no ejaculado) poucas semanas após o início da quimioterapia.

Dependendo do tipo de tumor e da quimioterapia, as chances de voltar a produzir espermatozóides no ejaculado variam de 20 a 67%.

Segundo a médica, nas mulheres os efeitos dos tratamentos oncológicos podem resultar tanto em perda da função uterina normal, como na destruição total ou parcial da reserva de óvulos existentes nos ovários, além da mais radical, a remoção dos ovários.

Entretanto, já é possível preservar a capacidade reprodutiva de homens e mulheres antes de dar início aos tratamentos quimioterápicos, através de técnicas de congelamento. “Através da criopreservação, que é a conservação de material biológico a temperaturas bastante baixas, conseguimos congelar óvulos, embriões e espermatozóides. Com esse processo, a chance do casal ter filhos é muito maior”, explica Maria do Carmo.

A especialista explica que, em mulheres, é possível manter a capacidade reprodutiva através do congelamento do embrião ou do óvulo. “Na clínica, alguns processos de gravidez já foram conquistados graças à técnica. O congelamento do tecido ovariano também é uma possibilidade, que, apesar de ainda estar em fase experimental, pode ser a única opção em alguns casos” diz a ginecologista.

Já em homens, a médica explica que é possível congelar o sêmen. Contudo, caso ele tenha poucos espermatozóides, é possível congelar fragmentos do testículo.

De acordo com Maria do Carmo Borges de Souza, ter filhos após um câncer é possível, porém depende do risco que o câncer terá para a gestação. “Em alguns casos não é recomendado gestar”, ressalta. Existem casos, ainda, em que a mulher desenvolve ou descobre um câncer durante a gestação. Nesse caso, como o sistema imunológico sofre uma baixa, é difícil conduzir uma gravidez, pois a recuperação depende de cada pessoa. “Se durante a gestação for usada alguma medicação agressiva, há chances da criança nascer com alguma complicação. Já, se a mãe passar por um procedimento cirúrgico, é mais raro ocorrer esse tipo de problema”, esclarece, finalizando que quando a mãe se recusa a interromper essa gestação, o tratamento é adiado ou adaptado. [www.fertipraxis.com.br].

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