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26/11/2014 - 09:06

O que é Coaching Educacional e como ele pode te ajudar?

Há algum tempo venho falando sobre a educação inclusiva, sua importância, seus benefícios e, também, sobre a falta de preparo de educadores, famílias, instituições de ensino e da própria sociedade para lidar com a diversidade e atuar de forma efetiva na inclusão. Hoje quero destacar, não somente a importância do educador no processo de inclusão, mas também a do profissional da educação preparado, disposto e pronto para a ação transformadora.

Atualmente, as instituições de ensino ficam “amarradas” aos protocolos, metodologias e currículos impostos e possuem pouca autonomia e flexibilidade para trabalhar. Com isso, acabam por fazer o básico, o mínimo pela educação em nosso país, deixando de inovar, buscar soluções, muitas vezes, simples, para tornar a educação uma ferramenta de qualidade, eficaz e realmente para todos. A falta de recursos também é um grande problema, tendo em vista o estado das escolas públicas no Brasil, principalmente no interior, nas áreas rurais, na região Norte e Nordeste do país etc.

Os educadores seguem o mesmo caminho. Normalmente se queixam da instituição, do governo, mas acabam se conformando com a “falta de tudo” e deixam de assumir sua posição questionadora de educador. E quando digo questionadora, não estou me referindo somente aos questionamentos externos, ao governo, à instituição, à sociedade, mas aos internos, principalmente. A grande maioria não se pergunta se pode fazer mais e como.

Diante de escolas e educadores despreparados, de famílias desconectadas da escola e de indivíduos excluídos, ainda que dentro da escola, surge a necessidade de se encontrar, desenhar um novo caminho para a educação brasileira. Neste sentido, a atuação de consultores e coaches educacionais vêm crescendo, à medida que as novas necessidades de uma sociedade em rede vão aumentando e se avolumando dentro e fora da escola.

Há algum tempo falei sobre as novas gerações e sua postura diante da educação e das formas arcaicas da atual escola se fazer presente em sua vida. Uma atitude mais conectada, que procura exemplos reais, ou seja, conexão com a realidade e, principalmente, unir vivências, tecnologias e metodologias atrativas e que os torne mais independentes e autônomos no processo de aprendizagem, colaborando ativamente com a construção do conhecimento coletivo, em rede. E isso reforça a necessidade de se atualizar, se preparar, tanto do educador, como da instituição de ensino.

Por isso, ao falar de consultoria e coaching educacional, devemos sair da mesmice, “pensar fora da caixa”, ou seja, não é aquela consultoria educacional que vemos por tantas vezes acontecer dentro das instituições, que só reforça o que é determinado e minimiza a atuação do aluno, buscando uniformizar e padronizar a educação.

Um consultor ou coach educacional, neste novo milênio, deve estar em busca da união da escola com a sociedade, da individualização/personalização do processo educacional, aliando o atendimento a diversos estilos de aprendizagem, demandas sociais, necessidades especiais às atividades de integração, comunicação e interação, diminuindo o efeito homogeneizante da atual educação, em prol de uma educação para todos.

Ao realizar uma consultoria ou coach, este profissional deve: . Analisar a escola profundamente, compreender de forma mais completa os alunos, suas famílias, a sociedade em que estão inseridos e o contexto em que vivem;

. Buscar nas ações, metodologias e tecnologias existentes e até já utilizadas pela escola, educadores e alunos, mesmo que fora da instituição, uma forma de transformar a situação de aprendizagem, alternar o foco educacional, construir objetivos mais consistentes e práticas mais condizentes com aquele público atendido, aquela sociedade e as demandas existentes.

. Aplicar e analisar os resultados alcançados, as mudanças, a satisfação dos envolvidos e a efetividade do ensino e dos objetivos educacionais para reforçar e melhorar os pontos positivos e reduzir o impacto dos negativos, mudando o que for necessário par atingir os objetivos traçados.

Para tanto, é preciso um estudo aprofundado de outras questões, como recursos financeiros, tecnológicos, humanos, o espaço, o tempo e conseguir aliar uma metodologia conectada com o aluno, a realidade e tecnologias adaptáveis, num ambiente flexível e mutante. Só assim será possível construir uma nova escola que atenda às necessidades das pessoas e, ao mesmo tempo, forme cidadãos plenos, conscientes e preparados para este novo mundo e sua diversidade!

. Por: Dolores Affonso, coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade (www.congressodeacessibilidade.com ). | Perfil-Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional e professora. Ajuda pessoas a superarem suas deficiências e limitações, alcançando autonomia, liberdade e sucesso para viverem uma vida plena.

Especialista em Marketing pela FGV e em Design Instrucional para EaD pela FACEL, é graduada em Administração de Empresas e pós-graduanda em Educação Especial pela UCDB. Diretora Executiva da Affonso & Araujo Consultoria, desenvolve e ministra cursos, disciplinas e consultorias em Marketing e Empreendedorismo Digital, RH, Design Instrucional, Acessibilidade, Novas tecnologias e Inclusão para diversas empresas. É membro da ANATED - Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância, da ABRADI - Associação Brasileira de Desenho Instrucional e do Programa Rompendo Barreiras da Uerj.

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