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27/11/2014 - 12:12

Sua empresa está de olho em você

Indiferente do segmento, as empresas estão cada vez mais preocupadas com o que os funcionários estão fazendo durante as horas que passam no ambiente de trabalho. Além de acompanharem o trabalho desenvolvido, estão de olho nos sites acessados, assuntos pesquisados no Google, e-mails enviados, ligações feitas e recebidas e atividades que não se referem ao trabalho, como tempo gasto nas redes sociais, vídeos assistidos no Youtube e, principalmente, no conteúdo compartilhado com colegas de trabalho e rede de contatos.

Muitas, mais do que preocupadas, estão investindo pesado em softwares que monitoram cada passo dado pelo funcionário durante o tempo que passa no trabalho.

A prática, considerada por muitos como ilegal ou invasão de privacidade, tem se consolidado nos ambientes corporativos, já que as empresas alegam que precisam preservar suas informações e processos internos da concorrência, do mercado e, até mesmo, de ex-funcionários.

Mas, é importante destacar que a prática de “espionar” os funcionários nada tem de ilegal, desde que as empresas comuniquem suas equipes das regras do jogo. Se assim que começa a atuar numa corporação, o profissional for avisado do que pode ou não fazer e das implicações envolvidas caso descumpra o recomendado, o empregador tem todo o direito de tomar as providências previstas, chegando até a demitir por justa causa.

Nesse ponto, não dá para deixar de lado o direito do empregador de vigiar tudo o que acontece em sua empresa, afinal é dele toda a estrutura oferecida para que o funcionário desenvolva seu trabalho. O colaborador deve entender que é apenas usuário do seu computador, telefone e endereço de e-mail, que pertencem à companhia.

Para não correrem riscos de serem mal interpretadas e mesmo economizarem com os softwares de vigilância há empresas que, simplesmente, bloqueiam o acesso a sites que podem comprometer a segurança da rede de informações da empresa ou mesmo a produtividade dos funcionários.

Assim, fica restrito o acesso a e-mails pessoais, redes sociais, bancos, sites de venda online, além de portais de humor, entretenimento e tudo mais que a empresa julgar inadequado para o seu negócio. Com isso, acredita que terá funcionários mais concentrados em suas tarefas e também diminui a exposição de sua rede a vírus e ameaças cibernéticas.

Segundo dados de uma pesquisa do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação - Cetic.br, entidade que produz indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no Brasil, 61% das empresas vetam o acesso a sites pornográficos, 46% aos sites de relacionamento, 40% aos de comunicação e 28% aos emails pessoais.

E a vigilância não para por aí, pois todos os dias surgem novos softwares para espionar funcionários nas mais diferentes escalas. Há aqueles que monitoram mensagens a partir de palavras-chave, os que checam conteúdo pornográfico ou discriminatório e até o nome dos concorrentes.

Dependendo da área de atuação da empresa, até os celulares podem ser proibidos no ambiente corporativo, já que os novos aparelhos têm as mais variadas funções como gravador, câmera fotográfica e acesso à Internet, que podem comprometer a segurança das informações da companhia.

O que dá para perceber é que o cuidado das empresas com suas informações só tende a aumentar. A tendência é que o monitoramento saia do ambiente corporativo e vá para o campo pessoal. Já é comum ver empresas que monitoram como seus funcionários se comportam nas redes sociais, as mensagens e fotos postadas e até páginas curtidas e seguidas.

Se a conduta do funcionário destoar da desejada pela empresa, esta pode achar que o empregado não a representa bem e que a imagem transmitida não condiz com a pregada pela companhia. Portanto, a dica é ficar atento às regras do empregador e entender que o material fornecido para o desempenho do seu trabalho não é seu, e sim da empresa.

. Por: Marcos Sakamoto, presidente da Assespro-SP | Perfil-A Assespro é uma associação empresarial que congrega as empresas de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e tem como objetivo ser a interlocutora do setor na busca e defesa de seus interesses diante do mercado e das autoridades. A Assespro-SP é a regional da entidade no Estado de São Paulo. [www.assespro-sp.org.br].

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