Governança Corporativa: uma realidade para microempresas e PMEs

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações divulgado no último dia 10 de novembro, houve 142 pedidos de falência em todo o país no mês de outubro. Do total, 73% foram requeridos por microempresas e PMEs (Pequenas e Médias Empresas).

Apesar da constante queda destes números, ao longo dos anos a quantidade de microempresas e PMEs que não conseguem dar continuidade aos modelos de negócios é expressiva.

Diante deste cenário, é possível afirmar que o mercado necessita cada vez mais de soluções que busquem a longevidade por meio da estruturação da empresa a médio e longo prazo.

Administrar um negócio pode ser um desafio, pois uma empresa funciona como uma engrenagem, se algum dos dentes (setores) está quebrado ou com mau funcionamento, o desempenho da engrenagem inteira fica comprometido.

A Governança Corporativa é uma aliada neste desafio, pois é a base para o crescimento sustentado e perene para os pequenos e médios empreendedores, assim como é para as grandes corporações. Estruturar uma boa governança ampara os proprietários e executivos a conduzir o negócio sem surpresas, riscos e consequentemente aumentam os lucros.

A adoção desta prática busca desenvolvimento estruturado, construção da confiabilidade e longevidade para a empresa, pois a Governança Corporativa corresponde aos processos, costumes, políticas internas e leis que são praticadas para fazer a administração de uma organização.

Por muito tempo, as PMEs abriram mão da Governança Corporativa por acreditarem ser um investimento alto dentro das finanças da empresa, porém, atualmente o mercado dispõe de soluções que controlam operações, reduzem custos, aproximam o relacionamento com o cliente e auxiliam na retenção de capacitação de profissionais competentes dentro da realidade de um microempreendedor ou executivo de PMEs.

Antever uma crise é mais efetivo que recorrer a soluções de emergência, pois isso pode significar comprometimento da marca, prejuízos financeiros e desestruturação interna.

Por isso, acredito que os executivos precisam deixar de lado os paradigmas de que consultorias que buscam aumentar a efetividade dos negócios são somente aplicáveis aos grandes do mercado.

O mercado nacional pede mais empresas estruturadas e preparadas para o crescimento e as exigências de um mundo globalizado.

Para chegar ao topo é preciso organização, planejamento, sustentabilidade, visão, controle e transparência.

. Por: Alcides Rocha, presidente da Finance365, primeira plataforma brasileira de Governança Corporativa focada em PMEs