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02/12/2014 - 06:05

O que cada paciente espera após a cirurgia de catarata?


Evolução da técnica cirúrgica garante mais segurança e conforto ao paciente.

Maior causa de cegueira no mundo, a catarata caracteriza-se pela alteração ocular que atinge e torna opaco o cristalino, lente situada atrás da íris, cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que aproximadamente 2 milhões de brasileiros sejam cegos por essa doença. A catarata é uma doença reverssível com uma cirurgia.

Segundo o oftalmologista Richard Yudi Hida, o único método de curar a catarata é ainda através da cirurgia. “O tratamento cirúrgico da doença consiste na substituição do cristalino opaco por uma lente artificial. Um aparelho aspira o cristalino e injeta-se uma lente atrás da íris - parte colorida dos olhos”, explica. Ainda de acordo com o especialista, na maioria dos casos, é possível dar adeus aos óculos e lentes de contato com a cirurgia. “Na maioria dos casos, o paciente pode ficar independente dos óculos ou lentes. Atualmente existe uma grande variedade de técnicas e lentes intraoculares com este objetivo. Existem lentes intraocules com foco só para longe ou só para perto, necessitando de óculos. Mas também existem as lentes intraoculares multifocais, bifocais ou pseudoacomodativas, que permitem a visão de perto, a meia distância, e de longe sem a necessidade de uso de óculos em 80% dos pacientes”, esclarece Richard. “É importante lembrar que nem todos os indivíduos com catarata têm o perfil para este tipo de implante, portanto, o médico deve ser consultado para analisar essa possibilidade”, ressalta.

Pós-operatório: a anestesia local garante um procedimento indolor, tanto durante, quanto no pós-operatório. “O pós-operatório em sua maioria é conduzido apenas com uso de colírio antinflamatório e antibiótico. Nas primeiras 48 horas, a maioria dos pacientes já possui visão boa. Vale lembrar que isso pode variar em cada caso, de acordo com outras doenças oculares presentes e com a cicatrização de cada um”.

Mas será que a doença pode voltar depois da cirurgia? Dr. Richard esclarece. “A catarata não volta depois da cirurgia. O que pode ocorrer é a opacificação da cápsula transparente em que se coloca a lente intraocular. Isto ocorria em até 30% dos casos, quando se utilizava tecnologia e modelos de lentes mais antigos. Hoje em dia ocorre em somente 5 a 10% dos casos. Uma espécie de polimento da lente com laser pode resolver o problema de forma rápida e indolor”.

Antes de realizar a cirurgia, Dr. Richard recomenda conhecer como a prática é feita e quais os riscos que traz para o paciente. “Todo o procedimento cirúrgico apresenta risco de infecções e outras complicações. Tais riscos são minimizados pelos cuidados envolvidos na preparação do paciente e na hora da cirurgia. Desde que o paciente seja avaliado por profissionais qualificados, a chance da cirurgia ser bem sucedida é bastante alta”, finaliza.

Dr. Richard Yudi Hida -Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas doenças visuais. O profissional é graduado pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro – Universidade de Santo Amaro (Unisa), e doutorando do Departamento de Oftalmologia da Keio University - School of Medicine, de Toquio, no Japão.

Dr. Richard é especializado em oftalmologia pelo Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Atualmente, é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, responsável por cerca de 350 cirurgias por mês. É também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição de tecidos oculares desta instituição.

O profissional ainda é membro especialista em cirurgia de Transplante de Córnea e doenças da Córnea e Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. É médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais e nacionais sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.

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