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03/12/2014 - 08:30

O Vale dos Vinhos é também dos Espumantes

Bebida cai nas graças do público e é referência internacional.

Se durante o inverno os aromas e sabores dos vinhos tintos fazem parte dos momentos de lazer, romance e até mesmo de introspecção de apreciadores, durante o verão o consumo do vinho ganha uma nova cara. À medida que as temperaturas se elevam, as taças para bebidas mais encorpadas vão sendo trocadas pelas delicadas taças para espumantes, onde as borbulhas da bebida são responsáveis por um espetáculo à parte, contemplando os sabores, a elegância e a leveza da estação mais quente do ano.

O consumo de espumantes no Brasil vem crescendo gradativamente. O espumante brasileiro já é reconhecido internacionalmente e está ganhando espaço nas prateleiras de supermercados e lojas especializadas. Grande parte desse salto, em qualidade e em consumo, deve-se ao aprimoramento de tecnologias e às premiações que os produtores de espumantes brasileiros conquistaram ao longo de anos. Uma das maiores referências na produção de espumantes – se não a maior – é o Vale dos Vinhedos. Composto por cerca de 30 vinícolas, sendo que todas elaboram também espumantes, o Vale se tornou referência na bebida, principalmente com o reconhecimento da Denominação de Origem (DO). Segundo o diretor técnico da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos- Aprovale, Márcio Brandelli, o aumento no consumo e a excelência dos espumantes se devem a diversos fatores: “A estrutura dos produtores e o comprometimento com o método tradicional de elaboração (champenoise), exigência da Denominação de Origem, e a qualidade da nossa matéria prima faz com que os espumantes ganhem destaque. Há cerca de 10 anos, não se pensava no cultivo da planta especificamente para espumantes e isso, hoje em dia, já é realidade”, conta Brandelli.

É dentro do Vale dos Vinhedos, inclusive, que está a maior cave de espumantes da América Latina. Pertencente à Casa Valduga, ela comporta cerca de seis milhões de garrafas de espumantes, orgulhando Juarez Valduga, que também é presidente da Aprovale. Para Juarez, o sucesso dos espumantes tem só uma explicação: dedicação. “Não foi de uma hora pra outra. O crescimento do consumo de espumante brasileiro é fruto de um trabalho de 20 anos dos produtores da bebida. A dedicação, o estudo do método tradicional, a tecnologia, tudo isso faz com que estejamos colhendo bons frutos”, comemora Valduga.

Questão atemporal -É quase uma tradição: as temperaturas elevadas das festividades de final de ano pedem um bom espumante. Brut, Moscatel, Demi-Sec e Proseco são as pedidas para celebrar Natal e Reveillon. Para Márcio Brandelli, o sucesso das produções brasileiras, no entanto, faz com que essa procura seja elevada o ano todo, não somente no trimestre de celebrações. “Hoje já não podemos falar que as festividades sejam o ponto alto de vendas dessas bebidas, porque o consumo cresceu gradativamente e proporcionalmente. Todas as estações são apropriadas para o consumo de espumantes”, declara.

Quem agora é o novo queridinho do momento parece ser o Rosé. Com o rosa convidativo que casa de maneira deslumbrante com as borbulhas, a variedade do espumante caiu no gosto principalmente do público feminino. Sofisticação e beleza são as palavras que norteiam o consumo da bebida, que dá um espetáculo visual ainda em suas garrafas com o rosa delicado alusivo ao clima tropical brasileiro. E na elaboração de Rosé, o Vale também é mestre. Algumas de suas principais vinícolas dedicam uma parte de suas produções à bebida. O sucesso é confirmado por Brandelli: “O público gosta bastante da elegância convidativa do Rosé e também do seu sabor”.

Reconhecimento internacional -Segundo dados da Associação Brasileira de Enologia, a ABE, nos concursos internacionais realizados em 2014, das 377 premiações de bebidas brasileiras, 229 foram destinadas a espumantes, representando 60% das honras à bebida. O reconhecimento vem de exigentes paladares e olfatos de diversos países: Grécia, Argentina, Itália, Alemanha, França, que contemplaram as bebidas brasileiras com medalhas de ouro duplo, ouro, prata, bronze e menções honrosas. Destas 229, cerca de 90 bebidas premiadas são oriundas do Vale do Vinhedos, comprovando mais uma vez a excelência da região. Isso significa que das premiações internacionais ocorridas em 2014, 39% delas foram destinadas ao Vale.

Para Juarez Valduga, o sucesso vem para potencializar o reconhecimento da bebida brasileira. “É importante que o Brasil enxergue a qualidade de seus espumantes e que os consumidores se livrem do preconceito que só o importado e o caro é bom. Somos reconhecidos internacionalmente”, comemora.

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