Sede do Museu da Imagem e do Som na Lapa ganha novo projeto arquitetônico

Espaço formará um complexo museológico junto com o MIS de Copacabana.

A sede do Museu da Imagem e do Som (MIS) na Lapa ganhou um novo projeto arquitetônico. A Secretaria de Cultura, responsável pelo espaço, e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) divulgaram o resultado do concurso nacional, organizado pelas duas instituições, para escolher o projeto de requalificação espacial e funcional do museu, que passa a se chamar MIS PRO. A seleção, aberta em setembro, contou com 54 inscrições.

A realização do concurso faz parte de um plano em desenvolvimento para tornar o MIS referência internacional sobre a cultura brasileira. A sede na Lapa formará um complexo museológico com o MIS de Copacabana. Enquanto o novo prédio na Avenida Atlântica terá como foco a atração de visitantes, com exposições, programação cultural e programa educativo, o MIS PRO abrigará a reserva técnica, os laboratórios, projetos de pesquisa e exposições de menor porte. O espaço será voltado para a produção de conhecimento a partir do acervo do MIS.

O projeto arquitetônico vencedor foi o de Silvio Oksman, profissional de São Paulo. O primeiro colocado receberá R$ 50 mil, a título de adiantamento dos honorários para o desenvolvimento dos projetos executivos e complementares. O segundo e terceiro colocados ganharão R$ 30 mil e R$ 20 mil, respectivamente.

Um dos destaques do novo espaço projetado para o MIS da Lapa é a criação de uma área ampla na parte térrea do edifício, que será uma extensão do espaço público para dentro da instituição. A fachada também será mantida. A revitalização do MIS prevê obras em uma área de quatro mil metros quadrados. O espaço conta com um acervo vertical, para que haja um tratamento climático, de umidade e temperatura ideais.

— Achei o projeto muito bom, prático, bonito, elegante, porque ele é retilíneo, com uma boa comunicação com a rua, com o público —disse a presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som, Rosa Maria Araujo.

A subsecretária de Relações Institucionais da Secretaria de Cultura, Olga Campista, destacou a importância da dinâmica de debates e o envolvimento dos profissionais da área em torno dos temas propostos.

— O concurso é muito importante, porque as pessoas têm a oportunidade de mostrar suas ideias e debater opiniões. Discutimos várias formas de expressões de arquitetura. É uma maneira democrática de se debater a cidade, a arquitetura, os programas e os conteúdos de museu – explicou a subsecretária.