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18/01/2008 - 10:22

Pesquisa global destaca o medo do futuro e a falta de confiança nos líderes globais


Praticamente a metade dos pesquisados acredita que a próxima geração vai viver em um mundo mais perigoso.

Genebra, Suíça – Os últimos resultados de uma pesquisa global realizada pelo World Economic Forum mostra falta de confiança na possibilidade da próxima geração viver num mundo mais seguro.

Os pesquisados foram perguntados sobre as perspectivas para um mundo mais próspero e seguro, mas os resultados apontam para falta de otimismo em ambos os casos, especialmente na Europa Ocidental e na América do Norte. A pesquisa, em sua quinta edição, também descobriu que os líderes corporativos são geralmente mais bem conceituados se comparados com seus pares do mundo político, mas boa parte dos pesquisados ainda critica os líderes de ambas as áreas, com uma expressiva associação entre líderes políticos e desonestidade.

O Gallup International abordou 61.600 pessoas em 60 países para a pesquisa “A Voz do PovoTM”. As entrevistas, realizadas entre outubro e dezembro 2007, representam as opiniões de 1,5 bilhão de cidadãos em todo o mundo. A pesquisa é divulgada antes da Reunião Anual do World Economic Forum 2008 em Davos (de 23 a 27 de janeiro). O tema desse ano é: O Poder da Inovação Cooperativa.

. A próxima geração deve viver em um mundo mais seguro? | * Respostas na Figura 1: Gallup International Voice of the PeopleTM 2007

Comentando os resultados do estudo, Klaus Schwab, presidente executivo e Fundador do World Economic Forum, afirma: “A Reunião Anual do World Economic Forum em Davos é o encontro mais abrangente do mundo para enfrentar os problemas cada mais complexos que enfrentamos. A pesquisa mostra que, para reconquistar a confiança no futuro, precisamos adotar ações globais e coordenadas. Davos reúne um grupo único dos principais líderes políticos e empresariais, além de chefes das principais ONGs e líderes religiosos e culturais. É lá que podemos novamente focar nos assuntos que enfrentamos e fazer uma contribuição positiva para melhorar a situação global.”

Os resultados deste ano são muito consistentes com as conclusões da edição do ano anterior. As opiniões sobre a probabilidade de o mundo ser um lugar mais seguro para a próxima geração, quando comparadas com as dos anos passados, demonstraram o mesmo nível de pessimismo – um quarto (25%) acredita que o mundo será muito ou um pouco mais seguro, mas este contingente é pequeno comparado com, praticamente, a metade dos que responderam a pesquisa (48%) e que acreditam em um mundo um pouco ou muito menos seguro para a próxima geração.

Entre as regiões, a Europa Ocidental é a mais pessimista sobre a perspectiva de segurança futura – dois terços (69%) da população local acredita que a próxima geração encontrará um mundo menos seguro (um pouco ou muito menos seguro), enquanto apenas um em cada dez (11%) acredita que o mundo será muito ou um pouco mais seguro para a próxima geração.

A América do Norte (EUA e Canadá) representa a segunda região mais pessimista, com seis em cada dez pesquisados (62%) também responderam que o mundo será um lugar menos seguro para gerações futuras, enquanto apenas 13% acreditam que o mundo será um lugar mais seguro. Também vale destacar que dois terços dos americanos entrevistados (61%) também acreditam que o mundo será um lugar menos seguro para as futuras gerações, enquanto um em cada dez (14%) mantém o ponto de vista oposto – de que o mundo será muito ou um pouco mais seguro.

No entanto, no Oriente Médio, uma região que presenciou muitos conflitos em épocas recentes, a população ainda não demonstra tanto pessimismo sobre as perspectivas para a segurança futura. Um quarto dos entrevistados (23%) acredita que será um mundo muito ou um pouco mais seguro, comparado com quase a metade (51%) que compartilham da opinião oposta.

Ainda no Oriente Médio, as entrevistas foram feitas no Iraque, onde existe um pouco mais otimismo a respeito da segurança. Neste país, seis em cada dez (61%) dos entrevistados no fim de 2005 acreditavam que a próxima geração iria viver num mundo mais seguro; em 2006, esta proporção caiu quase pela metade (36%). Em 2007, a porcentagem voltou a subir para 40% que acreditam que a próxima geração vai viver num mundo muito ou pouco menos seguro.

A pergunta sobre a segurança das próximas gerações foi feita pela primeira vez na pesquisa Voz do Povo de 2003, e depois nas pesquisas de 2004, 2005 e 2006. Os resultados deste ano mantêm a queda no otimismo encontrada no levantamento do ano passado quando comparada com 2005 – o que mostra opiniões semelhantes àquelas declaradas em 2003 e 2004.

. A próxima geração deve viver num mundo mais seguro? 2003-2007 | * Respostas na Figura 2: Gallup International Voice of the PeopleTM 2003-2007

Os entrevistados também responderam se acreditam que as gerações futuras vão viver em um mundo mais ou menos economicamente próspero. Os resultados mostram que houve uma grande queda de otimismo nesta questão.

As opiniões estão divididas: um terço do total de entrevistados em todas as regiões pesquisadas (33%) indicaram que a próxima geração deve viver num mundo muito ou um pouco mais economicamente próspero do que hoje, enquanto uma proporção semelhante (36%) acredita que o mundo será muito ou um pouco menos economicamente próspero para a geração futura.

. A próxima geração deve viver em um mundo mais próspero? Resultados 2007 | * Respostas na Figura 3: Gallup International Voice of the PeopleTM 2007

Novamente, a Europa Ocidental é a região mais pessimista com menos de um em cada cinco (19%) com a perspectiva de o mundo será mais economicamente próspero para a próxima geração, enquanto mais da metade (54%) acredita que o mundo será muito ou um pouco menos próspero. Embora os cidadãos americanos também não sejam extremamente otimistas sobre as perspectivas econômicas – um quarto (27%) acredita que a próxima geração terá uma vida muito ou um pouco mais próspera – um número muito menor de cidadãos dos EUA (43%), quando comparados com os pesquisados na Europa Ocidental, acreditam que a próxima geração será muito ou um pouco menos economicamente próspera do que é hoje.

Os Africanos são muito otimistas a respeito da prosperidade para as gerações futuras com 71% em cinco países do estudo afirmando que a próxima geração deve viver com pouca ou muita mais prosperidade quando comparado com hoje. Isso é muito evidente entre os Nigerianos (78%) e os Quenianos (67%). O levantamento foi realizado numa época muito tumultuada no Quênia.

Mais uma vez, os resultados aqui refletem uma tendência, com uma leve queda na proporção de pessoas que acreditam em um mundo mais economicamente próspero para a próxima geração, como mostra a Figura 4.

. A próxima geração deve viver num mundo próspero? 2003-2007 | * Respostas na Figura 4: Gallup International Voice of the PeopleTM 2003-2007.

Os entrevistados também foram perguntados sobre qual deveria ser o foco de seus líderes no próximo ano, outra tendência desde o ano de 2004. Em anos passados, as metas econômicas como eliminar a pobreza, promover o crescimento econômico e diminuir a desigualdade entre ricos e pobres atingiram níveis um pouco mais altos do que as demais prioridades sugeridas. Este ano, essas prioridades ainda estão presentes, acompanhadas pela redução de guerras, a guerra contra o terrorismo e a proteção ao meio-ambiente.

. Quais desses itens devem ser a maior prioridade para os líderes do mundo? Resultados globais| * Respostas na Figura 5: Gallup International Voice of the PeopleTM 2007

A pesquisa Voz do Povo também pediu aos entrevistados para comparar as características de líderes corporativos e políticos.

Como visto em anos passados, os líderes corporativos recebem uma votação consistentemente mais positiva do que os líderes políticos, com as críticas desses últimos concentradas em desonestidade - um fator comentado por mais de seis em cada dez cidadãos globais (60%) – muito mais que o ano passado (43%). Na realidade, as associações negativas com os políticos aumentaram muito desde o ano passado, embora também tenham crescido entre os líderes empresariais, ainda que este aumento seja muito menor.

. Das características abaixo, quais são aplicáveis aos líderes políticos e empresariais? Resultados globais | * Respostas na Figura 6: Gallup International Voice of the PeopleTM 2007

Os Latino-Americanos são os mais críticos em relação a honestidade de seus políticos. Nesta região, mais de sete em cada dez (77%) classificou seus líderes políticos como desonestos. Mas sete em cada dez (71%) africanos, e a mesma proporção de norte-americanos, também acreditam que seus políticos são desonestos. De maneira surpreendente, é no Oriente Médio (48%) e na Europa Ocidental (50%) onde os cidadãos são menos propensos a criticar seus políticos por esse motivo.

. Em quais dos seguintes tipos de pessoas você confia? Resultados globais | * Respostas na Figura 7: Gallup International Voice of the PeopleTM 2007

No entanto, não é surpresa constatar que os políticos representam o grupo que recebeu menos confiança, com apenas 8% dos pesquisados em todo o mundo que acreditam neles. Os professores recebem a confiança de um terço (34%) da população global. Isto também vale para cada região da África, onde a grande maioria, 70%, declarou sua confiança em líderes religiosos, e no Oriente Médio, onde os líderes militares/policiais são as pessoas com o maior nível de confiança (mencionados por 40%, duas vezes mais do que a confiança em líderes religiosos).

Quando perguntados para quem eles gostariam de dar mais poder, os professores novamente se destacam com mais de um quarto (28%) da população global dizendo que ofereceriam mais poder a este grupo. Eles são acompanhados dos intelectuais (definidos como escritores e acadêmicos), para quem 25% dos entrevistados gostariam de confiar mais poder.

“Essa pesquisa é inédita na sua capacidade de auferir as perspectivas e o clima entre pessoas do mundo inteiro. Nenhuma outra pesquisa consegue se igualar ao levantamento Voz do Povo ao retratar o que o mundo está pensando e o que deseja de seus líderes”, explica Meril James, Secretário-Geral do Gallup International Association, que realizou a pesquisa.

. Aos quais tipos de pessoas você gostaria de confiar mais poder em seu país? Resultados globais | * Respostas na Figura 8: Gallup International Voice of the PeopleTM 2007

Resultados completos do estudo por país no site: www.weforum.org/pdf/gallup/vopstats.pdf | Por: Gallup International Voice of the PeopleTM. [ Gallup International Association é registrado em Zurique, Suíça como uma entidade sem fins lucrativos. A associação foi estabelecida em 1947 por George H. Gallup e seus colegas europeus. A Gallup Internacional é representada por agência afiliadas em mais de 65 países do mundo, realizando pesquisas de mercado e de opinião em mais de 100 países. | Site: www.gallup-international.com

O World Economic Forum é uma organização internacional e independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças em parcerias para estruturar agendas industriais, regionais e globais.

Incorporada como uma fundação em 1971, e sediada em Genebra na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. | Site: www.weforum.org

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