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13/12/2014 - 08:07

Dilma inaugura prédio de estaleiro que instalará propulsão nuclear em submarino


A construção do submarino nuclear deve ser iniciada em 2016 e encerrada em 2023.

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou no dia 12 de dezembro(sexta-feira), o prédio principal do Estaleiro de Construção de Submarinos, em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O edifício faz parte do Complexo de Estaleiro e Base Naval da Marinha do Brasil e compreende um conjunto de áreas industriais, administrativas e de apoio, que permitirão a fabricação de cinco submarinos, sendo um deles com propulsão nuclear. Ao discursar para convidados da cerimônia, Dilma afirmou que o estaleiro vai inserir o Brasil no grupo de países que dominam a construção de submarinos nucleares, que hoje inclui apenas os cinco membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU): Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia.

"O Brasil é um país pacífico e continuará sendo, mas isso não significa descuidar de nossa defesa, ou abdicar de nossa capacidade dissuasória. Pelo contrário. Nossa capacidade de manter a paz será maior quanto mais bem equipadas estiverem nossas Forças Armadas e mais forte estiver nossa indústria de defesa", ressaltou a presidenta.

“A inauguração do prédio principal do estaleiro constitui mais um passo para fazer do Complexo Naval de Itaguaí um verdadeiro polo industrial e tecnológico, crucial para o desenvolvimento do Brasil. Isso foi possível graças à competência da Marinha do Brasil, à dedicação dos trabalhadores e à transferência de tecnologia com a França”, disse a presidenta.

Ao lado do governador do Rio de Janeiro, do comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto, do ministro da Defesa, Celso Amorim, e a presidenta Dilma Rousseff

Dilma destacou que o investimento de R$ 28 bilhões também cumpre o papel de incentivar a indústria nacional, por meio dos gastos estatais com defesa. "O poder de compra do Estado nos processos de modernização e equipagem das Forças Armadas podem e devem ser instrumentos em favor do desenvolvimento industrial do nosso país", salientou a presidenta. O governador Luiz Fernando Pezão, agradeceu a parceria do governo federal e o apoio do ministro da Defesa, Celso Amorim, no combate à criminalidade. Pezão também citou os investimentos no estado e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense que, pela primeira vez, ultrapassou o do município e São Paulo.

“Venho agradecer, em nome do povo do Rio de Janeiro, à presidenta por ter esse compromisso com a indústria nacional, com a cooperação, com a transferência de tecnologia e por acreditar no nosso estado. Só nessa região, com a usina nuclear Angra 3, o Arco Metropolitano, a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) e o Submarino Nuclear, chegamos perto de R$ 100 bilhões em investimento. Fora as indústrias que estão vindo para a região. É um avanço extraordinário”, afirmou o governador. Com 5,2 mil metros quadrados, o prédio tem espaço suficiente para abrigar até dois submarinos em construção. O objetivo do empreendimento, que estará pronto em 2015, é permitir o trabalho de integração das diferentes seções e subseções. O projeto do complexo envolve cerca de R$ 25 bilhões. Na estrutura, serão construídos quatro submarinos convencionais e um submarino nuclear. Eles se somarão à frota de cinco submarinos, também convencionais, hoje de posse da Marinha.

“Essa inauguração do prédio principal é mais uma etapa do projeto de construção de submarinos no Brasil. Graças ao Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), o Brasil detém hoje a tecnologia de enriquecimento nuclear usada somente para fins pacíficos. Isso tudo é necessário para fortalecer a defesa e a soberania nacional”, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim.

No edifício inaugurado na ocasião, as seções de submarinos serão unidas e instalada a propulsão do submarino nuclear. O primeiro dos quatro submarinos convencionais já começou a ser construído. Também está em funcionamento a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, que receberá os cascos construídos na Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A. O índice de nacionalização dos equipamentos deve chegar a 95%.

O projeto do submarino nuclear é desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo, com transferência de tecnologia francesa. De acordo com o comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto, 131 engenheiros e projetistas trabalham na finalização do projeto, volume que deve passar de 300 no ano que vem. "Este é o programa mais importante da Marinha contemporânea", destacou Moura Neto.

“ O Prosub é o mais ambicioso empreendimento contemporâneo da Marinha do Brasil. É um investimento no país, através da transferência de tecnologia, qualificação profissional e crescimento regional por meio da geração de renda. Esse complexo industrial é um reforço na construção naval e traz desenvolvimento para Itaguaí e redondezas. A obra está gerando nove mil empregos diretos e 32 mil indiretos”, completou o comandante-geral da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto. A construção do submarino nuclear deve ser iniciada em 2016 e encerrada em 2023. A previsão é que ele esteja à disposição do setor operativo da Marinha em 2025. A construção do estaleiro deve ser concluída no fim de 2015, enquanto o primeiro submarino convencional produzido por ele ficará pronto em 2017.

Construção de submarinos - O Estaleiro de Construção faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, que foi viabilizado a partir de acordos de transferência de tecnologia militar firmados em 2008 e 2009, entre os governos do Brasil e da França.

Ao construir seu primeiro submarino nuclear, o país se somará às nações que detém essa tecnologia: França, Inglaterra, Rússia, China e Estados Unidos. O equipamento com propulsão nuclear permite que a embarcação permaneça mais tempo submersa e seja mais veloz. O primeiro submarino convencional deve ser entregue em 2018, enquanto o nuclear, em 2025. 

Depois do Estaleiro de Construção, serão concluídas as obras do estaleiro de manutenção, da base naval e, por último, do complexo radiológico. A projeção da Marinha é, no futuro, utilizar as instalações para mais 15 submarinos convencionais e outros seis nucleares.

“Estamos celebrando aqui uma grande conquista. Essa é uma cerimônia histórica para o Rio e para o município de Itaguaí. A Marinha está sempre na vanguarda do conhecimento em prol do desenvolvimento do Brasil. E nosso município só tem a ganhar com esses investimentos”, afirmou o prefeito de Itaguaí, Luciano Mota. 

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