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13/12/2014 - 08:58

Biocombustível a base de tabaco será testada ano que vem na África do Sul

A empresa aérea sul africana South African Airways irá iniciar os testes com o novo combustível juntamente com a Boeing.

Fazendeiros sul-africanos vão realizar em breve a primeira safra de uma espécie de tabaco rica em energia, um importante passo no uso das plantas para a produção de biocombustível sustentável para a aviação, conforme anunciado pela South African Airways (SAA) e a Boeing.

Ambas em empresas, em parceria com a SkyNRG e a Sunchem SA, também lançaram oficialmente o Project Solaris, um esforço coletivo para desenvolver uma cadeia de suprimentos de biocombustível para aviação que usa uma planta de tabaco livre de nicotina e organismos geneticamente modificados chamada Solaris.

Representantes das empresas e da indústria visitaram as fazendas em Marble Hall, na província de Limpopo, onde 50 hectares de Solaris foram plantados. A safra de testes será colhida pela primeira vez em agora em dezembro.

O óleo das sementes da planta pode ser convertido em biocombustível já em 2015, com voos teste da SAA podendo já ser praticados. Sustentável

"A SAA continua seu trabalho para ser a companhia aérea mais ecologicamente sustentável do mundo e mantém seu compromisso para uma maneira melhor de conduzir os negócios", disse Ian Cruickshank, especialista da empresa em assuntos ambientais.

O plano é escalonar o uso de biocombustíveis em voos para 20 milhões de litros em 2017, antes de alcançar 400 milhões em 2023.

"O impacto que o programa de biocombustíveis terá na vida dos sul-africanos é incrível: milhares de empregos, a maioria em áreas rurais; novas habilidades e tecnologias; segurança e estabilidade energéticas; benefícios macroeconômicos para o país; e, claro, uma redução massiva na quantidade de CO2 emitido à atmosfera".

Menores custos - A alternativa também diminuiria os custos com combustíveis da SAA, que contribuíram para entre 39% e 41% dos custos operacionais totais da empresa.

"É emocionante ver o progresso da África do Sul no desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis para a aviação com o uso de plantas de tabaco", disse João Miguel Santos, Diretor Internacional da Boeing para a África.

"A Boeing acredita a colaboração com a South African Airways nesse projeto vai beneficiar o meio ambiente e a saúde pública ao mesmo tempo em que oferecer novas oportunidades econômicas para os pequenos agricultores do país. O projeto também posiciona nossos valiosos clientes para um suprimento de combustível doméstico viável e melhora o balanço de pagamentos sul-africano". Colaboração

As visitas às fazendas seguiram o anúncio em agosto de que a SAA, a Boeing, e a SkyNRG, líder de mercado mundial holandesa para biocombustível de jatos, estavam colaborando no projeto da planta Solaris, desenvolvida e patenteada pela Sunchem Holding, empresa italiana de pesquisa e desenvolvimento.

Se os testes em Limpopo foram bem sucedidos, o projeto se expandirá na África do Sul e provavelmente em outros países. Nos próximos anos, tecnologias emergentes irão aumentar a produção de biocombustíveis para a aviação usando as folhas e galhos das plantas.

O produto-final das plantas Solaris pode reduzir o ciclo das emissões de carbono de 50% a 75%, garantindo o cumprimento das metas de sustentabilidade da Roundtable on Sustainable Biomaterials (RSB). Voos teste

Companhias aéreas já conduziram mais de 1.600 voos de passageiros usando biocombustíveis desde sua aprovação para uso comercial em 2011. A Boeing é líder em esforços globais para desenvolvimento e comercialização sustentável desse tipo de combustível.

O Project Solaris foi iniciado em 2012 com 2 hectares de plantação, crescendo para 11 hectares em 2013, e ao nível atual de 50 hectares. Os parceiros visam expandir o projeto para 30 mil hectares em 2020, com uma produção de 140 mil toneladas de combustível, criação de 50 mil empregos diretos, e redução de 267 kilotoneladas de emissões de CO2.

De acordo com o CTO da SkyNRG Maarten van Dijk, o grupo almeja ter 250 mil hectares em 2025.

Brand South Africa, anteriormente conhecida como o Conselho Internacional de Marketing da África do Sul, foi criada em agosto de 2002 para ajudar a criar uma imagem de marca positiva e atraente para a África do Sul. O nome mudou oficialmente para melhor alinhar seu mandato de construir a reputação da marca da nação da África do Sul, a fim de melhorar sua competitividade global.

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