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16/12/2014 - 06:12

Obesidade no mundo corporativo: um peso difícil de carregar

O colaborador passa boa parte do tempo no trabalho, mas na maioria dos casos não encontra suporte para adotar uma vida mais saudável.

Empresas perdem cerca de US$ 1,8 mil por ano com a falta de produtividade de colaboradores que estão acima do peso. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade de Cincinnati (EUA). Outra pesquisa, esta conduzida pela Conference Board, organização focada em estudos no mundo corporativo, revelou que 40% das companhias norte-americanas já adotaram programas para reduzir a obesidade de seus funcionários.

Os custos com a saúde têm sido preocupação de grandes empresas e é fácil entender o porquê. Atualmente, a assistência médica representa o segundo maior gasto da área de recursos humanos, perdendo apenas para a folha de pagamento. E não se trata apenas do envelhecimento populacional. As doenças crônicas como diabetes e hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns cânceres – citando apenas algumas que não raramente estão associadas à obesidade -, também são as grandes responsáveis por jogar as despesas com saúde na estratosfera. Elas totalizam cerca de 15% do quadro de empregados e consomem aproximadamente 70% do orçamento direcionado à saúde.

Para tentar impedir que mais dinheiro escorra por entre os dedos, o RH das empresas ficou alerta e passou a investir em prevenção. “Doenças crônicas, problemas cardíacos e respiratórios podem resultar na alta rotatividade dos colaboradores, elevação das taxas de afastamento e crescimento do absenteísmo. Por isso, afetam diretamente o fluxo da rotina de trabalho e o orçamento dos setores das empresas”, observa Fábio de Souza Abreu, diretor executivo da AxisMed, maior empresa de Gestão de Saúde Populacional (GSP) do país, integrante do Grupo Telefônica.

Em outro estudo, a Universidade de Harvard (EUA) apontou que cerca de 90% dos casos de diabetes, 80% dos casos de doenças coronarianas e 70% dos derrames podem ser evitados com a adoção de um estilo de vida saudável. “O trabalhador passa, muitas vezes, mais de 1/3 do seu dia no trabalho. O estresse dos executivos parece alimentar ainda mais a vontade de fumar e eles não se importam com o que estão comendo. Vivem de lanchinhos”, diz Abreu.

O executivo afirma que é preciso ser realista nessas horas. Para ele, a companhia precisa oferecer suporte e acompanhamento. “Sozinhos, mesmo tendo em mente que querem adotar hábitos de vida saudáveis, muitos colaboradores abandonam ou não seguem os tratamentos indicados, desistem da academia e da dieta. Ninguém espera que quem nunca praticou atividade física, passe a fazer porque chegamos lá e dissemos que era importante. Leva-se, em média, dois anos para uma pessoa mudar de hábito satisfatoriamente”, explica.

Os resultados que comprovam a teoria -A AxisMed catalogou 813 pessoas que participam de diversos programas de gestão de saúde há pelo menos 12 meses, todos com idade entre 20 e 59 anos, IMC igual ou superior a 25 kg/m², isso é, pessoas com algum tipo de excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). Os resultados mostraram que 39% (318) apresentaram redução de peso, diminuindo, em média, o IMC em três pontos; e outros 33% (267) mantiveram o peso estável.

“Mesmo para os que mantiveram o peso, isto é um bom resultado se você considerar que, mesmo com o aumento da idade, a maioria com mais de 30 anos conseguiu ter algum controle do peso”, entende Abreu. Sabidamente, o controle de peso torna-se mais difícil com a idade, devido a alterações metabólicas e ao próprio estilo de vida mais propenso ao acúmulo de gordura. O executivo destaca que ainda há os ganhos indiretos com a iniciativa: a satisfação do colaborador com o apoio da empresa na conquista de uma vida mais saudável.

O exemplo - O profissional que atua no setor da indústria, José de Camargo Andrade tem diabetes e modificou completamente seus hábitos e o de seus familiares nos últimos seis meses, depois de aderir ao programa da AxisMed. Antes de começar o monitoramento, pesava 100 quilos. Já chegou a pesar 72 e atualmente encontra-se com 75 quilos. As cinco pessoas de sua residência consumiam em torno de dez quilos de carne vermelha por semana. Hoje, este consumo foi reduzido e substituído por verdura, peixe e frango. Antes sedentário, atualmente ele caminha dois quilômetros por dia, mas já está sendo incentivado por sua médica a ampliar essa atividade.

“O início do programa foi muito difícil, mas com o tempo fui percebendo a importância e sentindo os primeiros resultados. Mesmo não precisando usar até o momento, acho importante contar com uma central 24 horas como a da AxisMed, que pode me auxiliar quando eu estiver necessitando”, destaca Andrade.

AxisMed - A necessidade de estimular novos hábitos entre usuários de planos de saúde e funcionários de empresas, reforçando a promoção da saúde e racionalizando custos, motivou a criação da AxisMed em 2002. A companhia trouxe ao Brasil técnicas e conceitos pioneiros em prevenção e de assistência integral a doentes crônicos, com a meta de incentivar a população a monitorar suas condições clínicas e ampliar a interação médico-paciente, tranquilizando os familiares e reduzindo o índice de internações desnecessárias. Com a combinação entre padrões internacionais de gestão de saúde e de tecnologia da informação, reúne cerca de 350 profissionais, entre enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Já atendeu cerca de 200 mil participantes nos últimos dez anos. [www.axismed.com.br].

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