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16/12/2014 - 07:04

Impressão 3D, uma realidade cada vez mais presente

No final do século 18, o mundo viu ter início aquela que é considerada a primeira Revolução Industrial, responsável por transformar toda a produção de fábricas na Europa e, anos depois, nos Estados Unidos. Foi nesse período que surgiram as primeiras máquinas e, consequentemente, enxergou-se que, de fato, era possível evoluir na execução de processos industriais. Mais de 200 anos depois, já nos anos 1990, foi o grande “boom” da Internet que deixou sua marca e mudou o modo de comunicação, comercialização e, certamente, a vida de todos nós.

Desde então, a tecnologia não parou de evoluir e nos apresenta novidades a todo instante. Mas, mesmo diante de um avanço tão rápido, quem poderia imaginar, há pouquíssimo tempo, que seria possível imprimir objetos dentro da nossa própria casa? É aí que surge a impressão 3D, uma inovação que chegou aos poucos, movimentou 3 bilhões de dólares ao redor do mundo em 2013 e deve movimentar 21 bilhões de dólares em 2020.

Para alguns, as impressoras 3D podem vir a ser as responsáveis pela terceira revolução industrial, já que estão presentes em muitos processos fabris. Elas começaram a revolucionar os setores que mais demandam esse tipo de tecnologia e surgiu, então, o trabalho com protótipos impressos em três dimensões. Bons exemplos são as montadoras automobilísticas e as grandes indústrias.

Quando o assunto são as novas tecnologias, o Brasil precisa ser citado. Uma pesquisa realizada há alguns anos pela Accenture, empresa global de consultoria e outsourcing, ouviu os consumidores de oito países e apontou que os brasileiros são aqueles que mais consomem eletrônicos em 15 categorias de produtos. E a impressão tridimensional é o melhor exemplo dessa paixão nacional: nos últimos anos, as vendas de equipamentos ligados a essa tecnologia vem dobrando a cada ano, com previsões ainda mais otimistas para o futuro próximo.

O fato é que o Brasil, mais que a grande maioria dos países, está presenciando a democratização da impressão 3D, que se faz presente em diversos ramos do mercado. Agora, qualquer pequeno ou médio empresário pode obter a máquina e conhecer de perto seus benefícios. Ninguém mais, porém, que o consumidor final, a pessoa física, tem tido acesso às impressoras tridimensionais, seja para usá-las como um aparelho útil no dia a dia ou apenas para brincar com as inúmeras formas de criação que elas permitem.

Um dos motivos principais para o latente crescimento na procura pelos equipamentos é a baixa nos preços. Com valor padrão sempre próximo de R$ 40 mil, e geralmente acessíveis apenas para grandes empresas, as impressoras 3D hoje já existem no modelo pessoal e custam cerca de R$ 5,5 mil – ou seja, podem ser adquiridas por qualquer pessoa que tenha certo poder de consumo.

A conclusão a que chegamos é que as pessoas e instituições, cada vez mais, passam a enxergar uma utilidade diferente nas impressoras 3D. As máquinas já estão presentes na medicina, sendo capazes de criar um novo crânio a acidentados; na produção de joias, ao proporcionarem os detalhes necessários para os objetos; na arquitetura, ao imprimirem maquetes inteiras de uma só vez; no mercado musical, em que as primeiras guitarras totalmente impressas em três dimensões já começam a ser desenvolvidas; e, para citar um último exemplo, nos shoppings centers, onde ganham espaço em quiosques que imprimem miniaturas de pessoas. A cada dia, novos equipamentos são lançados, novas aplicações são encontradas e novos usuários aderem à tendência. Embora tudo ainda seja muito novo, esse pode ser o começo de uma revolução.

. Por: Luiz Fernando Dompieri, diretor geral da Robtec

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