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17/12/2014 - 07:40

Hipertermia

A Hipertermia é conhecida desde a época de Hipócrates, o pai da medicina que foi o primeiro a usar calor para tratar tumores malignos. A técnica visa matar as células cancerosas, que submetidas ao calor por mais de 30 minutos coagulam o seu núcleo.

Este calor não causa nenhum dano às células normais. E mesmo, se não provocar a morte da célula doente, a enfraquece, tornando-a mais susceptível às radiações e aos medicamentos quimioterápicos. Portanto a hipertermia é um auxiliar valioso, se usado juntamente aos tratamentos como Quimioterapia ou Radioterapia, permitindo usar doses menores e menos tóxicas.

O calor causa a desnaturação e a coagulação da proteínas celulares, fazendo romper a membrana o que ocorre então a apoptose e a célula é fagocitada pelos macrófagos (elementos da série branca do sangue que engolem e eliminam os fragmentos das células degeneradas).

O uso do calor é corroborado pela teoria de Otto H. Warburg, cientista que recebeu o prêmio Nobel por duas vezes. Ele provou que a falta de oxigênio nas células produz o câncer e o aumento local de oxigênio mata a célula neoplásica pois ela é anaeróbica.

Partindo deste princípio, entende- se que o calor faz aumentar a circulação/oxigenação no local afetado e isto combate as células cancerígenas.

A Hipertermia evoluiu muito. São encontradas muitas as formas de calor usados em tratamentos, dentre elas: as mantas térmicas, as microondas, o ultrasom focalizado (FUS ou HIFU), a sauna de infravermelho, o aquecimento por indução, a hipertermia magnética, a infusão de líquidos quentes entre tantos outros.

Em 1989, na Hungria, logrou-se sistematizar um tipo de aparelho que usa ao mesmo tempo o magnetismo, a luz ultra violeta e a hipertermia, modulado especificamente para o combate ao câncer, deu-se o nome de Oncothermia a este grande avanço na eletromedicina.

A Oncothermia consegue estimular a reação imunológica e tem a propriedade de aquecer somente a área tumoral, com a proposta de "cozinhar" o tumor para eliminá-lo, sem danificar o tecido normal ao seu redor. Por isso, o resultado é considerado tão espetacular pela comunidade médica. O calor é aplicado por um eletrodo de luz ultravioleta que é encostado na pele do paciente, sendo que os efeitos penetram até as camadas profundas dos órgãos. O tecido tumoral atrai o calor, e então inicia-se o processo.

O tratamento com Oncothermia mantém a temperatura entre 39C à 42C por 60 ou 90 minutos, sem nenhum risco de queimaduras. Após uma sessão com oncothermia, as células tumorais passam de dois a três dias processando internamente este calor. Por isto as fazer sessões são feitas em dias alternados, pois otimiza-se o processo terapêutico. O tratamento não é invasivo, nem agressivo, é totalmente Indolor e costuma durar cerca de 60 a 90 dias.

Alguns estudos acadêmicos comparam os tratamentos com Radioterapia (RT) onde consegue-se remissão tumoral de aproximadamente 30%, enquanto que se for feita associação com Oncothermia eleva-se a 70%.

Dr. James Bicher, (Bicher Câncer Institute- Los Angeles), usa hipertermia associada a terapias tradicionais, obteve respostas de até 82% para o câncer de mama, de 88% para o câncer de cabeça e pescoço e de 93% de câncer de próstata. Uma sobrevida projetada para cinco anos de 85% em média, para todos os tipos de cânceres.

No Instituto de Medicina Biológica, em Brasília, logramos também excelentes resultados nos tratamentos com Oncothermia. Considerando os casos tratados desde 2012, a estatística de remissão dos tumores está entre 70 e 80%. Estes resultados são tão bons quanto os casos apresentados em congressos da Sociedade Internacional de Hipertermia Clínica (ICHS - International Clinical Hiperthermia Society), que dedica-se ao estudo e aplicação de Oncothermia contra o câncer de tumores sólidos.

Perfil-Dr. Francisco Humberto de Freitas Azevedo CRM-DF 14747.

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